Cultura | 21.06.2009
Diversos chefes europeus de Estado e governo prestigiaram a inauguração, neste sábado (20/06), do Museu da Acrópole de Atenas. Localizado aos pés da Acrópole, o novo prédio abrigará mais de 4 mil objetos da Grécia Antiga.
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O projeto do arquiteto suíço Bernard Tschumi, que também realizou o Parque de La Villette de Paris, deveria ter sido inaugurado para os Jogos Olímpicos de 2004. No entanto, a construção do prédio de 130 milhões de euros atrasou cinco anos.
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Muitos dos objetos expostos no Museu da Acrópole de Atenas, principalmente partes do friso do Partenon, são apenas cópias. No discurso de inauguração, o presidente grego Karolos Papoulias reiterou a exigência de devolução das peças originais expostas no Museu Britânico de Londres.
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Argumento sem fundamento
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Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Esculturas em terracota da deusa da vitória
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Coroando a Acrópole de Atenas, o templo de Partenon foi construído no século 5° a.C., durante o governo de Péricles, período considerado a era de ouro da cidade. Até sua explosão em 1687, o prédio mais famoso da Antiguidade Clássica grega permaneceu intacto.
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Entre 1801 e 1804, o diplomata britânico Lorde Elgin levou para Londres cerca de metade das esculturas que restaram do templo. Na época, a Grécia estava dominada pelo Império Otomano. Os britânicos se recusam até hoje a devolver as peças levadas por seu diplomata durante o século 19.
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Com a inauguração do novo museu com 14 mil metros quadrados de área de exposição, a Grécia aumenta agora a pressão sobre os britânicos para que restituam as 56 partes dos frisos do templo de Partenon levadas para Londres.
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Frisos voltarão para Atenas?
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O novo prédio deixa sem fundamento o argumento mais forte usado pelos britânicos, de que em Atenas não existiria local adequado para a exposição das esculturas. "Agora, chegou a hora de devolver as peças de mármore que pertencem a este monumento", afirmou o presidente grego em Atenas, no sábado.
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O Museu Britânico argumenta que as peças teriam sido compradas legalmente do Lorde Elgin. Além disso, elas podem ser apreciadas gratuitamente em Londres. Uma porta-voz do museu afirmou: "Eu acho que elas pertencem a todos nós. Hoje, somos todos cidadãos globais".
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Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Luz natural impressiona visitante no novo museu
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Por outro lado, o governo grego afirmou estar disposto a negociar com o Reino Unido. O ministro da Cultura da Grécia, Antonis Samaras, já fez uma proposta concreta aos britânicos. Atenas se dispôs a emprestar valiosas peças de exposição da Antiguidade para preencher o vazio deixado pela eventual devolução dos frisos.
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Samaras disse estar convencido de que, no final, as partes dos frisos voltariam para Atenas. Ele repetiu a frase dita várias vezes pela antiga ministra da Cultura da Grécia, a atriz Melina Mercouri: "Eles voltarão".
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Pressão de turistas e associações
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No terceiro andar do museu, os frisos e as métopas do Partenon estão expostos sob a luz natural. Ao entrar na sala de exposições, a proximidade da Acrópole fascina o visitante. Por serem mais claras que os originais, as cópias dos frisos faltantes chamam a atenção de forma desagradável.
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Os gregos acreditam que a pressão dos milhares de turistas que visitarão o museu ajudará também na devolução das peças levadas pelos britânicos. Em muitos países, inclusive na Alemanha, formaram-se associações que exigem a restituição das peças.
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Em Atenas, o secretário-geral da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Koïchiro Matsuura, afirmou que sua organização poderia funcionar como mediadora das negociações. "Nós estamos dispostos a ajudar para que se chegue a uma solução pacífica", afirmou.
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CA/dpa/afp/dw
Revisão: Alexandre Schossler
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