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bc23smf — 11 de Agosto de 2008 — Viagem Medieval em Terra de Santa Maria
12ª Edição
Santa Maria da Feira
Portugal
1 a 10 Agosto 2008
Assalto ao Castelo
6 Agosto
http://medievalsmf.blogspot.com
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bc23smf — 22 de Janeiro de 2007 — Um olhar sobre a cidade
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bc23smf — 6 de Julho de 2007 — Resultado da votação para a eleição das 7 Maravilhas de Santa Maria da Feira.
http://23kronikasfeirenses.blogspot.com
http://feirakultura.blogspot.com
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.jotinha999 — 24 de Agosto de 2007 — Resumo de actividades na Viagem Medieval em Santa Maria da Feira em 1997 (Dentro do Castelo)
Musica de Gallandum Galundaina e de Pedro Caldeira Cabral
.Musica de Gallandum Galundaina e de Pedro Caldeira Cabral
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Castelo de Santa Maria da Feira
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Castelo de Santa Maria da Feira, Portugal. | ||
Construção | () | |
Estilo | ||
Conservação | Bom | |
Homologação (IPPAR) | MN | |
Aberto ao público |
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O Castelo da Feira, também denominado como Castelo de Santa Maria ou Castelo de Santa Maria da Feira, localiza-se na cidade e freguesia da Feira, Concelho de Santa Maria da Feira, Distrito de Aveiro, em Portugal.
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Outrora cabeça da Terra de Faria, ex-libris de Santa Maria da Feira, é considerado como um dos exemplos mais completos da arquitectura militar medieval portuguesa, uma vez que nele se encontra representada a vasta gama de elementos defensivos empregados no período.
Índice |
História
Antecedentes
Embora a primitiva ocupação humana do seu sítio remonte à pré-história, adquiriu maior relevância quando os Lusitanos aqui ergueram um templo em honra da divindade Bandeve-Lugo Tueræus. Após a Invasão romana da Península Ibérica, por aqui passava a estrada que unia Olissipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga), conforme os testemunhos arqueológicos que remetem esta ocupação ao período do Baixo-Império.
O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península, este centro religioso pagão tendo sido transformado em um centro mariano, desenvolveu-se aqui uma feira regional, cuja elevada expressão daria nome ao local (Feira de Santa Maria).
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A primeira referência documental à sua fortificação consta na Chronica Gothorum (anônimo, fins do século XII), que noticia a vitória de Bermudo III de Leão (1028-1037) sobre um chefe Mouro em terras do Castelo de Santa Maria (1045). Será deste período a construção da parte inferior da Torre de Menagem com funções de alcáçova, protegida por uma cerca amuralhada, da qual restam apenas os vestígios.
O reino de Portugal e a Dinastia Afonsina
Quando D. Henrique (1095-1112) recebeu as terras do Condado Portucalense (1095), estas incluíam os domínios não só deste Castelo de Santa Maria, mas também o Castelo de Guimarães, o Castelo de Faria e o Castelo de Neiva. Com o falecimento do Conde, diante da ascendência do galego Fernão Peres de Trava sobre a viúva, D. Teresa, os senhores ao sul do rio Minho, insatisfeitos, se organizaram em torno do jovem D. Afonso Henriques, que, nesse ínterim, se armou cavaleiro (1125).
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Parte expressiva desta articulação política terá tido lugar nas terras e Castelo de Santa Maria, sob o domínio do nobre Ermígio Moniz, culminando na batalha de São Mamede (Guimarães, 1128), razão pela qual se afirma ser este monumento o verdadeiro berço da independência de Portugal. As terras de Santa Maria compreendiam, à época, um extenso domínio que se estendia, em grandes linhas, da orla marítima até ao curso do rio Arda e, desde o curso do rio Douro até ao sul de Ovar e de Oliveira de Azeméis.
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No testamento de D. Sancho I (1185-1211), redigido em 1188, este foi o principal dos cinco castelos ali previstos pelo soberano para eventual refúgio da rainha, quando viúva, e das infantas.
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Em 1282, D. Dinis (1279-1325), incluiu-o entre os doze castelos assegurados como arras a sua consorte, a Rainha Santa Isabel. Mais tarde, ainda neste período, foi tomado pelas forças do infante D. Afonso, em luta contra o soberano, seu pai. Quando celebrada a paz entre ambos, por iniciativa da Rainha Santa (1322), o domínio deste castelo (entre outros) foi outorgado a D. Afonso, mediante o compromisso de menagem prestado por este último ao pai.
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O rei D. Fernando (1367-1383) fez a doação das Terras de Santa Maria e seu castelo a D. João Afonso Telo de Meneses, conde de Barcelos (10 de Setembro de 1372), que instituiu como alcaide do castelo a D. Martim Correia.
A Dinastia de Avis
Ao eclodir a Crise de 1383-1385, o conde de Barcelos tomou partido por Castela, atitude seguida pelo alcaide do castelo. Em 1385, o castelo e os domínios foram conquistados pelo alcaide do Castelo de Penedono, Gonçalo Vasques Coutinho, com o auxílio de recursos e gentes do Porto, para serem entregues ao Mestre de Avis, que por sua vez os entregou a D. Álvaro Pereira (primo do Condestável D. Nuno Álvares Pereira) (8 de Abril). Posteriormente, o novo soberano concedeu o castelo a João Rodrigues de Sá.
