Discurso de Lula da Silva (excerto)

___diegophc

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Starry Night - Don McLean


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Casarini

A Slide Show Double Tribute to Vincent van Gogh and Don McLean. (portuguese subtitled)
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Link for a version without portuguese subtitles: http://www.youtube.com/watch?v=5OtK_s...
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Um Slide Show em homenagem a Vincent van Gogh e Don McLean. (legendas em português)
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Vincent - Don McLean
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Starry, starry night
Paint your palette blue and gray
Look out on a summer's day
With eyes that know the darkness in my soul
Shadows on the hills
Sketch the trees and the daffodils
Catch the breeze and the winter chills
In colors on the snowy linen land
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Now I understand
What you tried to say to me
How you suffered for your sanity
How you tried to set them free
They would not listen they did not know how
Perhaps they'll listen now
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Starry, starry night
Flaming flowers that brightly blaze
Swirling clouds in violet haze
Reflecting Vincent's eyes of China blue
Colors changing hue
Morning fields of amber grain
Weathered faces lined in pain
Are soothed beneath the artist's loving hand
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Now I understand
What you tried to say to me
How you suffered for your sanity
How you tried to set them free
They would not listen they did not know how
Perhaps they'll listen now
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For they could not love you
But still your love was true
And when no hope was left in sight
On that starry, starry night
You took your life as lovers often do
But I could have told you Vincent
This world was never meant for one as
beautiful as you
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Starry, starry night
Portraits hung in empty halls
Frameless heads on nameless walls
With eyes that watch the world and can't forget
Like the strangers that you've met
The ragged men in ragged clothes
A silver thorn on a bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow
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Now I think I know
What you tried to say to me
How you suffered for your sanity
How you tried to set them free
They would not listen they're not listening still
Perhaps they never will
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Puxando pelas setinhas?

Yolanda (hi5) diz:
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ACHO ESTA FOTO EXCELENTE TENS QUE PUXAR PELAS SETINHAS PARA A VERES COMPLETAMENTE,BJS
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Autor não identificado
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domingo, 30 de agosto de 2009

Canção da América - Milton Nascimento


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ammyleadertraining

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De Flor do Deserto (hi5):
Para o Victor, nada para o hacker ... Beijo Victor
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Canção Da América

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Milton Nascimento
Composição: Fernando Brant e Milton Nascimento
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Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir

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Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou

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Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração

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Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar
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"Cavalleria rusticana" de Pietro Mascagni


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Arquelao

(Música Clásica en www.musicaclasica.eu) Un montaje audiovisual con música del compositor Pietro Mascagni de fondo: un intermezzo de su ópera "Cavallería rusticana" (que significa "caballerosidad rústica") e imágenes de Moulin Rouge.
Se lo dedico a Álvaro. Él sabe por qué.
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Enviado por EB (hi5)
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A Cantiga é uma Arma - GAC


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mass0n

Grupo Acção Cultural (GAC)- Vozes na Luta http://almocrevedaspetas.bl...
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E tudo o que vês não é submerso... A imagem que observas é o regresso...



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baresi88

Vitorino Anjos Samuel e outros
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Enviado por Yolanda (hi5)

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Segunda-feira, Abril 25, 2005

A Cantiga é uma Arma

« Pertenço a uma geração anterior ao pós-modernismo, em que nós aprendemos que ligada a qualquer estética há sempre uma ética. Quando me perguntaram, no princípio dos anos 80, 'você é um cantor de intervenção?', eu disse: 'Somos todos cantores de intervenção'. Marco Paulo é um cantor de intervenção. Intervém à sua maneira e eu intervenho à minha. Agora, não me venham dizer que aquilo é neutro. Não há neutralidade possível quando se está a falar para milhares de pessoas. Está ali um tipo a dizer umas palavras, a tomar umas atitudes e, portanto, a transmitir modelos que levam à reprodução do sistema social tal como ele está, ou a colocar em causa esse sistema social e a sugerir pistas, eventualmente erradas. Nunca se vai impunemente para cima de um palco.»

José Mário Branco ao jornal Público 27 de Fevereiro de 2004


A cantiga é uma arma
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a cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
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há canta por interesse
há quem cante por cantar
há quem faça profissão
de combater a cantar
e há quem cante de pantufas
para não perder o lugar
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a cantiga é uma arma
eu não sabia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
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O faduncho choradinho
de tabernas e salões
semeia só desalento
misticismo e ilusões
canto mole em letra dura
nunca fez revoluções
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a cantiga é uma arma
(contra quem?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
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Se tu cantas a reboque
não vale a pena cantar
se vais à frente demais
bem te podes engasgar
a cantiga só é arma
quando a luta acompanhar
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a cantiga é uma arma
contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
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Uma arma eficiente
fabricada com cuidado
deve ter um mecanismo
bem perfeito e oleado
e o canto com uma arma
deve ser bem fabricado
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a cantiga é uma arma
(Contra quem camaradas?)
Contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
de pontaria
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a cantiga é uma arma
contra a burguesia
tudo depende da bala
e da pontaria
tudo depende da raiva
e da alegria
a cantiga é uma arma
contra a burguesia
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That Leaving Feeling


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johanisk

Tindersticks Video
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Beijinho, cidadão do cosmos!
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Enviado por Flor do Deserto (hi5)
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Lágrima - Dulce Pontes


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eevasilk

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Enviado por Cecília (hi5)
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Lágrima
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Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas
E com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de querer tanto
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Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Eu não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo
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Se considero
Que um dia hei-de morrer
No desespero
Que tenho de te não ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer
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Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Por uma lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegria
Me deixaria matar
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sábado, 29 de agosto de 2009

"Quem é essa Elise?": Beethoven, uma peça e um enigma

DW World - Cultura | 27.08.2009


Durante anos pensou-se que ela fosse "Therese". Agora, um musicólogo alemão pretende ter resolvido o mistério sobre a identidade daquela a quem o compositor natural de Bonn dedicou uma de suas obras mais populares.

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A Bagatela para piano em lá menor, WoO 59 de Beethoven é uma das peças clássicas mais conhecidas que existem. Composta em 1810, ela traz uma dedicatória íntima: "Para Elise em 27 de abril em recordação de L.v. Bthvn".
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Do jazz ao hardrock, do cabaré ao toque de celular, passando pelo hit italiano (Maledetta Elisa!), poucas melodias são tão onipresentes quanto essa. Não há dúvida: caso Ludwig van Beethoven (1770-1827) ainda recebesse direitos autorais, bastaria Für Elise para torná-lo milionário.
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Porém durante longos anos uma questão extramusical permaneceu em aberto: quem era a homenageada? Até há pouco, pensava-se tratar-se de uma jovem e bela amiga do compositor, uma certa Therese Malfatti. O que, do ponto de vista lógico, não faz muito sentido, admita-se.
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Agora, o musicólogo alemão Klaus Martin Kopitz crê haver encontrado a resposta. Não que tivesse essa intenção: a descoberta foi mero subproduto de seu trabalho mais sério de pesquisa historiográfica.
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Marca de uma despedida?
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Há anos Kopitz trabalhava numa edição do livro Beethoven no olhar de seus contemporâneos, contendo relatórios de gente que conheceu o compositor pessoalmente, diários, poemas, lembranças. "Algumas mulheres são presenças constantes. E uma delas é Elisabeth Röckel."
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Montagem de 'Fidelio' em Leipzig, 2005.


