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O Conselho Português para a Paz e Cooperação, membro do Conselho Mundial da Paz, emitiu na quinta-feira (6) uma declaração assinalando o 64º aniversário do bombardeio atômico de Hirochima e Nagasaki pelos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial. "Mais um crime de guerra que ficou impune", destaca a declaração.
Leia abaixo a íntegra do documento:
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64º Aniversário
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Hirochima e Nagasaki: 1945-2009
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Para que a Humanidade não esqueça!
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Na data que assinala a tragédia que significou os bombardeios atômicos das cidades japonesas de Hirochima e Nagasaki, o Conselho Português para a Paz e Cooperação entende ser seu dever alertar o povo português para o perigo real que representa hoje, 64 anos depois, a existência de 26.000 ogivas nucleares.
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Assinala ainda que esse perigo é agravado pelo fato de potências, como os EUA e a Otan, avocarem a possibilidade de utilização da arma nuclear, em primeira-mão, em teatro de operações bélicas, incluindo contra países que não a detém.
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As armas nucleares representam um dos piores pesadelos da humanidade. No dia 6 de agosto de 1945, às 8 horas da manhã, uma única bomba num único instante, mudou o mundo para sempre. Aquele que seria mais um dia de verão, transformou-se num inferno na terra arrastando consigo milhares de vidas humanas.
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Lembramos hoje sentidamente, as vítimas de Hirochima e Nagasaki e recordamos igualmente, os responsáveis de tal crime e a desumanidade que demonstraram ao lançar três dias depois uma nova bomba nuclear, dessa vez sobre Nagasaki.
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Os EUA nunca foram julgados pelo crime que significou a utilização da arma nuclear contra o povo japonês, já na altura derrotado. Nunca foram responsabilizados pelos mortos que causou tal selvajeria, e que se tornaram incontáveis ao longo dos anos que se seguiram, nem pela escalada armamentista que desencadeou.
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O Conselho Português para a Paz e Cooperação, que tem como princípio fundador a defesa do desarmamento geral, simultâneo e controlado, participa de corpo e alma na preparação da Conferência de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear 2010, que levará até à sede das Nações Unidas no próximo ano, a reivindicação dos povos de todo o mundo, de um mundo livre de armas nucleares.
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Nesse sentido, apelamos aos órgãos de comunicação social, às organizações e instituições democráticas, aos homens e mulheres deste país, para que se empenhem na criação de uma opinião pública que exija o cumprimento e o compromisso do governo português na defesa dos Tratados internacionais conducentes à não proliferação e à abolição das armas nucleares. Que se empenhem na luta contra a Otan e a militarização da União Europeia, e se batam pelo fim das guerra de ocupação que visam única e exclusivamente manter o mundo refém das pretensões hegemônicas das grandes potências imperialistas.
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Por um mundo livre de armas nucleares, para que não se volte a viver o inferno do terror nuclear e possa viver em paz, que é o maior e mais profundo desejo de toda a Humanidade.
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Lisboa, agosto de 2009
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in Vermelho - 7 DE AGOSTO DE 2009 - 17h23
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