Discurso de Lula da Silva (excerto)

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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Espólio de "O Primeiro de Janeiro" ainda sem interessados

Público - 26.04.2010 - 21:01 Por Lusa

A um dia da data final para entrega de propostas para compra do espólio de "O Primeiro de Janeiro", posto à venda pelo Tribunal de Comércio de Gaia, ainda nenhuma entidade manifestou interesse na sua aquisição, garantiu à Lusa fonte judicial.
Chegado o fim do prazo para a compra do espólio do jornal , ainda 
não há comprador 
Chegado o fim do prazo para a compra do espólio do jornal , ainda não há comprador (Mário Augusto (arquivo)



Os arquivos histórico e fotográfico e diversos bens do jornal "O Primeiro de Janeiro" foram postos à venda no início do mês de Abril, por um valor base total superior a 220 mil euros, para cobrir dívidas a credores.

Num anúncio publicado na imprensa, o Tribunal do Comércio de Vila Nova de Gaia anunciava a venda, indicando que as propostas deveriam ser feitas por carta fechada até 27 de Abril.

As cartas serão abertas às 10h45 de 27 de Abril e os bens vendidos a quem oferecer “o maior valor, que será sempre superior” ao que consta nos bens, adiantava o anúncio.

Entre os bens a vender está o arquivo fotográfico do jornal, “constituído por um conjunto considerável de envelopes numerados, contendo inúmeras fotografias, desenhos e gravuras e no verso anotações do evento e/ou das personagens nelas registadas, avaliado em 55 mil euros”.

Também à venda está o arquivo histórico do jornal, “constituído pelo conjunto de todos os espécimes publicados no jornal ‘O Primeiro de Janeiro’ desde a sua fundação (1868) encadernados em pele até ao ano de 2003 e o restante em avulso”, avaliado em 160 mil euros.

A 16 de Abril o PCP apresentou na Assembleia da República um requerimento no qual defendia a compra, pelo Estado, dos arquivos fotográfico e histórico do jornal "O Primeiro de Janeiro".

Dado “o interesse histórico para o País, e muito particularmente para o distrito do Porto, importa tomar medidas para salvaguardar este património e garantir que este fica no domínio público”, sustentava o Partido Comunista no documento a que a Lusa teve acesso.

A Lusa tentou saber, junto da tutela, se há algum interesse na compra dos bens de "O Primeiro de Janeiro" mas até ao momento não foi possível obter qualquer resposta.

O processo de venda do espólio é contestado pelos jornalistas despedido no Verão de 2008, credores da empresa, que discordam das avaliações do espólio fotográfico e do arquivo das edições do jornal, “porque não sabem quem as fez, nem em que data”.

“Também desconhecem quem são e o que fazem os quatro trabalhadores da Sédico, que estão no lote do activo a alienar pelo valor base de 223 mil euros”, referiam em comunicado divulgado a 12 de Abril.

Os jornalistas “ilegalmente despedidos no Verão de 2008” garantiram estranhar todo este processo e pediram ao juiz do Tribunal de Comércio de Gaia “que retirasse a presidência da Comissão de Credores a Eduardo Costa, estando ainda a aguardar por uma decisão”.

Só aos trabalhadores despedidos a SEDICO (empresa responsável pelo pagamento dos salários dos trabalhadores que foram colectivamente demitidos) deve mais de 840 mil euros; uma quantia superada pelos 5,7 milhões ao Estado (Segurança Social e Finanças) e pelos oito milhões a fornecedores. 
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PCP quer que o Estado compre o espólio de O Primeiro de Janeiro

Prazo termina dia 27

Jornal de Notícias, 2010-04-21

O PCP apresentou na Assembleia da República um requerimento no qual defende a compra, pelo Estado, dos arquivos fotográfico e histórico do jornal "O Primeiro de Janeiro", colocados à venda pelo tribunal de Gaia e avaliados em mais de 200 mil euros.
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Dado "o interesse histórico para o país, e muito particularmente para o distrito do Porto, importa tomar medidas para salvaguardar este património", sustenta o documento citado pela agência Lusa. O prazo para as candidaturas termina a 27 deste mês, pelo que os comunistas consideram "urgente" questionar o Ministério da Cultura. 
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O arquivo fotográfico é "constituído por um conjunto considerável de envelopes numerados, contendo inúmeras fotografias, desenhos e gravuras" e avaliado em 55 mil euros. O histórico "pelo conjunto de todos os espécimes publicados no jornal desde a sua fundação (1868)" está avaliado em 150 mil euros.
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A venda do espólio foi determinada pelo Tribunal de Comércio de Gaia que em Janeiro de 2009 declarou a insolvência da SEDICO, empresa responsável pelo pagamento dos salários dos trabalhadores que foram colectivamente demitidos no Verão de 2008.
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Só aos trabalhadores despedidos a SEDICO deve mais de 840 mil euros; uma quantia superada pelos 5,7 milhões ao Estado (Segurança Social e Finanças) e pelos oito milhões a fornecedores.
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