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Nascida em 1793, ela era a irmã caçula do cantor Joseph Röckel, que em 1806 cantou o papel de Florestan na única ópera de Beethoven, Fidelio, sob a regência do próprio compositor. Assim como seu irmão, a graciosa bávara, que os amigos chamavam "Elise", afeiçoou-se ao excêntrico gênio nascido em Bonn.
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Alegre e despreocupada, ela possuía também talento musical, tocava piano e mais tarde tornou-se cantora. Na primavera europeia de 1810, mudou-se de Viena para Bamberg, em seu primeiro contrato teatral. E este é mais um argumento de Kopitz: se Beethoven escreveu a peça "em recordação", é de se supor que ocorreu uma separação.
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Beliscões carinhosos
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O compositor e a jovem conheciam-se bem, sem dúvida, já que ele dedicou a obra não a "Fräulein Röckel", mas sim a "Elise". A amizade entre os dois está bem documentada, inclusive pela possível musa. A um conhecido, ela contou, por exemplo, de uma noitada na casa do celebrado violonista Mauro Giuliani.
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Apesar de acompanhada por seu futuro marido, o compositor Johann Nepomuk Hummel, "Beethoven, em sua extroversão renana, não cansava de cutucá-la e de brincar com ela. Tanto que, ao fim, ela não sabia como se livrar dele: de tanto carinho, ele não parava de beliscá-la no braço", cita Kopitz.
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O fato de Elisabeth haver se decidido por Hummel não abalou a amizade do casal com Beethoven. Poucos dias antes da morte do músico, em março de 1827, ela o visitou, cortou um cacho da cabeleira do compositor e ganhou como suvenir suas últimas penas de escrita.
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Elisabeth Röckel em retrato de 1814.
Bildunterschrift: Elisabeth Röckel em retrato de 1814
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Elise? Ou Therese?
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Resta a pergunta: como pôde Elisabeth Röckel permanecer ignorada por musicólogos e historiadores durante quase dois séculos? E como foi que sua "rival", a Malfatti, entrou nessa história?
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Os responsáveis foram Ludwig Nohl e Max Unger, estudiosos confiáveis da vida e obra beethovenianas. Nohl descobriu e publicou a Bagatela em lá menor em 1865, mas não conseguiu localizar o nome "Elise" no contexto da vida do compositor.
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Unger foi quem rebatizou arbitrariamente a peça como Para Therese, sob o pretexto de que o original, desaparecido por um certo tempo, estivera temporariamente em mãos de Therese Malfatti.
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Teoria novelesca
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E esse é mais um mistério: por que Therese estaria de posse de uma peça dedicada "a Elise"? Uma possibilidade é que, já que ambas se conheciam, tivessem trocado partituras entre si. Klaus Kopitz arrisca uma outra hipótese, ainda que não cem por cento científica. Tenha-se em mente que, segundo certas fontes, em abril de 1810 Malfatti e o compositor de 39 anos estavam noivos.
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"Suponhamos que Therese fizesse uma visita a Beethoven – aqui estou dando asas à imaginação – e visse sobre o piano a peça com a dedicatória. E perguntasse: 'Quem é essa Elise? Tu querias casar comigo, ou não?' Uma situação um tanto constrangedora: escrever uma peça 'para Elise' quando se pretende casar uma Therese!"
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Para quem quiser saber o fim da novela: Kopitz publica um ensaio completo sobre Beethoven e Elisabeth Röckel na próxima edição dos Bonner Beethoven-Studien.
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Autor: Anastassia Boutsko / Augusto Valente
Revisão: Rodrigo Rimon
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Mais artigos sobre o tema

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Divulgue este artigo.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

70 years since the Hitler-Stalin Pact - a opinião dos trotskistas e não só !

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WSWS - 24 August 2009

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Seventy years ago, on August 23, 1939, Nazi foreign minister Joachim von Ribbentrop and Soviet foreign minister Vyacheslav Molotov, a chief henchman of Joseph Stalin, met in Moscow to sign a hastily-negotiated Non-Aggression Pact between Hitlerite Germany and the USSR.

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The effect of this agreement was to pave the way for Germany to wage war in Europe under the most favorable conditions for the Nazis. As Ribbentrop traveled to Moscow, the Nazi regime was desperate to secure an agreement with the USSR, allowing it to attack Poland without facing a two-front war against both the USSR and the two main imperialist powers in Western Europe, Great Britain and France. In addition to the non-aggression pledge, the contents of the Pact included a secret division of Poland and the Baltic countries between Nazi Germany and the USSR. Germany was to receive western Poland and Lithuania, while the USSR seized eastern Poland, Latvia, and Estonia.

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A formal declaration of war on September 3, 1939 followed the Nazi invasion of Poland on September 1. This marked the beginning of World War II in Europe—a war that would ultimately claim between 50 million and 70 million lives. Soviet forces entered eastern Poland on September 17, 1939.

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Soviet neutrality allowed the Nazis, after rapidly defeating Polish forces, to concentrate their forces against Western Europe in 1940. With Stalin’s acquiescence, Hitler conquered Denmark, Norway, the Netherlands, Belgium, and France. When the inevitable Nazi invasion of the USSR began in June 1941, the USSR was completely isolated on the European continent. Stalin, ignoring overwhelming evidence of an imminent Nazi invasion, observed the terms of the treaty to the letter. The Kremlin sent the last shipments of strategic raw materials to Nazi Germany only hours before the invasion began on the morning of June 22, 1941.

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The most significant aspect of the treaty was the Kremlin’s complete contempt and indifference toward international working-class opinion. During the negotiations, Stalin toasted Hitler, saying: "I know how much the German people love their Führer." Following the line from the Kremlin, the Communist Parties of France and Britain adopted an official policy of neutrality towards the fascist regime, the embodiment of anti-working-class reaction.

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Both Nazi and Soviet forces committed large-scale crimes in the occupied regions. Nazi forces launched Operation Tannenberg, rounding up and executing tens of thousands of figures in Polish intellectual, cultural, and political life. In March of 1940, Soviet forces organized a massacre of Polish officers in the Katyn Forest.

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To Hitler's surprise, during negotiations of the pact, Stalin did not ask the Nazis to release the German Communist leader Ernst Thälmann, who had been languishing in a concentration camp since shortly after the Nazis came to power in January 1933. Thälmann was later murdered by the Nazis shortly before the collapse of the Third Reich.

