Discurso de Lula da Silva (excerto)

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domingo, 28 de junho de 2009

A actividade circense no Brasil

Para salvar a tradição circense, muitos artistas têm se mobilizado.


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Enviado em Uncategorized por danielleargolo no Outubro 16, 2007
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Por Danielle Argolo

Estima-se que existam 2 mil circos no Brasil, 80 de grande e médio porte. Entre os principais problemas enfrentados, estão os custos altos de manutenção, a falta de terrenos e incentivos das autoridades e a ausência do público. uma das formas de entretenimento mais tradicionais da humanidade, Uma realidade triste para uma arte que já levou alegria a platéias do mundo inteiro.

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O olhar brilhante de João Gabriel de Souza, de 5 anos, ao ir a um espetáculo de circo pela primeira vez emocionou sua mãe Patrícia Oliveira “retomei à minha memória de criança. Eu sentia um turbilhão de emoções uma mistura de medo, alegria e entusiasmo tomavam conta de mim e eu grudava na mão do meu pai, isso deve ter acontecido com ele também”. A cada número, o público vibra, bate palmas e dá risada isso é o circo.

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Em 2004 foram criadas duas associações: a Abracirco (Associação Brasileira do Circo) e a Ascafi (Associação de Famílias e Artistas Circenses).

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A Funarte (Fundação Nacional de Arte), ligada ao Ministério da Cultura, é o órgão oficial responsável por cuidar dos circos no país. A instituição, em parceria com a Abracirco, propôs uma série de medidas junto ao governo federal para incentivar e regulamentar a atividade circense. Uma das propostas prevê a criação de um RG para os animais de circo. Segundo a assessora da Coordenação de Circos Alessandra Brantes, a regra permitirá um controle efetivo sobre as condições desses animais, com a ajuda do Ibama. Ela minimiza a polêmica em torno do tema. “Tudo vem em função do circo ser legal ou ilegal. Foi criado um tumulto naquele caso em 2000, diz, referindo-se a uma criança, de seis anos, que morreu após ser atacada por um leão durante um espetáculo em Recife. A capital pernambucana foi uma das primeiras a proibir animais nas apresentações.

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A restrição se estendeu a outros locais, como o estado do Rio de Janeiro e Porto Alegre, o que segundo a advogada Ana Paula Andrade a proibição é inconstitucional uma vez que a lei 397 de 2003 dispõe o registro ao circo perante o ministério da cultura além de resguarda o direito do cidadão ao bem estar social, “No interior, por exemplo, muitas vezes não tem zoológico, no entanto, o circo é uma forma das crianças conhecerem os animais”, ressalta a advogada.

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O circo é também terapia e inclusão social – No Brasil, a primeira escola de circo foi criada em São Paulo, em 1977, com o nome de Piolin (que é também o nome de um grande palhaço brasileiro). Funcionava no estádio do Pacaembu. No Rio de Janeiro surge em 1982 a Escola Nacional de Circo, abrindo oportunidades para jovens de todas as classes e vindos de diferentes regiões do país. Eles aprendem as novas técnicas circenses e, uma vez formados, montam seus próprios grupos ou vão trabalhar no exterior.

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As escolas de circo no Brasil, hoje em dia, vão muito além de despertar o dom da arte circense, a procura, muitas vezes, é interpretada de forma diferente, além de praticar um tipo de arte, encontra-se o bem estar físico e mental que ganha maior espaço. Não importa a idade ou nível social embaixo da lona todos são iguais.

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Para essa questão também visamos o lado social e a partir daí surgiram diversas entidades que uniram diversão com inclusão.Uma das intuições que ganhou fama no Brasil foi a UNICIRCO, fundada oficialmente em 10 de outubro de 2000, que tem como missão contribuir com a transformação e elevação humana de um futuro melhor de crianças e jovens brasileiros, utilizando-se da milenar arte circense, desde a concentração até a superação de limites.

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Segundo a ONU o Brasil tem aproximadamente 10% (acreditamos que um pouco mais) de pessoas com alguma deficiência em sua População, com isso o evento Somos todos Brasileiros, que através dos potenciais artísticos, educativos e sociais do circo, objetiva aproximar o tema das crianças além de abrir um espaço permanente na sociedade e na mídia para discutir os problemas, buscar e apresentar soluções que garantam os direitos das pessoas com deficiência, contribuindo para a sua inclusão na sociedade brasileira. A primeira edição do projeto aconteceu no ano de 2003, no Ginásio do Ibirapuera, com patrocínio do BNDES. É um evento de afirmação e valorização da cidadania da pessoa com deficiência. A partir daí varias outras intuições aderiram à idéia e o circo além de permitir que assistam ao espetáculo da oportunidade para que possamos fazer parte do espetáculo.

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No palco da história – A estrutura do circo, como o conhecemos hoje, teve sua origem em Londres, na Inglaterra. Trata-se do Astley’s Amphitheatre, inaugurado em 1770, pelo oficial inglês da Cavalaria Britânica, Philip Astley.

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O anfiteatro tinha um picadeiro com uma arquibancada próxima e sua atração principal era um espetáculo com cavalos. O oficial percebeu, no entanto, que só aquela atração de cunho militar não segurava o público e passou a incrementá-la com saltimbancos, equilibristas e palhaços. O palhaço do lugar era um soldado, que entrava montado ao contrário e fazia mil peripécias. O sucesso foi tanto, que adaptaram novas situações. Era o próprio oficial Astley quem apresentava o show, vindo daí a figura do mestre de cerimônias.

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No Brasil, a história do circo está muito ligada à trajetória dos ciganos em nossa terra, uma vez que, na Europa do século dezoito, eles eram perseguidos. Aqui, andando de cidade em cidade e mais à vontade em suas tendas, aproveitavam as festas religiosas para exibirem sua destreza com os cavalos e seu talento ilusionista. Procuravam adaptar suas apresentações ao gosto do público de cada localidade e o que não agradava era imediatamente tirado do programa.

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Mas o circo com suas características itinerantes aparece no Brasil no final do século XIX. Instalando-se nas periferias das cidades, visava às classes populares e tinha no palhaço o seu principal personagem. Do sucesso dessa figura dependia, geralmente, o sucesso do circo. O palhaço brasileiro, por sua vez, adquiriu características próprias. Ao contrário do europeu, que se comunicava mais pela mímica, o brasileiro era falante, malandro, conquistador e possuía dons musicais: cantava ou tocava instrumentos.

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Mesmo nos dias de hoje, com todas as dificuldades enfrentadas pela concorrência da indústria do entretenimento, o circo ainda se mantém vivo e intenso, atraindo pessoas das mais variadas origens e idades a procurarem os circos-escola

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in

danielleargolo.wordpress.com/2007/10/16/salvar-a-tradicao-circense



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