Discurso de Lula da Silva (excerto)

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domingo, 14 de outubro de 2007

Egipto: Grupo espera apenas por financiamento - Entre a nata da arqueologia


* Ana Maria Ribeiro
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Portugal tem desde 2000 uma equipa de arqueólogos a trabalhar no Egipto. O Supreme Council of Antiquities (Conselho Superior de Antiguidades) – entidade que regulamenta, entre outras actividades, a exploração arqueológica no país dos faraós – concedeu, há sete anos, autorização à equipa da Egiptóloga Maria Helena Trindade Lopes (professora na Universidade Nova de Lisboa) para fazer escavações numa área de 220 mil metros quadrados em Mênfis, antiga capital do Antigo Império, facto inédito para a arqueologia portuguesa.
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A novidade, agora, é a de que a equipa portuguesa já tem uma página na internet e quem quiser poderá aceder ao seu historial de trabalho, bem como às fotos que documentam as descobertas em solo egípcio.
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(...) “O Supreme Council of Antiquities só lida com a nata da arqueologia mundial e atribuiu à equipa portuguesa uma zona nobre de Mênfis: as ruínas do Palácio de Apries, o quarto Faraó da XXVI Dinastia. Ora Mênfis é, para os antigos egípcios, o que Roma era para os romanos... Se um projecto destes acabasse por causa de falta de financiamento, estou convencido de que os portugueses não voltariam a pôr o pé no Egipto nos próximos cem anos...”, adiantou.
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Teixeira Pinto desmistifica ainda a ideia segundo a qual partir em campanha arqueológica pelo Egipto é uma aventura excitante como se vê nos filmes. Com uma equipa reduzida – apenas seis ou sete pessoas – o que há a fazer é escavar, escavar e escavar, com enorme cuidado para que nada se perca e nada se deteriore, aguentando o pó, o calor e as moscas e vivendo em situação espartana. “É um trabalho de sapa e tudo tem de ser identificado, estudado, catalogado...
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Durante dois meses vive-se com o básico numa casa alugada mesmo junto ao deserto e cozinhando a maior parte das refeições”, explica. Depois, já em Portugal, é o trabalho de casa, o estudo aprofundado, a colocação de hipóteses, a elaboração dos relatórios, a preparação dos mapas, dos desenhos, a organização dos processos que se têm de entregar ao Supreme Council, e também à FCT.
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EM HONRA DO FARAÓ
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A equipa de Maria Helena Trindade Lopes autodenomina-se Projecto Apries em honra do faraó com o mesmo nome pertencente à XXVI dinastia que habitou um palácio sepultado na zona de exploração atribuída aos portugueses. As imediações do palácio têm, aliás, contribuído com os vestígios mais relevantes encontrados até ao momento: restos de cerâmica, pequenos artefactos como um anel, moedas, um escaravelho... Importante, também, é revelar a estrutura do edifício, como foi construído e com que materiais, como se estabilizaram as fundações. O que está actualmente à vista são algumas ruínas. É a próxima missão do grupo. Visite o site: http://home.utad.pt/~apries/
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Ver notícia completa em Correio da Manhã 2007.10.07


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