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The Stalin-Hitler Pact was, on the surface, a stunning about-face in the foreign policy of both Germany and the USSR. The Nazi regime had presented itself as the bastion of resistance to the USSR and the threat of communism. The Stalinist regime, for its part, claimed to be the irreconcilable opponent of Nazi imperialism. Thus, the signing of the agreement was met with shock and incredulity by Britain and France. However, there was no small measure of hypocrisy in their condemnations of the pact, inasmuch as the two main European imperialist powers had been hoping to come to an agreement with Hitler at the expense of the USSR.

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Until August 1939, powerful factions of the French and British ruling class hoped Hitler would unleash the Wehrmacht not against the West, but against the USSR. This was the basis of the 1938 Munich agreement: in exchange for a worthless Nazi promise of what British premier Neville Chamberlain called "peace in our time," Britain and France agreed to the Nazis' dismembering of Czechoslovakia.


There was one observer to whom the about-face in Soviet policy did not come as a surprise: Leon Trotsky, the leader of the Fourth International, who was then living as a political exile in Mexico.

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With his characteristic far-sightedness, Trotsky predicted that Stalin, facing acute internal crises and a series of hostile regimes in Europe produced by his policies, might seek to ward off the danger of war through an alliance with Hitler. In June 1939, Trotsky wrote: "At the party congress in March of this year, Stalin openly declared for the first time that economically the Soviet Union is still very far behind the capitalist countries. He had to make this admission not only in order to explain retreats in the field of foreign policy. Stalin is prepared to pay very dearly, not to say any price, for peace. Not because he 'hates' war, but because he is mortally afraid of the consequences.

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"From this standpoint it is not difficult to evaluate the comparative benefits for the Kremlin of the two alternatives: agreement with Germany or alliance with the 'democracies.' Friendship with Hitler would mean immediate removal of the danger of war on the Western front and thereby a great reduction of the danger of war on the Far Eastern front. An alliance with the democracies would mean only the possibility of receiving aid in the event of war. Of course, if nothing is left but to fight, then it is more advantageous to have allies than to remain isolated. But the basic task of Stalin's foreign policy is not to create the most favorable conditions in the event of war, but to avoid war. This is the hidden meaning of the frequent statements by Stalin, Molotov, and Voroshilov that the USSR 'needs no allies.'" ("The Riddle of the USSR," The Writings of Leon Trotsky, 1938-1939 (New York: Pathfinder Press, 2002) p. 403-404).

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Trotsky based his judgment of the Kremlin's foreign policy on a broader evaluation of the counter-revolutionary policies that the Soviet bureaucracy had pursued over the previous decade.

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As fears of a Soviet-German war grew after Hitler came to power in 1933, the Kremlin sought alliances with bourgeois and social-democratic parties against fascism in Western Europe. The basis of these relations was the political subordination of the working class to capitalist rule. Stalin hoped to curry favor with the European bourgeoisie by suppressing, politically and physically, left-wing and revolutionary movements. Trotsky succinctly described the resulting "Popular Front" alliances as an "alliance of bourgeois liberalism and the GPU," the Kremlin's secret police.

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In France, the May-June 1936 general strike was sold out by the trade unions and the Stalinist French Communist Party (PCF). PCF leader Maurice Thorez, then collaborating politically with a Popular Front coalition government consisting of the Socialist Party and the bourgeois Radical Party, famously announced that "one has to know how to end a strike." The Popular Front government collapsed in 1938, bringing to power the conservative government of Daladier.

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In Spain, the Popular Front strategy tied the Spanish proletariat to the bourgeoisie during the Spanish Revolution and 1936-1939 Civil War against the Fascist coup leader, General Francisco Franco. The Kremlin insisted that armed workers' detachments should return their weapons to the bourgeois government of Manuel Azaña, to whom they would also leave political and military control of the war effort.

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As Trotskyists pointed out, Azaña's government feared the Spanish revolution far more than it feared Franco. It remained implacably hostile to a call to nationalize the land to win over Franco's peasant armies. France and Britain, though nominal Soviet allies, imposed a blockade on assistance to the Spanish Republic, for fear that the revolution might spread beyond Spain. The ultimate result was the victory of the Spanish Fascists.

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Trotsky commented: “The fundamental trait of Stalin’s international policy in recent years has been this: that he trades in the working class movement just as he trades in oil, manganese, and other goods. In this statement there is not one iota of exaggeration. Stalin looks upon the sections of the Comintern in various countries and upon the liberation struggle of the oppressed nations as so much small change in deals with the imperialist powers.” (“What lies behind Stalin’s bid for agreement with Hitler?”, ibid. p. 235)

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Inside the USSR itself, Stalin sought to ingratiate himself with his new-found imperialist allies and to head off political discontent by liquidating Marxist opposition to his rule. In the Moscow Trials and the ensuing Great Purges of 1936-1938, Stalin framed and massacred the Old Bolshevik cadres and large sections of the socialist intelligentsia. This included the shooting of three-quarters of the Soviet officer corps, including such veterans as Marshal Mikhail Tukhachevsky and General Iona Yakir—with devastating consequences for the battle-readiness of the Red Army.

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Trotsky wrote, “During the last three years Stalin called all the companions of Lenin agents of Hitler. He exterminated the flower of the general staff. He shot, discharged, and deported about 30,000 officers—all under the same charge of being agents of Hitler or his allies. After having dismembered the party and decapitated the army, now Stalin is openly posing his own candidacy for the role of ... principal agent of Hitler.” (“Stalin’s Capitulation,” ibid. p. 254)

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Coming at the end of this string of betrayals, the Hitler-Stalin Pact constituted a desperate and ultimately unsuccessful attempt by Stalin to prevent a war for which his own policies bore heavy responsibility. When Germany invaded the USSR less than two years later, the Soviet Union was woefully unprepared. Nearly 30 million Soviet soldiers and citizens perished in the struggle to repel the fascist attack.

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Ultimately, however, the incredible sacrifices of the Soviet people were betrayed by the dissolution of the USSR in 1991—the final outcome of the counter-revolutionary policies of Stalinism.

