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Scene from the movie "O pagador de promessas", produced in 1962. It shows a roda in front of a church, in Salvador. The movie features Mestres Canjiquinha, Paraná, Gigante and Zoião
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O Pagador de Promessas (filme)
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Brasil 1962 ı cor ı 118 min | |||
Dirigido por: | Anselmo Duarte | ||
Elenco | Leonardo Villar Glória Menezes Dionísio Azevedo Norma Bengell Geraldo Del Rey | ||
Roteiro/Guião | Anselmo Duarte | ||
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Género | drama | ||
Idioma | português | ||
IMDb |
O pagador de promessas é um filme brasileiro de 1962, do gênero drama, escrito e dirigido por Anselmo Duarte e baseado em história de Dias Gomes.
Índice |
Sinopse
Zé do Burro é um homem humilde que enfrenta a intransigência da Igreja ao tentar cumprir a promessa feita em um terreiro de candomblé de carregar uma pesada cruz por um longo percurso.
Zé do Burro é o dono de um pequeno pedaço de terra no Nordeste do Brasil. Seu melhor amigo é um burro. Quando este adoece, Zé faz uma promessa à uma mãe-de-santo do Candomblé: se seu burro se recuperar, irá doar sua terra aos pobres e carregará uma cruz desde sua terra até a Catedral de Santa Bárbara em Salvador, onde oferecerá a oferecerá ao padre local. Assim que seu burro se recupera, Zé dá início à sua jornada.
O filme se inicia com Zé, seguido fielmente pela esposa Rosa, chegando à catedral de madrugada. O padre local recusa a cruz de Zé após ouvir dele a razão pela qual a carregou e as circunstâncias "pagãs" em que a promessa foi feita. Todos em Salvador tentam se aproveitar do inocente e ingênuo Zé. Os praticantes de Candomblé querem usá-lo como líder contra a discriminação[1] que sofrem da Igreja Católica, os jornais sensacionalistas transformam sua promessa de dar a terra aos pobres em grito pela reforma agrária. A polícia é chamada para previnir a entrada de Zé na Igreja, e ele acaba assassinado em um confronto violento entre policiais e manifestantes a seu favor. Na última cena do filme, os manifestantes colocam o corpo morto de Zé em cima da cruz e entram à força na Catedral.
Elenco
- Leonardo Villar .... Zé do Burro
- Glória Menezes .... Rosa
- Dionísio Azevedo .... padre Olavo
- Norma Bengell .... Marli
- Geraldo Del Rey .... Bonitão
- Roberto Ferreira .... Dedé
- Othon Bastos .... repórter
- Maria Conceição .... tia
- João Desordi .... detetive
- Antônio Pitanga .... Coca
- Canjiquinha
- Américo Coimbra
Principais prêmios e indicações
- Indicado na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.
Festival de Cannes 1962 (França)
- Ganhou a Palma de Ouro.
Festival de Cartagena 1962 (Colômbia)
- Ganhou o Prêmio Especial do Júri.
San Francisco International Film Festival 1962 (EUA)
- Ganhou o Prêmio Golden Gate nas categorias de Melhor Filme e Melhor Trilha Sonora.
Curiosidades
- O Pagador de Promessas foi o primeiro (e até agora o único) filme brasileiro a ser premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes. A vitória foi anunciada no dia 23 de maio de 1962.
- O diretor Anselmo Duarte e a equipe do filme foram recebidos com um desfile público em carro aberto, ao desembarcar no Brasil após receber o prêmio em Cannes.
- Conforme contou no programa de Jô Soares, Anselmo Duarte foi homenageado em sua terra natal e, dentre as honrarias, havia o discurso de um famoso político local. No decorrer do discurso, o político insistia em pronunciar o nome de "Anselmo" como "Ansérmo", o que causava risos nos presentes. Percebendo a reação, o político disse que falava a liguagem do povo, mas que também se expressava na linguagem culta. Logo em seguida, tentou corrigir o erro, mas acabou por dizer "Ansérmo Dualte".
- Mais de vinte anos mais tarde, Dias Gomes adaptou sua própria obra para a Rede Globo, no formato de minissérie. Esta versão foi, no entanto, censurada à pedido dos patrocinadores, que não teriam gostado das menções positivas feitas à reforma agrária.[2]
Referências
- ↑ Preconceito e intolerância religiosa no filme O Pagador de Promessas
- ↑ "Dossiê da televisão brasileira". Revista Cult, edição 115
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