Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Ártico - Um quarto da camada de gelo já derreteu


* André Pereira / Lusa
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O Árctico está a desaparecer e as perspectivas não são animadoras. O aquecimento global e o aumento da humidade na maioria das zonas do Planeta são os responsáveis por este flagelo que, de acordo com a agência espacial norte-americana NASA, tem provocado o maior degelo registado nos últimos anos.

O relatório de uma equipa de investigadores do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, localizado na Califórnia, revela que o Árctico perdeu 23 por cento da sua extensão de gelo permanente. Segundo as observações feitas pelo satélite ‘QuikScat’, em conjunto com os dados fornecidos pelo Programa de Observação do Árctico, ao longo dos últimos dois Invernos, a camada de gelo permanente do Árctico perdeu cerca de 1,2 milhões de quilómetros quadrados, o equivalente às superfícies de Espanha e França.

Em Março, os cientistas observaram a menor extensão de gelo permanente de que há registo. A mesma investigação localizou a camada mais densa de gelo apenas a Norte do Canadá, no Oceano Árctico. Isto significa, constata o relatório, que o gelo sazonal, mais fino – e, por isso, mais fácil de derreter –, existe em maior quantidade.

Son Nghiem, responsável por este estudo, explica que os ventos fortes afastam estas camadas do Árctico com mais facilidade. “Condições atmosféricas atípicas proporcionaram padrões de vento que comprimiram a camada de gelo. Essas camadas foram transportadas pela corrente transpolar para latitudes mais baixas, onde derreteram rapidamente nas águas mais quentes”, referiu o investigador.

Esta alteração na camada de gelo está a condicionar a existência do Oceano Árctico. A prevalência de zonas mais finas diminui a capacidade de a Terra reflectir a luz solar, aumentando a absorção de calor e consequente subida da temperatura na atmosfera terrestre.

Entre as décadas de 70 e 90, a camada de gelo permanente na região do Árctico diminuiu cerca de 500 mil quilómetros quadrados por cada dez anos, tendo triplicado desde 2000. “O nosso estudo difere dos restantes, que analisam apenas a camada de gelo visível, porque é capaz de detectar toda a sua extensão”, acrescentou ainda Son Nghiem, destacando o papel do satélite ‘QuikScat’: “Tem capacidades únicas de observar as camadas permanentes mais antigas e mais recentes, as respectivas espessuras e o gelo sazonal.”

A mesma equipa demonstrou, no início do ano, que a Antárctida está a atravessar uma situação semelhante à do Árctico. “As imagens dos nossos satélites têm registado os primeiros impactos.”

O DEGELO JÁ SUBIU 400% NA GRONELÂNDIA

O calote glaciar da Gronelândia está a diminuir muito mais depressa do que tinham previsto os investigadores, mostram novos resultados de investigações do Centro Espacial da Dinamarca, ontem publicados. Actualmente, o degelo glaciar na Gronelândia é quatro vezes mais rápido do que no início da década.

Os dados revelam que os glaciares do Sudeste da região largam, anualmente, icebergues no mar correspondentes a um cubo de gelo gigante com 6,5 quilómetros de largura. “Até 2004, a massa do Sudeste da ilha perdia entre 50 a 100 quilómetros cúbicos por ano. Após esta data, o degelo acelerou 300 quilómetros cúbicos até hoje. É um aumento de 400 por cento muito importante”, diz Abbas Khan, investigador do centro espacial dinamarquês.

POLUIDORES

Os Estados Unidos lideram a tabela dos países mais poluidores do Planeta.

AQUECIMENTO

Emissão de gases como o CO2 aumenta o efeito de estufa e a temperatura global.

SATÉLITE QUIKSCAT

Este satélite consegue identificar e fazer mapas dos diferentes tipos de gelo existentes. Além de localizar as áreas mais antigas, detecta ainda a espessura das diferentes camadas.

SAIBA MAIS

4261 metros é a profundidade do mar no Polo Norte, situado no Oceano Árctico.

1827 é o ano em que teve lugar a primeira expedição ao Pólo Norte, levada a cabo pelo oficial da marinha inglesa, William Edward Parry. Este explorador ficou a oito graus de atingir os 90 graus de latitude, precisamente onde se situa o Pólo Norte.

ÁRCTICO

É a região que circunda o Pólo Norte. Ao contrário da Antárctida, não tem massa terrestre, sendo apenas composta por gelo. Trata-se do oceano mais pequeno da Terra.

DE NINGUÉM

O Pólo Norte não pertence a nenhum país. Rússia (que reclama a sua posse), EUA, Canadá, Noruega e Dinamarca têm uma zona costeira máxima de 370 quilómetros.

AUTO-ESTRADA PARA A DESTRUIÇÃO

O aquecimento global começou a afectar os ecossistemas de todos os continentes. As Nações Unidas prevêem um aumento de temperatura de 1.5 a 2.5º graus. Mais de um terço das espécies terão de procurar novos habitas para sobreviver.

URSO POLAR

A degelo no Árctico obriga a períodos de caça mais longos. Os especialistas dizem que estará extinto em 2050.

SAPOS

Temperaturas altas e períodos de seca mais longos deixam os sapos vulnerareis a fungos devastadores. Três espécies já foram extintas.

ÁRVORES

Muitas espécies estão a desaparecer, devido à alteração do padrão das chuvas tropicais.

CORAIS

Águas mais quentes absorvem mais dióxido de carbono, aumentando a sua acidez o que aniquila a capacidade dos corais de regenerar-se.

BACALHAU

As temperaturas altas do mar do Norte alteram as correntes, afastando a principal fonte de alimento dos bacalhaus, o plâncton.

CARRAÇA

O aumento de temperatura está a fazer com que as carraças, portadoras de doenças, se desloquem mais para Norte.
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in Correio da Manhã 2007.10.13
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Comentários no CM on line
Sabado, 13 Outubro
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- EDDY Há uns anos atrás,poder-se-ia colocar a situação(poluição)nos ombros dos U.S.A. ou europa,como os principais poluídores,mas actualmente,se quiserem controlar terão que se preocupar,com alguns países asíaticos.É como (tirando dividendos)ir deitar o lixo no caixote do vizinho.Controla-se a limpeza em casa,mas descura-se o quintal do viz.Não há hipótese,porque as necessidades da economia assim obriga
- Sr. Dr. Infelizmente não é dado o verdadeiro valor a este tipo de notícias - sem alarmismos desnecessários - mas antes elas são "usadas" como arma de arremesso para transmitir uma certa ideia dos USA valorizando pequenos aspectos negativos e desvalorizando por omissão a verdadeira terra de oportunidades e de futuro que são os USA!
- Zé Gomes, nem penses nisso, basta por exemplo ver o preço da gasolina na Europa. Aqui não andamos de 5000 cc e 300 cv.
- Gomes Os Estados Unidos lideram a tabela dos países mais poluidores do Planeta mas eu gostava de saber qual a quantidade de CO2 que toda a Europa junta manda para a atomosfera? Decerto nao ficara atras dos Estados Unidos ou mesmo os ultrapassara.

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