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Alex Lantier

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Ver também:

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Katyn Forest Massacre

News and Articles on Katyn Forest Massacre -- Adolf Hitler, Third Reich, Nazi Germany and World War II.
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PV: O genocídio nazi dos judeus da Europa e os massacres de palestinianos por Israel

12 Jan 2009 ... O genocídio nazi dos judeus da Europa e os massacres de ... Na realidade, apenas um os acolheu em grande número: a então socialista URSS. ...
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The psychology of genocide, massacres, and extreme violence: why ... - Resultado da pesquisa de livros do Google

de Donald G. Dutton - 2007 - Psychology - 199 páginas
Twelve thousand Jews had died fighting for Germany in World War I. Nevertheless, the Nazi Party, as early as 1920 and prior to its coming to power had ...
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News - Europe: Horror of unrecorded Nazi massacres revealed

3 Feb 2009 ... Horror of unrecorded Nazi massacres revealed ... Solution with its factories of death in Auschwitz and other camps in Nazi-occupied Poland.
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[PDF]

Política Racial Hitleriana

Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobat -
vezes alvo de massacres. • Na Época Moderna foram vítimas da Inquisição, especialmente em Portugal .... ocupação nazi da URSS, em Agosto-. Novembro de 1942. ...
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Segunda Grande Guerra : Biografias : Adolf Hitler [1889-1945]

O pai de Hitler (cujo nome original, até o ter alterado já no final da vida, .... tais como eslavos e ciganos, designados como Unsermensch (sub-humanos), ...
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MUITOS FORAM OS QUE ESCOLHERAM SERVIR A BESTA - Água Lisa

... pertenciam a “raças impuras” ou ”sub-humanos” destinados a serem “escravos dos arianos”. ... que chegou a incluir muitos milhares de eslavos, árabes, bósnios, ... Tradução para castelhano: “Mercenários de Hitler – Tropas extranjeras al ... a Hitler como paga da ajuda nazi ao seu lado na guerra civil espanhola. ...
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Usina de Letras

18 Fev 2008 ... Para Hitler a derrota na Primeira Guerra Mundial foi o momento mais negro ..... Para ele , os judeus eram sub-humanos, “ uma escória abominável. .... quase dois milhões de eslavos em uma população de 2,7 milhões de antes ...
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CMI Brasil - AO VENCEDOR AS BATATAS

... e comunistas uma ameaça e nos demais povos meros "sub-humanos" a serem escravizados; ... ciganos, deficientes mentais, comunistas e eslavos foram vitimados face a, ... como o foram Hitler e seus carrascos de 11 milhões de inocentes. ...
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[DOC]

LAS PERSONAS Y PUEBLOS AFECTADOS

Formato do ficheiro: Microsoft Word -
Para los Nazis, los Eslavos eran considerados Untermenschen o sub-humanos. En uno de sus discursos, Hitler dejó en evidencia su deseo de exterminio: ...
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Há 30 anos escritor Michael Ende lançava "A história sem fim"

DW World -

Cultura | 22.08.2009

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Autor alemão é famoso por seus livros com histórias fantásticas para adultos e crianças. Sua obra mais famosa foi traduzida para 40 línguas e também fez sucesso nos cinemas, em 1984.

Há 30 anos, a história de Bastian Balthazar Bux e sua jornada por um mundo de fantasia chegava às livrarias alemãs. O livro A história sem fim (Die unendliche Geschichte), de Michael Ende, fez sucesso mundial: um garoto rouba um livro, apaixona-se pela história, e entra na própria narrativa, num reino de seres diferentes, florestas densas e muita imaginação.

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O autor alemão Michael Ende ficou conhecido no mundo literário por seus livros fantasiosos sobre mundos fascinantes, escritos para crianças, adolescentes e adultos. Em 2009 ele completaria 80 anos.

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História atual

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Passados 30 anos da publicação do livro de maior sucesso do autor, suas histórias continuam atuais. "Michael Ende é um clássico absoluto. Ele continua sendo muito lido", afirma Christiane Raabe, diretora da Biblioteca Internacional da Juventude, em Munique, e curadora do Museu Michael Ende.

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Os livros do escritor já foram traduzidos em mais de 40 línguas. "As histórias de fantasia de Michael Ende são complexas, não são fáceis. Ele fala sobre coisas inconscientes, como mitos, os limites entre tempo e espaço, mas sem se distanciar da realidade", comenta Raabe.

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No entanto, Michael Ende não queria ser visto como um escritor de livros infantis. E não gostou quando, em 1984, seu livro mais famoso se transformou em filme, dirigido por Wolfgang Petersen. Apesar de a produção ter quebrado recordes de custos e de bilheteria, Ende se distanciou dela, classificando-a como "um gigantesco melodrama de kitsch, comércio, pelúcia e plástico".

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Michael Ende

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Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Michael Ende

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A vida do escritor

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Michael Ende era filho do pintor surrealista Edgar Ende. Nasceu em 1929 na pequena cidade Garmisch-Partenkirchen, no estado da Baviera, no sul da Alemanha. Chegou a estudar para ser autor, mas investiu na carreira de escritor freelancer.

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Em 1960, Ende publicou seu primeiro livro, Jim Knopf e Lucas o maquinista. Após ser rejeitado por mais de dez editoras, ele fez sucesso de imediato, sendo traduzido para mais de 20 línguas.

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Seu segundo sucesso, Momo, foi publicado em 1973. Seis anos mais tarde, surgia a obra-prima do autor, A história sem fim. Michael Ende escreveu livros, novelas, óperas e poesias para todos os públicos, até a morte, em 1995, vítima de um câncer de estômago.

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Narrativas de um amigo

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O músico Wilfried Hiller, amigo de Ende, lembra-se bem daqueles tempos, em que o escritor estava comprometido com A história sem fim. Juntos, escreveram algumas canções e operas, mas o livro consumia todo o tempo de Ende. "Ele me disse que no momento não podia escrever nenhum texto para mim, por estar preso num livro de que não conseguia sair", conta.

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Segundo Hiller, os sonhos eram o mundo do escritor: a mensagem que atravessa toda a sua obra é "que o ser humano precisa de sonhos e não pode viver sem eles".

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O próprio Michael Ende dizia-se herdeiro da escola romântica alemã, especialmente do autor Novalis. Alguns críticos literários, contudo, atacaram justamente esse caráter sonhador, e tacharam suas histórias de didáticas e cheias de pretensão de melhorar o mundo.

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NP/dpa
Revisão: Augusto Valente

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Mais artigos sobre o tema

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Nunca houve tantos escravos como na atualidade, diz pesquisador

Mundo | 21.08.2009

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Estimativas apontam que haja entre 12 milhões e 27 milhões de escravos, conta o jornalista Benjamin Skinner. Brasil, um dos últimos países a abolir formalmente a escravidão, é um dos mais proativos no combate ao tráfico.

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Na noite de 22 para 23 de agosto de 1791, a ilha de Santo Domingo (hoje Haiti e República Dominicana) assistiu ao começo de uma insurreição que teria um papel decisivo na abolição do tráfico transatlântico de escravos. Hoje, o 23 de agosto é comemorado pela Unesco como o Dia Internacional de Lembrança do Tráfico de Escravos e sua Abolição.

