* Negros serradores de tábuas, de Jean Baptiste Debret.
In. O Brasil de Debret, Belo Horizonte, Vila Rica Editoras Reunidas, p. 40.
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Debret
Digestivo nº 362 >>> Debret e o Brasil, pela editora Capivara
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Embora Nélson Rodrigues considerasse o brasileiro médio um "analfabeto plástico", não há, entre nós, quem não tenha consigo, mesmo que no inconsciente, as imagens de Debret ― que agora, com esse catálogo raisonné, permitem, além da viagem no tempo, um mergulho no Brasil profundo, de 200 anos para cá. Com prefácio do historiador José Murilo de Carvalho, o volume ainda refaz todo o percurso das obras nele reunidas, desde sua concepção até seu paradeiro (às vezes incerto), até, muitas vezes, seu feliz retorno ao Brasil. A editora Capivara já nos havia brindado com a bela edição das obras de Debret reunidas pelo colecionador Castro Maya, mas, com este Debret e o Brasil, recoloca tanto o País quanto seu pintor-redentor novamente no circuito internacional das artes
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Missão artística francesa (1)
Influências na arte brasileira no século 19
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Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
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Detalhe de A Coroação de D. Pedro I, de J.B. Debret |
O convite teria para a vinda do grupo teria partido de Antonio Araújo Azevedo, Conde da Barca, ministro de dom João 6o.Preocupado com o desenvolvimento cultural da colônia que havia se transformado em capital, o rei trouxe para cá material para montar a primeira gráfica brasileira, onde foram impressos diversos livros e um jornal chamado "A Gazeta do Rio de Janeiro".
Já a missão tinha o objetivo de estabelecer o ensino oficial das artes plásticas no Brasil, e acabou influenciando o cenário artístico brasileiro, além de estabelecer um ensino acadêmico inexistente até então.
A missão foi organizada por Joaquim Lebreton e composta por um grupo de artistas plásticos. Dela faziam parte os pintores Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay, os escultores Auguste Marie Taunay, Marc e Zéphirin Ferrez e o arquiteto Grandjean de Montigny. Esse grupo organizou, em agosto de 1816, a Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, transformada, em 1826, na Imperial Academia e Escola de Belas-Artes.
Os artistas da Missão Artística Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda européia, obedecendo ao estilo neoclássico.
Principais pintores da missão
Em "Viagem Pitoresca ao Brasil", coleção composta de três volumes com um total de 150 ilustrações, Debret retrata e descreve a sociedade brasileira. Seus temas preferidos são a nobreza e as cenas do cotidiano brasileiro. Sua obra dá uma excelente idéia da sociedade brasileira do século 19, como se vê na figura acima.
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Missão artística francesa (2)
Debret e a construção do imaginário histórico brasileiro
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Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
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A representação idealizada do índio é uma característica dos neoclássicos |
Durante trezentos anos, nosso país foi essencialmente agrário e explorador de ouro, atividade que já começava a declinar no início do século 19. Um princípio de modernização, contudo, teve início com a chegada da corte portuguesa. A capital, Rio de Janeiro, passou a ser transformada segundo padrões parisienses. Seguindo esse objetivo, dom João 6º convidou vários artistas, a conhecida Missão Artística Francesa, para que se estabelecessem no Brasil, com o objetivo de impulsionar o ensino da arte e a produção artística do nosso país, numa época ainda marcada pelo barroco. Esses artistas tinham como modelo o neoclassicismo.
Dentre esses artistas, destacamos neste texto Jean Baptiste Debret, figura fundamental, responsável por registrar parcela significativa das mudanças sociais daquela época, retratando os membros da monarquia, o povo, os costumes e vário aspectos da cultura. Os artistas da Missão Artística Francesa ajudaram a construir todo um imaginário sobre aquela época. Mas o que isso quer dizer?
O que é imaginário?
Quando falamos de "imaginário", estamos nos referindo à reunião de elementos característicos da vida, da cultura de um grupo de pessoas, de um povo ou de uma nação. Por exemplo, pense nas gírias que você fala: de onde elas surgiram? Pense nas músicas que você ouve e nos filmes que você vê, ou, ainda, como era a roupa do Super-Homem nos quadrinhos da década de 1950 e como ela é hoje. Existe uma cultura típica do nosso tempo, da mesma forma que nos comportamos de uma maneira completamente diferente da de nossos avós, por exemplo.Ninguém, atualmente, diz que uma pessoa bonita é um "broto", gíria típica dos nossos avós, e a roupa do Super-Homem é completamente diferente daquela usada pelo personagem de histórias em quadrinhos quando as primeiras revistas começaram a aparecer. Da mesma forma, uma mulher usar calças na corte de dom João 6º seria um comportamento imoral, inaceitável.