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O rei D. Afonso V (1438-1481) fez mercê deste castelo a Fernão Pereira, 3º senhor da Feira, com a obrigação de fazer os reparos que se lhe impunham (1448), posteriormente sucedido por seu filho, Rui Vaz Pereira, primeiro conde da Feira. É deste período a atual conformação do monumento e a sua adaptação às funções de residência senhorial, em que se hospedou o rei D. Manuel I (1495-1521), quando de sua peregrinação a Santiago de Compostela (1502). Na segunda metade do século XV, D. Diogo Forjaz, 4º conde da Feira, procedeu-lhe novas reformas, entre as quais se destaca a construção da torre do relógio (desaparecida com o terramoto de 1755), conforme inscrição epigráfica numa lápide colocada sobre a porta da barbacã (1562).
Do séculos XVII ao XIX
No século XVII construiu-se dentro dos muros o Palacete dos Condes da Feira, demolido em 1929, e do qual apenas restam algumas paredes, a escadaria e o fontanário. Do mesmo período é a edificação da Capela de Nossa Senhora da Encarnação, sobre outra, mais antiga, da mesma invocação, por iniciativa de D. Joana Forjaz Pereira de Meneses e Silva, condessa da Feira, inaugurada em 1656.
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Extinta a representação dos condes da Feira (1700), o conjunto passou para o património da Casa do Infantado (1708). Em 15 de Janeiro de 1722 um violento incêndio devastou imóvel, votando-o a um longo período de abandono e ruína.
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No século XIX, iniciou-se uma tímida recuperação do monumento: encerradas as Guerras Liberais em Portugal, o imóvel e terras anexas foram adquiridos em hasta pública pelo general Silva Pereira (1835); visitadas por membros da família real (1852); e o poço do castelo desentulhado por iniciativa da Câmara Municipal (1887).
Do século XX aos nossos dias
No início do século XX, renovou-se o interesse público pelo monumento. Uma campanha de subscrição pública angariou fundos para obras de restauração do imóvel, cujas ruínas passaram a ser vigiadas por um guarda. Nesse período, os Drs. Gonçalves Coelho e Vaz Ferreira descobriram três inscrições.
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As primeiras obras de recuperação foram executadas pela Direcção de Obras Públicas (1907), visitadas pelo rei D. Manuel II (1908-1910) no ano seguinte. Em 1909 foi criada uma Comissão de Protecção e de Conservação do Castelo, tendo se procedido obras de beneficiação e restauro às custas de Fortunato Fonseca. O castelo foi considerado como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910.
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A partir de 1927, as visitas ao monumento passaram a ser pagas. A Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) executou obras de consolidação e restauro nos períodos de 1935-1936, de 1939-1944 e mais recentemente, em 1986. Um novo acesso foi aberto desde 1950, e inaugurada a iluminação exterior do monumento em 1963, trabalhos que o valorizaram.
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Entretanto, a Vila da Feira passou a cidade, sob a designação de Santa Maria da Feira pelo Decreto-lei n° 39 de 14 de Agosto de 1985.
Características
O conjunto apresenta planta oval irregular, orientada no sentido Norte-Sul, em estilo gótico, tendo incorporado elementos de outros estilos ao longo dos séculos.
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Com muralhas em alvenaria e cantaria de pedra, do período inicial, a Torre de Menagem domina a alcáçova; do final do século XV, datam as adaptações às demandas da pirobalística. Em seu interior, na ampla praça de armas, encontram-se ainda os vestígios do antigo palácio seiscentista.
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A porta da barbacã, coroada pelo brasão dos Pereiras é protegida por duas torres quadrangulares adossadas: a sudoeste, a Torre da Casamata, atrás da qual se encontra um recinto quadrangular e abobadado onde se alojavam os soldados e que servia como bateria com troneiras nos muros exteriores; no lado oposto a Torre do Poço, protegendo a nascente.
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Pela porta da barbacã acessam-se, sucessivamente, a porta da Vila e a praça de armas, na qual se situa a Torre de Menagem. Esta torre-alcáçova, ergue-se em três pavimentos: no inferior, a cisterna; no segundo o salão nobre, destacando-se três lareiras, um fogão e quatro janelas, três delas com conversadeiras; no terceiro a área residencial íntima.
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A seguir à Torre de Menagem, rematada com coruchéus cónicos, o visitante encontra a tenalha, precedida pelo chamado pátio da traição (onde se abre a respectiva porta). Em lado oposto à tenalha, adossada à muralha da cerca erguem-se a capela, de planta hexagonal, sob a invocação de Nossa Senhora da Encarnação, e a Casa da Capelania, em estilo barroco.
Bibliografia
- GIL, Júlio; CABRITA, Augusto. Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal (4ª ed.). Lisboa; São Paulo: Editorial Verbo, 1996. 309p. fotos, mapas. ISBN 972-22-1135-8
Ver também
Ligações externas
- Galeria do Castelo de Santa Maria da Feira (em inglês) na Fotopedia
- Castelo da Feira (IPA / DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Castelo da Feira (Pesquisa de Património / IPPAR)
- Castelo de Santa Maria da Feira (CVCSMF)
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