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Sobre este assunto, a Deutsche Welle entrevistou o jornalista norte-americano Benjamin Skinner, autor do livro A Crime So Monstrous: Face-To-Face with Modern-Day Slavery (Um crime tão monstruoso: face a face com a escravidão hoje). O professor do Carr Center for Human Rights Policy da Harvard Kennedy School adverte que escravos hoje são muito mais baratos do que em qualquer outro momento da história da humanidade.

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Deutsche Welle: A escravidão é um fato do passado?

Benjamin Skinner: Com certeza, não. Embora existam mais de 300 tratados internacionais e mais de uma dúzia de convenções universais exigindo o fim da escravidão e do comércio de escravos, este ainda é um problema que desafia o mundo moderno. Pessoas e nações presumem que a lei seja suficiente para erradicar o comércio, mas não é. A abolição legal é um primeiro passo necessário, mas a abolição real requer a aplicação rigorosa dessa lei para perseguir os traficantes e proteger e reabilitar as vítimas.

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Quantos escravos existem hoje no mundo?

Como a escravidão é ilegal em qualquer parte do mundo, os traficantes escondem suas vítimas, temendo as autoridades. Em qualquer país, escravos são uma população oculta. Mas as estimativas mais amplamente aceitas apontam que haja entre 12,3 milhões e 27 milhões de escravos.

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E em números relativos, em comparação com o passado?

Há mais escravos hoje do que em qualquer outro momento da história da humanidade. Mas, por mais deprimentes que sejam os números absolutos, podemos encontrar certo consolo no fato de a porcentagem de escravos na população mundial ser hoje menor. Os três grandes movimentos abolicionistas do passado de fato trouxeram progressos. Mas ainda há muito a ser feito neste quarto e último.

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Benjamin Skinner

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O que caracteriza a condição de escravo?

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Escravos são pessoas forçadas a prestar um serviço, mantidas ilegalmente e ameaçadas com violência, sem pagamento e em esquema de subsistência. São pessoas que não podem fugir de seu trabalho.

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Que tipo de trabalho eles fazem hoje em dia?

São usados em todos os ramos da indústria, da agricultura e do setor de serviços. A maioria é forçada a trabalhar para quitar uma dívida, em muitos casos herdada de um ancestral. Todo ano, centenas de milhares são forçados a cruzar fronteiras internacionais para executar trabalhos domésticos ou manuais, também como pedintes, ou se tornam vítimas de prostituição forçada. Crianças são obrigadas a lutar em guerras civis brutais; homens e mulheres, espoliados e obrigados a produzir componentes de produtos de consumo que você talvez tenha em casa. A escravidão está em todo e em nenhum lugar.

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Que motivos levam hoje à escravidão?

As circunstâncias de cada escravo são diferentes, claro, mas há temas recorrentes. Em primeiro lugar, escravos tendem a vir de comunidades profundamente empobrecidas e socialmente isoladas. Tendem a ser jovens, do sexo feminino, com acesso restrito a educação e saúde, e sem qualquer acesso ao crédito formal. Também costumam viver em áreas onde o domínio da lei é fraco e criminosos podem tirar vantagem de sua vulnerabilidade e isolamento para lucrar.

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Que países e regiões possuem o maior número de escravos?

O sul da Ásia em geral – e a Índia, em particular – possui mais escravos do que todo o resto do mundo junto. A abolição do trabalho escravo na Índia, assim como a do sistema de castas, continua sendo uma promessa não cumprida. Nos níveis estaduais e distritais, bem como nos panchayats [sistema político indiano que agrupa quatro vilas em volta de uma vila central], a boa intenção das leis nada significa para os milhões de pessoas forçadas a trabalhar para pagar uma dívida que, em muitos casos, foi feita gerações antes.

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E na América Latina?

Há centenas de milhares, talvez milhões de escravos na América Latina. O Haiti tem umas 300 mil crianças escravas. Ofereceram-me uma por 50 dólares numa rua de Porto Príncipe, a cinco horas de distância da minha casa em Nova York. Dezenas de milhares são traficadas da América Central e do México para localidades mais ao norte. Nos Estados Unidos, a maior parte dos escravos é mexicana ou foi traficada através do México.

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Ironicamente, o Brasil, um dos últimos países a abolir formalmente a escravidão, é hoje um dos mais proativos no combate ao tráfico. Equipes móveis de inspeção do Ministério brasileiro do Trabalho resgatam cerca de 5 mil escravos por ano. Mas infelizmente eles não recebem aconselhamento ou proteção adequados, e dá para contar nos dedos de uma mão quantos criminosos foram condenados. Ou seja, quase a metade dos escravos resgatados volta ao regime escravo. Ainda há muito a ser feito na região.

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No Sudão, governo armou e encorajou milícias a escravizar na guerra civil

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Qual o papel do Estado em países onde existe escravidão?

A escravidão existe onde os Estados são fracos ou corruptos, mas ela também pode ser usada por regimes autoritários como forma de controlar a população. Por exemplo, no Sudão, onde o governo do norte armou e encorajou as milícias a escravizar durante uma guerra civil de 22 anos. Ou em Mianmar, onde o governo impõe o regime de corvéia à população rural.

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É sabido que, em certos países, é possível libertar um escravo pagando por ele. Algumas organizações fazem isso. Você considera este um caminho válido?

Certamente não. Por mais que comprar a liberdade de um escravo faça o comprador se sentir bem, essa prática, na melhor das hipóteses, dá margem à corrupção. Na pior delas, incentiva o comércio com a miséria humana.

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Quanto custa um escravo hoje?

Escravos hoje são mais baratos do que nunca. Presenciei negociações de venda em quatro continentes e recebi ofertas de 45 dólares na África do Sul até cerca de 2 mil dólares (na verdade, tratava-se da troca por um carro usado) na Romênia. Com mais de 1,1 bilhão de pessoas subsistindo com menos de um dólar por dia, a oferta de potenciais escravos é praticamente ilimitada.

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Quais são as consequências tardias da escravidão nas sociedades em que ela existiu, como nos EUA e na América Latina?

Países que falham em lembrar que a escravidão é um compromisso vivo estão condenados a viver em insegurança e desigualdade, e em meio a atividades criminosas. Mas aqueles que se encarregarem da difícil tarefa de eliminar a escravidão serão recompensados com sociedades mais prósperas e pacíficas. O que me lembra as palavras de Maya Angelou: "A história, por mais dolorosa, não pode ser 'desvivida'. Mas, se enfrentada com coragem, não precisa ser revivida".

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Autor: Pablo Kummetz

Revisão: Roselaine Wandscheer

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Mais de 40 anos depois de My Lai...

Colunas

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Vermelho - 25 de Agosto de 2009 - 0h02

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Pedro de Oliveira *
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... o ex-oficial do Exército dos Estados Unidos “ tenente Willian Calley “ exprimiu seu remorso por ter capitaneado o crime que ficou conhecido mundialmente como o “Massacre de My Lai”. Calley já havia sido reconhecido culpado por uma Corte marcial pelo massacre perpetrado em 1968, durante a guerra do Vietnã.