Ou seja, há costumes próprios de cada tempo, de cada época. E os artistas de um determinado período da história contribuem para o imaginário que construímos sobre essa época. Assim, as leituras e as interpretações que fazemos das imagens, das pinturas e das esculturas do passado estão marcadas pelas escolhas e pelos estilos desses artistas, mas também pelos nossos valores, pelas nossas crenças atuais, que formamos ao longo da nossa vida.
Jean Baptiste Debret
Debret documentou os acontecimentos da história brasileira no início do século 19. Ele e os membros da corte tinham consciência da importância da circulação de gravuras tratando de diferentes aspectos da vida no Brasil. Ou seja, eles se preocupavam com a divulgação da imagem do Brasil no exterior, principalmente pelo fato de o Brasil não ser mais apenas uma colônia, mas Reino Unido de Portugal.Debret seria importante mesmo depois da Independência. Ele soube se transformar no pintor comemorativo oficial do império. Observe, por exemplo, no texto Influências na arte brasileira no século 19, o detalhe da obra "Coroação de D. Pedro 1º". Desde a morte de dom Sebastião, em 1578, nenhum rei português era retratado com a coroa colocada na cabeça, mas segurando-a ao lado do tronco, como se apenas o próprio dom Sebastião a merecesse, quando retornasse (dom Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, mas seu corpo jamais foi encontrado, o que deu início a um movimento chamado "sebastianismo", cujos seguidores acreditavam na volta messiânica de dom Sebastião).
Na pintura de que falamos acima, contudo, dom Pedro usa a coroa. Como você acha que isso foi percebido na época? Com certeza, serviu para enaltecer a figura do novo imperador e colaborou para a criação da imagem de dom Pedro como um herói.
Mas Debret não gravou apenas momentos que ele considerava importantes para a história ou cenas da vida da família real. Ele também documentou o cotidiano de pessoas comuns, sempre com um olhar neoclássico e, segundo alguns autores, já adotando a estética do romantismo.
Para entendermos a influência de Debret sobre o nosso imaginário, vamos observar e comparar a imagem do índio no início deste artigo e a do negro, que vem a seguir:
A representação do índio é totalmente idealizada. Para Debret e outros pintores neoclássicos, os índios são sempre fortes, com traços bem definidos, e estão sempre em cenas heróicas. Quanto aos escravos, ainda que sendo punidos, as cores da pintura minimizam o drama do castigo, e a senzala, local onde provavelmente estão, encontra-se inclusive limpa, iluminada.
Será que vem daí o fato de esquecermos, muitas vezes, que houve escravidão indígena no Brasil? Ou, ainda, viriam dessas imagens a idéia de que os índios eram fortes e não se deixavam escravizar? Embora a escravidão africana tenha sido muito maior, em termos de número de escravos, os índios também foram escravizados, principalmente no período do bandeirismo.
Com relação aos negros, dificilmente vemos a representação de negros revoltosos e descontentes com sua situação de cativos. Normalmente, eles estão trabalhando - e, quando castigados, têm um olhar resignado. Será que vem daí a idéia de uma "democracia racial" no Brasil?
Diversos fatores contribuem para a construção do imaginário sobre determinada época, mas, certamente, a comunicação visual - por meio de pinturas e gravuras, ou da fotografia, da tevê e do cinema - tem uma força muito grande.
Dicas de leitura
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Debret - História
Debret - Um artista a serviço da corte portuguesa no Brasil
JEAN BAPTISTE DEBRET: UM ARTISTA À SERVIÇO DA CORTE PORTUGUESA NO BRASIL
A primeira metade do século XIX nos permite relembrar, e com muita satisfação, da presença de grandes artistas franceses no Brasil. Tal circunstância deveu-se à intenção da própria Coroa portuguesa em trazer cultura para o país, na ocasião, recém ocupado pela nobreza há apenas 08 anos. Destacaremos, dentre os habilidosos "artistas-viajantes": Jean Baptiste Debret, que segundo a autora Valéria Lima, fora o mais requisitado e competente, naquilo que pretendia revelar por meio da arte.
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O que pretendemos mostrar neste humilde artigo é o interesse, por parte dos expectadores, quanto à "realidade" inserida nas obras de Debret quando da sua "missão artística" aqui no Brasil. O artista francês foi "convocado" pelo Príncipe Regente de Portugal, D. João VI - em 1816 a retratar todos os momentos ilustres da monarquia.
