Calendário Histórico
1935: Nazistas expatriam oposicionistas
A ascensão de Hitler e de seu braço direito Joseph Goebbels ao poder, em 1933, provocou quase que simultaneamente o início da perseguição a todos os que se opusessem ao regime racista.
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O primeiro episódio havia sido a queima de livros em praça pública, promovida por universitários fanáticos. Em junho de 1935, então, baseados numa lei aprovada seis meses antes, publicaram a quarta lista, desta vez com 41 nomes de pessoas expatriadas por serem inconvenientes ao regime nacional-socialista.
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Os principais atingidos foram os escritores, nomes conhecidos da vida cultural alemã, como Bertolt Brecht, Heinrich Mann e Kurt Tucholsky. A lei não se aplicava apenas aos críticos do regime e dissidentes, mas também a autores e artistas que já viviam no exílio e cujas propriedades na Alemanha podiam então ser confiscadas.
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No total, mais de 40 mil pessoas tiveram seus direitos civis cassados na Alemanha durante o regime de Hitler, sem contar os judeus obrigados a emigrar ou deportados. Todas puderam voltar a requerer a cidadania alemã depois da Segunda Guerra Mundial. Atualmente, o artigo 16 da Lei Fundamental Alemã proíbe a cassação da cidadania.
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Bastava estar fora do país
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A lista divulgada a 8 de junho de 1935 foi a quarta série de nomes de artistas expatriados pelo Ministério do Interior do Reich nazista, em concordância com o Ministério do Exterior. Entre as 41 pessoas que a partir desse dia deixavam de ser alemãs, estavam Erika Mann, Brecht e jornalistas críticos, como Karl Höltermann.
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As bases para a expatriação haviam sido criadas pelo regime nazista seis meses após ascender ao poder, através de alterações na legislação. Embora esta permitisse a cassação da nacionalidade para o caso de falta de fidelidade à pátria, para muitos bastava terem deixado o país.
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Já os bens que ficavam na Alemanha eram confiscados pelo governo. Até 1938, os nazistas divulgaram mais de 80 listas, contendo 5 mil nomes de expatriados. No total, a expatriação atingiu 40 mil pessoas, entre as quais mais de 100 deputados do Parlamento – um número que não inclui, entretanto, os judeus deportados pelos nazistas.
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