This was a village a few miles from My Lai
MAGNUM/Philip Jones Griffiths
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"Estou profundamente desolado”, disse o soldado semana passada, “pelos vietnamitas que foram mortos, por suas famílias, pelos soldados americanos implicados no episódio e por suas famílias”. Neste acontecimento de 16 de março de 1968, que somente foi divulgado em novembro de 1969 “ e que mereceu o repúdio e a indignação do mundo inteiro “ foram mortos de 374 a 504 idosos, mulheres e crianças desarmadas por um batalhão americano dirigido pelo tenente Willian Calley, após receber ordens para arrasar o vilarejo que supostamente estaria repleto de vietcongs. O balanço dos mortos no massacre, feito pelo comando do Exército dos EUA, é controverso. Mas o tenente Calley foi julgado culpado e condenado à prisão perpétua, assim como seu comandante imediatamente superior, o capitão Ernest Medina.
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Calley foi anistiado e libertado três anos depois por intervenção direta do ex-presidente Richard Nixon, que por sua vez acabou renunciando à presidência dos Estados Unidos, acusado de violação da lei no caso Watergate. O comandante Medina foi solto em 1971.
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De fato, cerca de três milhões e 140 mil soldados americanos serviram o Exército dos Estados Unidos no Vietnã (dos quais 7200 mulheres) durante a guerra. Oficialmente, 58 mil e 183 americanos (dos quais oito mulheres) foram mortos em ação ou estão listados como desaparecidos. Estas baixas foram o dobro dos que morreram na guerra da Coréia, quando os EUA invadiram o paralelo 38 e tentaram arrasar a Coréia do Norte. O Pentágono calcula que durante a guerra foram perdidos 3689 aviões e 4857 helicópteros, além de terem sido utilizados 15 milhões de toneladas de munições diversas, inclusive o gás Napalm. O custo oficial da guerra foi de US$ 165 bilhões, apesar de que o custo econômico real foi pelo menos o dobro deste valor. Apenas para efeito de comparação, a guerra da Coréia custou para os EUA 18 bilhões de dólares. Hoje, a guerra do Iraque é calculada por especialistas norte-americanos respeitados como Joseph Stiglitz em mais de três trilhões de dólares.
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Até o final de 1973, 223 mil e 748 soldados sul-vietnamitas haviam sido mortos em ação; as baixas do Exército do Vietnã do Norte e dos chamados vietcongs chegaram a um milhão de soldados. Aproximadamente quatro milhões de civis vietnamitas foram mortos na guerra de agressão, o que representou na época 10% da população do país, muitos deles morreram fruto dos bombardeios indiscriminados a várias cidades importantes do norte do Vietnã. Mais de dois mil e 200 norte-americanos estão nas listas de desaparecidos, assim como cerca de 300 mil vietnamitas. É neste contexto que o sentimento de remorso do soldado Calley, e o reconhecimento dos erros cometidos pelos EUA publicado pelo ex-secretário de Estado norte-americano recentemente falecido nos EUA, Robert McNamara, devem ser encarados como ações organizadas pelo imperialismo para tentar submeter os povos e nações à sua lógica de conquista e assalto às riquezas de outros países para dar sobrevida ao capitalismo em decadência como formação social.

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* Jornalista e membro do Conselho Editorial da revista Princípios e do Portal Vermelho

* Opiniões aqui expressas não refletem necessáriamente as opiniões do site.
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Vietnã: lendário general Giap comemora seu 99° aniversário

Mundo

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Vermelho - 26 de Agosto de 2009 - 18h56

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O general vietnamita Vo Nguyen Giap, heroi da campanha da Indochina contra o colonialismo francês e estrategista da guerra diante dos EUA, comemorou seu 99° aniversário com merecido reconhecimento.

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Por: Susana Ugarte Soler, para a Agência de Notícias Nova Colômbia

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Dirigentes do Partido Comunista (PCV), o governo, o Estado e o Exército Popular do Vietnã visitaram o heróico lutador pela libertação nacional desde a segunda década do século passado.
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O Secretário Geral do PCV, Nong Duc Manh, desejou a Giap longa vida e a lucidez de sempre, ao mesmo tempo destacou sua continua contribuição com valiosas opiniões sobre a construção e renovação nacional.
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Oriundo da província central de Quang Binh, e inseparável companheiro do presidente Ho Chi Minh, desde a adolescência Giap se incorporou às lutas estudantis e em 1929 fundou a Federação Comunista da Indochina, foi preso e sofreu a perda dos seus próximos nas mãos dos colonialistas franceses.
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No inicio da década dos 40, seu encontro com o líder histórico do Vietnã, o tio Ho, marcou a longa luta que seguiu até a libertação definitiva em 1975, e no ano seguinte a reunificação desta nação do sudeste asiático.
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Basta mencionar dois marcantes momentos da história nacional ligados ao general Giap: Diem Bien Phu, em 1954, em que se dá a derrota da França colonial na região, e a ofensiva do Tet, em 1968, que detonou o revês do poderoso exército norteamericano pouco tempo depois.
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Brasil - Filme sobre líder comunista Gregório Bezerra começa a ser rodado

Cultura

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Vermelho - 26 de Agosto de 2009 - 15h15

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Começam no mês que vem as filmagens do longa-metragem "História de um Valente", baseado na vida do líder comunista Gregório Bezerra - um dos ícones da esquerda brasileira. O filme, dirigido por Cláudio Barroso, contará a trajetória de Gregório, entre 1957 e 1964. Nesse período, o personagem teve intensa atuação política e terminou preso pelos militares.