A autora nos revela que Debret, em sua interessante obra: "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", permite demonstrar importantes traços de sua própria identidade e personalidade, distanciando-se um pouco daquela idéia de apresentar "imagens fiéis" da escravidão negra no Brasil, e também sobre os "exóticos" momentos da monarquia lusa, instalada no Rio de Janeiro a partir de 1808. Debret sem dúvida, foi mais do que um pintor oficial da nobreza, também atuou com muita competência na fundação da Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, contribuindo como professor, cumprindo desta forma, outro desejo do Príncipe D. João VI.
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Valeria nos lembra bem que neste período o Brasil encontrava-se em processo de formação de sua própria história, inclusive como nação "independente".
UM POUCO DA ORIGEM ARTÍSTICA DE DEBRET
Jean Baptiste Debret, nasceu no ano de 1768, em Paris, França. Recebeu grande influência artística de seu primo Jacques-Louis David, um virtuoso pintor portador de um profundo rigor clássico. Debret sempre freqüentou ateliês na França, seu pai era funcionário público e possuía verdadeiro interesse em história natural, elaborando pesquisas sobre o assunto. Referida influência também contribuiu bastante para trajetória artística de Debret, sendo utilizada inclusive no Brasil.
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A formação cultural de Debret se desenvolveu em meio a conturbados momentos políticos da França revolucionária. O artista passou a fazer parte do grupo de pintores responsáveis pelas imagens de atos históricos e heróicos de Napoleão Bonaparte. As academias francesas de arte até este momento, preocupavam-se com o resgate da historia antiga, trazendo, desta forma, a intenção de elevar a moralidade social da época. Com a "intervenção" de Bonaparte, o cenário é alterado, pois os pintores agora teriam de se preocupar em revelar, com praticamente nenhuma liberdade, assuntos pertinentes à história contemporânea, da qual o próprio Imperador era protagonista.
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O AMBIENTE QUE ANTECEDEU A VINDA DE DEBRET PARA O BRASIL
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É interessante notarmos que o cenário que antecedeu a vinda do pintor francês a terras brasileiras estava um tanto quanto conturbado. Não podemos esquecer que Napoleão praticamente expulsou a Coroa portuguesa, que na ocasião, fugira para o Brasil. Em 1808 D. João e mais 15 mil pessoas que acompanhavam a Corte, desembarcaram no Rio de Janeiro. Neste mesmo período, os portugueses estavam de relações políticas e sociais, completamente cortadas com os franceses. Diante desta dimensão, talvez seja oportuno perguntarmos, qual seria o objetivo, por parte dos portugueses, em trazer artistas franceses para prestar serviços à monarquia no Brasil. Podemos, no entanto, destacar alguns fatores correspondentes à questão: Segundo a autora, o próprio Debret, como mencionamos anteriormente, fez parte dos pintores "oficiais" designado a retratar momentos gloriosos de Napoleão Bonaparte. Por outro lado, não podemos deixar de mencionar a cultura italiana que, por muitos séculos, formou grandes artistas como Michelangelo, Leonardo Davinci, dentre tantos outros. A Itália dominou, de forma soberana, o cenário artístico até meados do século XVII. A partir do final deste mesmo século e inicio do XVIII a França passou a revelar grandes talentos do mundo da arte, isto graças ao sensível avanço dos ensinos acadêmicos, reunindo desta forma, condições para competir e até superar a qualidade artística italiana. O próprio Debret estudou arte num ateliê na famosa Itália.
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Outro fator contribuinte que apóia a decisão dos lusos em trazer artistas franceses está ligado à atuação dos "agentes" portugueses. O agente português, Conde de Baça esteve em Paris momentos antes dos artistas franceses embarcarem para o Brasil. Com a eliminação definitiva de Napoleão em 1815 a diplomacia entre Portugal e França voltou a apresentar cordialidade entre os países.
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Valéria Lima menciona que o Brasil desta época, encontrava-se em plena formação e precisava de cultura, precisava de pessoas com capacidade de ensinar arte. Este também foi um dos principais motivos da convocação dos artistas ao Brasil. A dimensão de Debret não era diferente, pos fora convocado para atuar junto à Corte portuguesa e que também acabou desempenhando importante papel na Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, como professor.
DEBRET: O ARTISTA OFICIAL DA CORTE, DA ACADEMIA ...
Valeria Lima menciona ainda um importante acontecimento quando da chegada de Debret ao Brasil, em 1816. Visto que tal feito coincidiu com a morte da então Rainha de Portugal, D. Maria I. O pintor francês estava incumbido, a partir de então, de retratar o funeral da Rainha e, evidentemente, a aclamação do novo monarca da Corte, inclusive o referido funeral. Paralelamente aos trabalhos de pintor e cenógrafo da monarquia, Debret exercia funções como membro fundador e pintor de história da Academia Imperial, conseguindo reunir condições no sentido de "produzir" novos artistas para o país.
