Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ary dos Santos - Poemas para Canções

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O trabalho de Ary dos Santos na música tornou-o conhecido entre o grande público.

José Carlos Ary dos Santos escreveu cerca de seiscentas letras para os mais variados artistas entre os quais se contam Amália Rodrigues, Carlos do Carmo, Fernando Tordo, José Afonso, Paulo de Carvalho e Simone de Oliveira, entre muitos outros.
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Facto é que, apesar da sua extensa obra poética, apenas uma parte dos originais se encontram depositados na Sociedade Portuguesa de Autores.
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Os poemas de Ary dos Santos receberam, a este nível, diversos prémios, nomeadamente em 1969, 1972 e 1973 com "Desfolhada", "Menina" e "Tourada", respectivamente.
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O poema "Desfolhada", cantado por Simone de Oliveira, com música de Nuno Nazareth Fernandes, ganhou, em 1969, o primeiro lugar do Concurso da Canção RTP. Também em 1972, o primeiro lugar pertenceu a Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes com "Menina", interpretada por Tonicha. Um ano mais tarde a vitória seria de Ary dos Santos novamente, mas desta vez em parceria com Fernando Tordo, com "Tourada", interpretado por Fernando Tordo.
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Além destes êxitos, também o poema "Meu Amor, Meu Amor", escrito em 1968, com música de Alain Oulman e interpretação da grande diva do fado, Amália Rodrigues, obteve em 1971 o Grande Prémio da Canção Discográfica.
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Ary dos Santos gravou textos e poemas com outros autores e intérpretes e chegou mesmo a gravar, ele próprio um duplo LP, contendo O Sermão de Santo António aos Peixes.
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Seria importante referir que muitos dos poemas inseridos em livros de Ary dos Santos como A Liturgia do Sangue e O Sangue das Palavras - entre outros- foram musicados.
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Ary dos Santos tinha em preparação, à data da sua morte, As Palavras das Cantigas, obra cujo conteúdo apresentava parte dos poemas escritos pelo autor nos últimos quinze anos da sua vida.
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É de referir que a apresentação gráfica da poesia era para Ary dos Santos um assunto de extrema importância, sendo bastante meticuloso neste aspecto. Ele próprio revia atentamente a dactilografia dos originais dos seus livros, sempre entregues à sua secretária e amiga Dália Oliveira. Era, por exemplo, característico desta apresentação a preferência por espaços alargados entre as palavras, substituindo as vírgulas.
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NOTA VN - Ary dos Sants legou todos os seus bens e direitos de autor ao Partido omunista Português
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