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Único opositor do regime militar a ser torturado em praça pública, no Recife, Gregório será interpretado por Jackson Antunes, o Leonardo da novela A Favorita. Também estão escalados para o elenco Nélson Xavier, Hermila Guedes, Germano Haiut, Magdale Alves, Francisco Carvalho, Irandir Santos, Carol Holanda e Edmilson Barros (que fará o papel do ex-governador pernambucano Miguel Arraes).
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Orçado em R$ 3,5 milhões, "História de um Valente" vai contar com reconstituições em locações do Recife e do interior pernambucano. Serão reconstituídos, por exemplo, lugares como a Praça de Casa Forte (local onde Gregório Bezerra foi publicamente torturado), pontos do bairro de Jardim São Paulo (onde o comunista morou) e ainda na Zona da Mata Sul de Pernambuco.
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“Quero desenvolver o filme num tom de suspense político-policial, mas não vou esquecer o lado humano de Gregório”, afirma Cláudio Barroso. Para o produtor do filme, Germano Coelho, o orçamento está bem acima dos padrões dos longas pernambucanos - mas boa parte do dinheiro será consumido com a reconstituição da época.
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Perfil
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Nascido na cidade de Panelas, interior de Pernambuco, Gregório Lourenço Bezerra (1900-1983) perdeu os pais ainda criança. Uma vez no Recife, passou a trabalhar como carregador de bagagens na Estação Central, jornaleiro e ajudante de obras. Foi analfabeto até os 25 anos, mas começou a se interessar pela política ainda jovem. Participou de manifestações em apoio à Revolução Bolchevique e das primeiras ondas de greve geral por direitos trabalhistas no Brasil.
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Em setembro de 1969, Gregório foi um dos 14 presos políticos trocados pelo então embaixador norte-americano no Brasil, Charles Burke Elbrick. O militante fez parte do Partido Comunista do Brasil e do PMDB, tornando-se o deputado federal mais votado em Pernambuco na época da Constituinte. De seus 83 anos de vida, 23 foram passados na cadeia, nove na clandestinidade e nove no exílio.
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Ao líder comunista, o poeta Ferreira Gullar dedicou um poema que se chama justamente História de um Valente: “Valentes, conheci muitos,/ e valentões, muito mais./ Uns só Valente no nome/ uns outros só de cartaz,/ uns valentes pela fome,/ outros por comer demais,/ sem falar dos que são homem/ só com capangas atrás./ Mas existe nessa terra/ muito homem de valor/ que é bravo sem matar gente/ mas não teme matador,/ que gosta da sua gente/ e que luta a seu favor,/ como Gregório Bezerra,/ feito de ferro e de flor”.
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O consultor de História de um Valente, desde a primeira versão do roteiro - há três anos -, é o filho de Gregório, Jurandir Bezerra. Já o diretor, Cláudio Barroso, chega ao projeto com larga experiência. Co-dirigiu seu primeiro curta, "Afundaçãodobrasil", em 1980.
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Realizou também os filmes Pedras de Fogo e Margarida Sempre Viva, que relatam os assassinatos de líderes camponeses no Nordeste. Em 2005, lançou o documentário “O Mundo É Uma Cabeça”, filme que já recebeu 10 prêmios em festivais nacionais, entre eles, o de melhor curta documental do Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro 2005.

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Gregório Bezerra - Uma entrevista histórica - 31 min
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Fernando Birri, o mascate de imagens que buscou o verdadeiro Che

Cultura

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Vermelho - 25 de Agosto de 2009 - 17h13
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Todo mundo o considera um dos pais do moderno cinema latino-americano. Mas o argentino Fernando Birri prefere que o chamem de ''mascate de imagens''. Foi assim mesmo que ele se definiu em sua recente passagem pelo Brasil, no Cine Ceará, onde foi apresentar seu filme Mi Hijo el Che, feito a partir de entrevistas com o pai de Che Guevara, Ernesto Guevara Lynch.

