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mariosilva1973 — 26 de Abril de 2010 —
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Castelo de Lindoso
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Castelo de Lindoso, Portugal. | ||
Construção | D. Afonso III () | |
Estilo | ||
Conservação | ||
Homologação (IPPAR) | MN | |
Aberto ao público | ||
Site IPPAR | 70164 |
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O Castelo de Lindoso localiza-se no lugar do Castelo, na Freguesia de Lindoso, Concelho de Ponte da Barca, Distrito de Viana do Castelo, em Portugal.
Sobranceiro a terras de Espanha, em posição dominante na serra Amarela, sobre a margem esquerda do rio Lima, este castelo foi erguido de raiz, na Idade Média, com a função de vigília, defesa e marco de soberania da fronteira. Embora não tenha estado envolvido em grandes batalhas ou episódios de história militar, é considerado como um dos mais importantes monumentos militares portugueses, pelas novidades técnicas e arquitetônicas que ensaiou, à época, no país.
Índice |
História
O castelo medieval
Alguns autores afirmam que o topônimo Lindoso deriva do latim Limitosum (limitador, fronteira, extrema). Embora não existam informações sobre a primitiva ocupação humana de seu sítio, esse topônimo não se encontra mencionado nas Inquirições de 1220, o que vem a ocorrer nas de 1258. Compreende-se, por essa razão, que tenha sido erguido de raiz no reinado de D. Afonso III, inscrita no esforço de reforço do sistema defensivo das fronteiras, empreendido por aquele soberano. Entre as obrigações dos habitantes da povoação, incluíam-se as de prover o alcaide de alimentos sob determinadas circunstâncias, sendo a ele vedado praticar quaisquer abusos contra esses mesmos habitantes.
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A Guerra da Restauração da independência
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À época da Restauração da independência portuguesa, readquiriu importância face à sua localização fronteiriça. Por esta razão, no contexto das incursões portuguesas na Galiza pelas forças militares do General das Armas de Entre-Douro-e-Minho, D. Gastão Coutinho, o Castelo do Lindoso foi utilizado como base de apoio para as incursões das tropas sob o comando de Vasco de Azevedo Coutinho e de Manuel de Sousa de Abreu (Setembro de 1641). Com o desenvolvimento da Guerra da Restauração, recebeu obras de modernização, que estariam concluídas por volta de 1666 (data inscrita no lintel de uma das portas), apenas três anos após ter caído em mãos de tropas espanholas, reconquistada, em seguida, pelos portugueses. É de crer, no entanto, que os trabalhos se tenham arrastado por mais algumas décadas, pois data de 1720 a conclusão do principal revelim, que defende a entrada principal.
Do século XIX aos nossos dias
Acredita-se que a sua guarnição tenha estado de prontidão ao tempo das Guerras Napoleônicas, quando, em 1809, as tropas franceses sob o comando do general Soult, se concentravam em Ourense, nos preparativos para a invasão. Esta, todavia, veio a ocorrer por outro trecho da fronteira.
Com a paz, perdida a função estratégico-defensiva, foi desguarnecido, entrando em processo de ruína.
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No século XX, o conjunto foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910.
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A intervenção do poder público iniciou-se na década de 1940, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), tendo se procedido, entre outros trabalhos, à reconstrução de panos de muralha e de ameias bem como à demolição de algumas estruturas no pátio de armas. Recentemente, procederam-se ainda trabalhos de prospecção arqueológica, no âmbito de um projeto mais vasto de estudo da região.
Embora não possam ser datados com precisão, podem ser observados atualmente os vestígios da residência do alcaide, do quartel da guarnição, da capela, da cisterna e de um forno.
Características
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O núcleo que chegou até nós do castelo medieval, é de planta similar a do Castelo de Lanhoso, do Castelo de Arnóia e de vários outros desta região. É composto pelas muralhas de alvenaria de pedra, cujo topo é circundado por um adarve. Nestas rasgam-se duas portas, uma a norte, próxima à torre, e outra, a sul, acedida por uma ponte levadiça de madeira. Esta última porta ostenta pelo interior um arco de volta perfeita e pelo exterior um arco quebrado, sendo ladeada por dois cubelos de planta retangular.
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No interior, abre-se a Praça de Armas, na qual se inscreve, a norte (lado da Espanha), a torre de menagem, de planta quadrangular, com porta rasgada acima do nível do solo, dividida internamente em dois pisos e coroada por ameias de remate tronco-piramidal.
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A adaptação do perímetro defensivo do castelo aos tiros da artilharia, no século XVII, materializou-se por uma linha envolvente de muralhas de tipo abaluartado, com planta no formato estrelado, em cujos parapeitos se rasgam canhoneiras em pontos estratégicos, apresentando guaritas cilíndricas encimadas por cúpulas semiesféricas nos vértices. O conjunto era acedido por porta encimada por matacães, precedida por ponte levadiça e cercado por altos taludes e fossos. Um revelim provê a defesa da entrada principal.
Ligações externas
- Inventário do Património Arquitectónico (DGEMN)
- Instituto Português de Arqueologia
- Castelo de Lindoso (Pesquisa de Património / IPPAR)
- Aldeias de Portugal
Categorias: Lindoso | Património edificado em Ponte da Barca | Castelos classificados como monumento nacional em Portugal | Monumentos nacionais no distrito de Viana do Castelo
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Espigueiros de Soajo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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O conjunto dos Espigueiros de Soajo (Soajo, Arcos de Valdevez) compõem uma eira comunitária constituída por 24 espigueiros, todos em pedra e assentes num afloramento de granito. O mais antigo data de 1782. Alguns destes espigueiros são ainda hoje utilizados pela população.
Referências
Categorias: Soajo | Património edificado em Arcos de Valdevez | Construções de Portugal | Imóveis de interesse público em Portugal.
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Junto ao Castelo levantam-se mais de cinquenta espigueiros dos séc. XVIII e XIX, num aglomerado impressionante e único no país. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre elas repousa o canastro, formado de balaustros entre si separados por fendas de ventilação. . Como cobertura duas lajes de granito unidas em ângulo obtuso - ornamentados nos vértices de cruzes protectoras e símbolos de Salomão. Este tipo de espigueiros também existe em Parada e Cidadelhe, onde existem outros notáveis conjuntos embora em número consideravelmente menor, em Cidadelhe existe ainda um espigueiro com dois andares. Nestes lugares abundam ainda magnificas casas sete e oitocentistas, das mais interessantes que a arquitectura popular do Minho tem. . Devido à introdução da cultura do milho (grosso), durante o séc. XVII, rapidamente absorvida e integrada no quadro socio-económico tradicional, foi necessária a construção de espigueiros e canastros. . A função dos espigueiros é para a secagem de cereais, mais concretamente o milho. |
Copyright © 2008 Nuno Gonçalves
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http://alfarrabio.di.uminho.pt/lindoso/espigueiros.htm
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