Brasil
Vermelho - 17 de Agosto de 2009 - 17h45
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“Daqui vamos tirar subsídios para criar instrumentos capazes de romper com essa situação em que o racismo e o sexismo são barreiras para a nossa chegada ao poder”, declarou a ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), Nilcéa Freire, no 1o Seminário Nacional de Empoderamento das Mulheres Negras, que aconteceu neste final de semana em Brasília (DF).
O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, acrescentou que é preciso assegurar a presença de mais mulheres negras nas casas legislativas brasileiras, assim como na gestão pública e na iniciativa privada. “Neste seminário temos a presença de mulheres de partidos políticos, ou sem partido, mas todas engajadas na luta social”, lembrou Edson Santos.
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Para Sueli Carneiro, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora da ONG Gueledés, o combate ao racismo, o fortalecimento político e a sustentabilidade das organizações de mulheres negras são temas estratégicos para o empoderamento desse segmento social.
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O evento, marcado por testemundos e depoimentos de mulheres negras, contou com a fala da presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creusa Maria Oliveira. Ela destacou as dificuldades de uma campanha política. “Me candidatei dentro da cota do meu partido, que reserva vaga para mulheres. Mas eu fazia campanha de ônibus, sem estrutura para competir em pé de igualdade”, contou.
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Outro depoimento importante foi o de Aurina Oliveira Santana, presidente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, que atende oito mil alunos. Ela relembrou sua trajetória até ocupar o cargo, equivalente ao de reitor de universidade federal. “Até chegar aqui passei por três eleições na instituição. Venci, mas não assumi. Temos que aprender a ocupar os espaços, aproveitando cada brecha”, disse.
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Entre as ações afirmativas adotadas pela presidente do Instituto está a implementação da política de cotas para preenchimento de vagas: 50% são destinadas a alunos de escolas públicas e dessas, 40% para afrodescendentes.
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Invisíveis
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Da platéia, formada por cerca de 100 mulheres de todo o país, surgiram valiosas contribuições para o debate, como a de Márcia Moraes. Aos 26 anos, ela se prepara para iniciar o curso de mestrado na Universidade de Sorbone, em Paris, um dos mais conceituados centros acadêmicos na área de ciências sociais. “Estudar no exterior não é um luxo, é uma necessidade”, opina Márcia, sugerindo maior apoio às mulheres negras que trabalham fora do Brasil. “Na Europa, as mulheres negras têm espaço na cultura, na dança, são vistas como exóticas. Mas nos espaços acadêmicos, não temos presença, somos invisíveis”.
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A jovem está mobilizada em torno da segunda Semana da Consciência Negra Brasileira, que será realizada no dia 25 de outubro, em Paris. Ativista, poliglota, engajada, Márcia ocupa a presidência da Associação Afros Mundos, com sede na França, voltada para a promoção do afro-brasileiro nos países da África e na Diáspora.
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Fonte: Seppir
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Para Sueli Carneiro, doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora da ONG Gueledés, o combate ao racismo, o fortalecimento político e a sustentabilidade das organizações de mulheres negras são temas estratégicos para o empoderamento desse segmento social.
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O evento, marcado por testemundos e depoimentos de mulheres negras, contou com a fala da presidente da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), Creusa Maria Oliveira. Ela destacou as dificuldades de uma campanha política. “Me candidatei dentro da cota do meu partido, que reserva vaga para mulheres. Mas eu fazia campanha de ônibus, sem estrutura para competir em pé de igualdade”, contou.
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Outro depoimento importante foi o de Aurina Oliveira Santana, presidente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, que atende oito mil alunos. Ela relembrou sua trajetória até ocupar o cargo, equivalente ao de reitor de universidade federal. “Até chegar aqui passei por três eleições na instituição. Venci, mas não assumi. Temos que aprender a ocupar os espaços, aproveitando cada brecha”, disse.
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Entre as ações afirmativas adotadas pela presidente do Instituto está a implementação da política de cotas para preenchimento de vagas: 50% são destinadas a alunos de escolas públicas e dessas, 40% para afrodescendentes.
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Invisíveis
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Da platéia, formada por cerca de 100 mulheres de todo o país, surgiram valiosas contribuições para o debate, como a de Márcia Moraes. Aos 26 anos, ela se prepara para iniciar o curso de mestrado na Universidade de Sorbone, em Paris, um dos mais conceituados centros acadêmicos na área de ciências sociais. “Estudar no exterior não é um luxo, é uma necessidade”, opina Márcia, sugerindo maior apoio às mulheres negras que trabalham fora do Brasil. “Na Europa, as mulheres negras têm espaço na cultura, na dança, são vistas como exóticas. Mas nos espaços acadêmicos, não temos presença, somos invisíveis”.
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A jovem está mobilizada em torno da segunda Semana da Consciência Negra Brasileira, que será realizada no dia 25 de outubro, em Paris. Ativista, poliglota, engajada, Márcia ocupa a presidência da Associação Afros Mundos, com sede na França, voltada para a promoção do afro-brasileiro nos países da África e na Diáspora.
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Fonte: Seppir
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