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Por Luiz Zanin, em seu blog

Fernando Birri

''Sou um errante; sigo pelos países do mundo com essas pequenas imagens no baú, como os antigos caixeiros-viajavam pelas estradas com seus tecidos e seus botões'', disse, na apresentação do filme em Fortaleza. ''Vou vendo o que as pessoas precisam e, se estiver ao meu alcance, forneço-lhes essas minhas modestas imagens.''
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O mascate de imagens não poderia ter aparência mais apropriada. Aliás, ele mesmo se parece com o título de outro dos seus filmes - Um Senhor Muito Velho Com as Asas Enormes. Título adaptado de conto de um dos seus grandes amigos, o escritor colombiano Gabriel García Márquez, parceiro no apoio constante e tenaz à Escuela de Cine y TV de San Antonio de los Baños, em Cuba.
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Idoso, Birri deve mesmo ser, pois subtraindo 2009 de 1925, ano em que nasceu em Santa Fé, na Argentina, obtém-se os seus 84 anos de idade. A barba é longa e branca, como brancos em geral são seus trajes, o que lhe dá uma aparência de profeta, algo como um Tolstoi do cinema, comparação que ele talvez não aceitasse, pois não é nem latifundiário, muito menos cristão, embora goze de um otimismo contagioso, uma inabalável fé no ser humano, mesmo em tempos difíceis e cheios de incredulidade.
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Acontece que Birri, ao mesmo tempo em que professa a crença em seus contemporâneos, é também um homem realista. Percebi isso quando o conheci, muitos anos atrás, no Rio de Janeiro. Birri apresentava então seu documentário Tire Dié, talvez seu filme mais famoso. Uma explicação prévia: Tire Dié é uma corruptela da expressão ''Tire diez (atire dez)'', que os meninos pobres gritavam, repetidamente, aos passageiros do trem, correndo por uma plataforma alta e estreita, arriscando-se a morrer por uma moeda de dez centavos de peso.
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É um filme alucinado, em que a pobreza do interior argentino aparece na tela sob forma transfigurada e contundente, que atinge o espectador no plexo solar. O pedido de esmola, reiterado, transforma-se em estranha ladainha, uma litania da miséria. Quando lhe disse da comoção que o filme havia provocado, Birri respondeu, no ato: ''Si, quiero mi espectador conmovido, pero lúcido.''
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Esta poderia ser uma daquelas frases simbólicas, que definem com seu peso uma postura tanto estética como ética e política do realizador. Ela sai da vivência real na feitura deste filme, sobre o qual já tanto se falou, escreveu e discutiu, e que é uma das matrizes da moderna cinematografia do continente. Foi realizado por 120 alunos da Escola de Documentaristas de Santa Fé, sob supervisão de Birri, entre os anos 1956-1958. Além de dividir crédito com os estudantes, Birri vai além. Costuma dizer: ''O pai deste documentário na verdade não sou eu; é a própria História.''
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Assim, há quase como uma impessoalidade na maneira como registra esse fragmento cotidiano da Santa Fé dos anos 50. Mas ele o transfigura em algo que soa como uma obra de arte superior e perene. Encanta a plateia, ao mesmo tempo em que a força a refletir sobre aquilo que está vendo. Comoção e lucidez. Emoção e política.
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Uma combinação que não agradava aos donos do poder da Argentina no começo dos anos 60 e forçou Birri a buscar o exílio - justamente no Brasil de João Goulart. Aqui, ele fez amizade com Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, entre outros. Gente que estava cozinhando a grande revolução que viria a ser o Cinema Novo e tinha Birri como irmão de ideias e um mestre a ser ouvido.
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O cigano Birri
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Sua influência durante o tempo em que esteve aqui não pode ser subestimada. Por exemplo, em 1963, realizou-se no Museu de Arte de São Paulo (Masp) um ciclo de conferências sobre a obra de Birri, tendo como convidado o próprio cineasta. É verdade que a influência de Birri sobre o cinema brasileiro já era anterior, da década de 50, quando os então jovens aspirantes a cineastas Maurice Capovilla e Vladimir Herzog foram visitá-lo em Santa Fé e estudaram o que ali se fazia.
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Mas a partir do simpósio no Masp pode-se dizer que Birri está na origem, como inspirador, do projeto Brasil Verdade, que, sob a supervisão de Thomaz Farkas, produziu documentários tão importantes como Viramundo, de Geraldo Sarno, Subterrâneos do Futebol, de Maurice Capovilla, e Memórias do Cangaço, de Paulo Gil Soares.
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Em seu período brasileiro, Birri tinha o projeto de fazer em parceria com Ferreira Gullar o filme João Boa Morte, que acabou não saindo. O golpe militar de 1964 encerrou sua temporada no Brasil e fez com que procurasse ares mais amenos.
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Tornou-se um cigano, com passagens por Cuba, China, a então União Soviética, Espanha, Argélia, Índia, Nepal, Alemanha, México, Uruguai e Venezuela, até pousar seu baú de mascate na Itália, onde até hoje reside. Mora em Roma, cidade onde estudou, na juventude, no mítico Centro Sperimentale di Cinematografia, que, na época, difundia as ideias do neorrealismo italiano, a cartilha humanista escrita e filmada por Roberto Rossellini e Cesare Zavattini.
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Inquieto e múltiplo
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Birri é um inquieto. Ocupou cargos institucionais, na Escola de Santa Fé e na Escola de Cinema de San Antonio de los Baños, da qual foi o primeiro diretor. Nunca parou de fazer filmes e é autor de obras como La Primera Fundacion de Buenos Aires (1959), La Pampa Gringa (1962), Rafael Alberti - Retrato del Poeta (1983), Nicarágua (1984) e Mi Hijo el Che (1985). Seus longas mais importantes, além do já citado Un Señor Muy Viejo con Unas Alas Enormes (1988) são Los Inundados (1961) e Org (1967). Este último é um ícone do cinema experimental, com Birri tentando uma fusão criativa entre as ideias marxistas e as do psicanalista dissidente Wilhelm Reich. Uma proposta de ''cosmunismo (sic) universal''.
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Um comunismo cósmico que não daria as costas jamais para o Princípio do Prazer. Nos últimos anos continuou a lançar seus filmes - El Siglo del Viento (1999), ZA - Lo Viejo y lo Nuevo (2006) e Elegia Friulana (2007). Estes dois últimos são de temática italiana. ZA é uma homenagem a seu eterno mestre, Cesare Zavattini, e Elegia Friulana lembra, a partir de imagens, a região de origem de seus antepassados, o Friuli.
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Além disso, Birri desenha, pinta, escreve prosa e verso e é ator. Escreve, escreve muito, e vai da ficção à reflexão teórica sem qualquer problema, pois as considera facetas de uma mesma atitude diante da realidade. Maneiras diferentes de manter olhos abertos sobre o que acontece à sua volta.
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Uma bela coletânea dos seus textos foi lançada no ano passado com o título de O Alquimista Democrático, numa edição caprichada e cheia de invenção gráfica, coedição do Cine Ceará com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Nela se encontram textos teóricos, desenhos, poemas e reflexões, inventário de uma carreira muito longa e criativa. Há desde seus primeiros estudos engajados sobre um cinema no subdesenvolvimento, até anotações sobre seus filmes.
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O anárquico Org, por exemplo, é definido com um ''filme que demorou um ano para ser feito e nove para ser desfeito'', referindo-se à laboriosa desconstrução da montagem dessa obra libertária, que não deveria aprisionar o espectador em qualquer certeza e termina com a própria película queimando e desfazendo-se diante do público perplexo.
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O engraçado é que essa pessoa tão afável e disponível mostra-se evasiva quando se trata de conceder entrevistas formais. Eu já havia conversado com ele várias vezes quando o encontrei, anos atrás, em Cuba. Pedi-lhe então uma entrevista para uma longa matéria que estava planejando, mas ele fez uma contraproposta. Como estávamos hospedados no mesmo hotel, o Havana Livre, o antigo Hilton dos tempos de Fulgêncio Batista, poderíamos tomar o café da manhã juntos todos os dias e conversaríamos à vontade. Sem bloquinho ou gravador. Foi o que fizemos.
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E, ao longo dos dez dias em que durou nossa convivência matinal, falamos sobre tudo, de cinema a literatura, passando, obviamente, pela política mundial. Desse modo foi feita a ''entrevista''. E essa passou a ser a norma todas as vezes em que voltamos a nos encontrar pelo mundo, em Havana outras vezes, mas também em Veneza, Rio, São Paulo e Fortaleza. Conversas, trocas de ideias entre amigos, nunca entrevistas formais, em que um pergunta e o outro fala. Birri prefere o diálogo.
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A descoberta de Ernestito
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Essa vocação profundamente democrática talvez seja a qualidade que faz dele um ser humano e artista incomum. Birri tem seu ponto de vista, mas sabe ouvir o do outro e entender-lhe a razão. Saber ouvir foi fundamental quando procurou buscar quem era Che Guevara, a pessoa escondida atrás do mito, e que desvendou na série de encontros com Ernesto Guevara Lynch, o pai.
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Nessa procura pelo ser humano, através dos olhos do pai que sobrevive a ele, Birri redescobre o menino chamado de ''Ernestito'', e cuja saúde frágil era a preocupação principal da família. Há um propósito aí. As circunstâncias fizeram do cidadão Ernesto Guevara, o Che. Com a morte, tornou-se mito, depois arquétipo e, em seguida, estereótipo. Quer dizer, um signo vazio de sentido. Redescobrir a figura atrás do estereótipo seria a maneira de desfazê-lo e voltar a injetar-lhe sentido. Para isso, o olhar do pai foi fundamental, o que torna Mi Hijo el Che um dos filmes mais importantes para entender a figura do guerrilheiro.
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Birri se interessa pela História e pelas figuras históricas, mas apenas na medida em que podem iluminar o presente. Daí que, em sua passagem por Fortaleza, não tenha manifestado tanto interesse em falar em Guevara, ou em lutas ou ilusões de outros tempos, pois algo mais urgente se impunha.
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Sua preocupação maior era com Honduras e o golpe militar que destituiu o presidente Manuel Zelaya. ''Pensei que depois de tantos golpes na democracia latino-americana já estivéssemos vacinados, mas não. O que aconteceu em Honduras é como se a História tivesse sido acometida de Alzheimer'', espanta-se. Durante o festival, Birri podia ser visto, com o vigor de um universitário, angariando assinaturas para o manifesto que escreveu contra o golpe hondurenho.
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Assim é Birri, um eterno garoto de mais de 80 anos, que não perde o encanto diante da vida nem a capacidade de se indignar. Um homem que cita constantemente a palavra História, mas que se sente bem ancorado no presente. Por falar nisso, quando não está pensando em cinema, literatura, política e outras urgências, este senhor muito velho com suas asas enormes se dedica, com entusiasmo, à sua página no site de relacionamentos Facebook.

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