Público - 10.04.2010 - 14:11 Por Lusa
Os arquivos histórico e fotográfico e diversos bens do jornal O Primeiro de Janeiro estão à venda, para cobrir dívidas a credores, por um valor base total superior a 220 mil euros.
O "O Primeiro de Janeiro" nasceu a 1 de Dezembro de 1868 (Paulo Ricca)
Num anúncio publicado na imprensa, o Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia anuncia a venda, indicando que as propostas a fazer por carta fechada até 27 de Abril visam a compra de diversos bens do jornal, com o valor base total de 223.010 euros.
As cartas serão abertas às 10h45 de 27 de Abril e os bens vendidos a quem oferecer “o maior valor, que será sempre superior” ao que consta nos bens, adianta o anúncio.
Entre os bens a vender está o arquivo fotográfico do jornal, “constituído por um conjunto considerável de envelopes numerados, contendo inúmeras fotografias, desenhos e gravuras e no verso anotações do evento e/ou das personagens nelas registadas, avaliado em 55 mil euros”.
Também à venda está o arquivo histórico do jornal, “constituído pelo conjunto de todos os espécimes publicados no jornal O Primeiro de Janeiro desde a sua fundação (1868) encadernados em pele até ao ano de 2003 e o restante em avulso”, avaliado em 160 mil euros.
A lista de bens a vender inclui material de escritório, como diversos computadores, fotocopiadoras “scanners” e diversos móveis pelo valor base de 8 mil euros. Apresenta ainda diverso material de escritório (máquinas de dactilografia e calculadoras, computadores e outro material de escritório) “em mau estado de conservação” por 10 euros. O tribunal salvaguarda que o comprador “assumirá, por escrito, os postos de trabalho (4) actualmente existentes, com todos os direitos e obrigações”.
A Sedico, a empresa responsável pelo pagamento aos trabalhadores demitidos de O Primeiro de Janeiro em 2008, está em processo de insolvência. Os bens da Sedico vão ser liquidados depois de ter sido rejeitado o plano de recuperação apresentado no final do mês de Outubro no Tribunal do Comércio de Gaia.
As dívidas daquela empresa ao Estado (Segurança Social e Finanças) ultrapassam neste momento os 5,7 milhões de euros, uma quantia apenas superada pela dívida a fornecedores, estimada em quase oito milhões de euros.
O O Primeiro de Janeiro nasceu a 1 de Dezembro de 1868, mais de uma década depois do surgimento de O Comércio do Porto e quatro anos após o lançamento do Diário de Notícias.
Em 2008, o Primeiro de Janeiro suspendeu a sua publicação, após o despedimento colectivo de toda a redacção, regressando às bancas poucos dias depois pela mão de Rui Alas, ex-director do suplemento desportivo daquele órgão, e quatro jornalistas do mesmo suplemento.
As cartas serão abertas às 10h45 de 27 de Abril e os bens vendidos a quem oferecer “o maior valor, que será sempre superior” ao que consta nos bens, adianta o anúncio.
Entre os bens a vender está o arquivo fotográfico do jornal, “constituído por um conjunto considerável de envelopes numerados, contendo inúmeras fotografias, desenhos e gravuras e no verso anotações do evento e/ou das personagens nelas registadas, avaliado em 55 mil euros”.
Também à venda está o arquivo histórico do jornal, “constituído pelo conjunto de todos os espécimes publicados no jornal O Primeiro de Janeiro desde a sua fundação (1868) encadernados em pele até ao ano de 2003 e o restante em avulso”, avaliado em 160 mil euros.
A lista de bens a vender inclui material de escritório, como diversos computadores, fotocopiadoras “scanners” e diversos móveis pelo valor base de 8 mil euros. Apresenta ainda diverso material de escritório (máquinas de dactilografia e calculadoras, computadores e outro material de escritório) “em mau estado de conservação” por 10 euros. O tribunal salvaguarda que o comprador “assumirá, por escrito, os postos de trabalho (4) actualmente existentes, com todos os direitos e obrigações”.
A Sedico, a empresa responsável pelo pagamento aos trabalhadores demitidos de O Primeiro de Janeiro em 2008, está em processo de insolvência. Os bens da Sedico vão ser liquidados depois de ter sido rejeitado o plano de recuperação apresentado no final do mês de Outubro no Tribunal do Comércio de Gaia.
As dívidas daquela empresa ao Estado (Segurança Social e Finanças) ultrapassam neste momento os 5,7 milhões de euros, uma quantia apenas superada pela dívida a fornecedores, estimada em quase oito milhões de euros.
O O Primeiro de Janeiro nasceu a 1 de Dezembro de 1868, mais de uma década depois do surgimento de O Comércio do Porto e quatro anos após o lançamento do Diário de Notícias.
Em 2008, o Primeiro de Janeiro suspendeu a sua publicação, após o despedimento colectivo de toda a redacção, regressando às bancas poucos dias depois pela mão de Rui Alas, ex-director do suplemento desportivo daquele órgão, e quatro jornalistas do mesmo suplemento.
Tribunais afastados da realidade
Que belo disparate. Quem é que vai assumir 4 postos de trabalho em troca material de escritório!? Um arquivo histórico com 140 anos não se vende, porque não tem preço. Além disto pelo valor que vai à praça, comparando com os passivos é tão ridículo que nem os credores se vão chatear com isto. O arquivo deveria ser já transferido para a torre do tombo, digitalizado e disponibilizado ao público. Os tribunais em Portugal têm alguma noção do que fazem? Ou limitam-se a ser pomposos?
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