Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Brasil - Como o cinema e TV ajudaram a organizar o Golpe de 1964


Uma pesquisa da jornalista Denise Assis mostra como o cinema, por meio dos curtas-metragens, serviu para criar e fortalecer o golpe militar de 1964. Em seu livro Propaganda e Cinema a Serviço do Golpe (1962/1964), Denise mostra a articulação entre empresariado, instituições e mídia — principalmente o cinema —, para enfraquecer o governo reformista de João Goulart, criminalizar os militantes de esquerda e defender o golpe.
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Como ela retoma, no dia 29 de novembro de 1961 foi lançado oficialmente o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais (Ipes). A organização foi apenas mais uma das muitas instituições criadas para utilizar técnicas de comunicação com o objetivo de pavimentar um golpe de direita no Brasil.

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O Ipes, assim como as demais, aproximou o bloco conservador do país aos profissionais da mídia, principalmente da televisão. Também lançou e divulgou livros considerados oportunos, como Continuísmo e Comunismo, de Glycon de Paiva; Como os Vermelhos Preparam uma Arruaça, de Eugene H. Metherin; e As Defesas da Democracia, de Gustavo Corção.

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Além dos livros, o instituto também investiu em cinema. Foram filmes e mais filmes que defendiam o engajamento do empresariado e criticavam os comunistas — os quais, aliados aos movimentos sociais, supostamente prejudicavam os investimentos no país, impedindo a "evolução da nação".

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Alguns dos títulos produzidos para o Ipes foram: O Brasil Precisa de Você, Nordeste, Problema Nº 1, História de um Maquinista, A Vida Marítima, Depende de Mim, A Boa Empresa, Uma Economia Estrangulada, O Ipes É o Seguinte, Portos Paralíticos, Criando Homens Livres, Deixem o Estudante Estudar, Que É a Democracia? e Conceito de Empresa.

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Da Redação, com informações do Boletim do NPC

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in Vermelho - 10 DE JUNHO DE 2009 - 21h34

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