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"Queria oferecer aos estrangeiros um panorama que extrapolasse a visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. Acreditava que o Brasil merecia estar entre as nações mais civilizadas da época e que a elaboração de uma obra histórica a seu respeito seria uma contribuição valiosa para que esta justiça se cumprisse." Pág. 27
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Com o grande projeto Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, Debret revela sua profunda relação pessoal e emocional, adquirida em sua permanência no Brasil por 15 anos. Em 1831 o pintor solicitou licença ao Conselho da Regência para retornar à França, alegando problemas de saúde. Dois motivos o levaram a tomar tal atitude: primeiro para juntar-se a sua família e segundo, tão importante para o artista quanto o primeiro, era organizar o primeiro volume de sua obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil.
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A Corte portuguesa aceitou tal solicitação, no entanto, condicionou-a a um retorno do artista para o "novo mundo", fato que não ocorreu, Debret deixou o Brasil em 1831 para nunca mais voltar. Mas, de acordo com a autora, o artista francês jamais deixou se desvencilhar das terras brasileiras, estando profundamente envolvido por meio de sua obra, até o fim de seus dias ocorrido em 1848.
O BRASIL "PINTADO" POR DEBRET
Por meio de sua obra Viagem ..., Debret procurou demonstrar, com minuciosos detalhes e cuidados, a "formação" do Brasil, especialmente no sentido cultural do povo e nação. Os 3 volumes foram publicados em 1834, 1835 e 1839. De acordo com a autora, Debret enfatiza os principais destaques de sua obra:
"Ao longo de suas páginas, Debret enfatiza o que considera os diferentes momentos da marcha da civilização no Brasil: os indígenas e suas relações com o homem branco, as atividades econômicas e a presença marcante da mão de obra escrava e, por fim, as instituições políticas e religiosas." Pág. 29
Debret procurou resgatar particularidades do país e do povo. Utilizou o termo "pitoresco" com a ideologia de precisão, habilidade, talento, e qualidade artística em representar e "preservar" o passado daquele povo. Segundo a autora, para Debret, esta obra favoreceria no sentido de demonstrar para Europa um Brasil que merecia ocupar o mesmo lugar dos grandes e civilizados países. Vejamos outra citação da autora a respeito do termo "pitoresco" utilizado por Debret:
" ...traduzia, igualmente, nas primeiras décadas do século XIX, a opção por privilegiar, no "retrato" dos povos, aspectos que não estivessem limitados às questões políticas, mas que dessem testemunho da religião, da cultura e dos costumes dos homens." Pág.36
Debret preocupou-se muito com os textos que acompanhavam suas imagens, demonstrando certa fidelidade ao sentido literário. Tal postura não era comum em outros "artistas - viajantes". Muitos pintores não se preocupavam demasiadamente com o sentido dos textos comparando-os com as ilustrações contidas em seus trabalhos.
Esse desejo, por parte do pintor em resgatar costumes e acontecimentos do passado brasileiro evidencia a importância de sua estada ao Brasil durante esses 15 anos. Muitos acreditam em não haver nenhum tipo de contribuição por parte do artista para história do Brasil.
Valeria Lima diz:
" - não podemos considerar os volumes de Debret como retratos fiéis do Brasil oitocentista, mas como um grande exemplar de pintura histórica." Pág. 8
SEÇÃO DE FIGURAS
CONCLUSÃO
O próprio Debret certamente não imaginava que sua viagem ao "novo mundo" o tornaria reconhecido como o principal retratista do Brasil Imperial, considerando, portanto, alguns cuidados, bem cogitado pela autora.
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Em tempo, não há duvidas de que a passagem de Debret pelo Brasil criou um positivo impacto desde suas brilhantes participações na Academia de Artes, e em seu extraordinário desempenho ao participar como pintor e cenógrafo oficial da monarquia brasileira. O talento sempre acompanhou o artista que cumprira sua missão, alcançando resultados, muita vezes, alem da expectativa. Não é de se admirar que muitos estudiosos, em nossos dias, estão trabalhando em pesquisas sobre este magnífico e abrangente artista francês.
DESCRIÇÃO DAS FIGURAS:
Aplicação do castigo do açoite
Casamento de negros escravos de uma família rica
Passatempo dos ricos
Auto-retrato de Debret
Mercado da rua do Valongo
Jantar (família rica)
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
LIMA, Valéria - Uma Viagem com Debret, {coleção: Descobrindo o Brasil} Ed. Jorge Zahar, RJ - 2004.
Historianet
1 comentário:
gostaria de saber onde eu poderia encontrar copias legalizadas das gravuras de Debret para comprar para que eu possa emoldura-las.
atenciosamente tt.cunha@uol.com.br
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