Público - 26.04.2010 - 16:58 Por João Pedro Pereira
A Sony vai deixar de vender disquetes no Japão, um dos poucos países onde ainda comercializa o arcaico dispositivo. A notícia não surpreende. Surpresa é que a Sony tenha vendido 12 milhões de disquetes no mercado nipónico ao longo do ano passado.
Disquetes com 1,44 Mb de capacidade de armazenamento (João Gaspar)
Quem começou a usar computadores há menos de uma década (nos países desenvolvidos, pelo menos, onde os computadores tendem a ser mais recentes) é provável que nunca tenha precisado de usar uma disquete, o pequeno dispositivo quadrangular, capaz de armazenar 1,44 megabytes (MB) de dados – as pendrives modernas, por exemplo, ultrapassam facilmente o 1GB de capacidade (o equivalente a mais de 700 disquetes).
A Sony deixou em Março de comercializar disquetes na maioria dos países. Sobrava o Japão (onde a nipónica tinha 70 por cento do já magro mercado) e alguns mercados de nicho – essencialmente, países em desenvolvimento, onde muitas pessoas ainda usam modelos antigos de computadores.
No Japão, as disquetes eram procuradas sobretudo por instituições com computadores já ultrapassados. O dispositivo ainda vai continuar a ser produzido até Março do próximo ano.
Morte anunciada
O princípio do fim das disquetes deu-se pelo final da década de 1990. Em 1998, a Apple, que tinha sido uma das impulsionadoras do formato, foi alvo de algumas críticas ao apresentar computador sem leitor de disquetes (quem quisesse, podia usar um leitor externo, ligado ao computador através de um cabo USB). A maior parte fabricantes dos seguiu-lhe as pisadas e já há algum tempo que os computadores deixaram de ler disquetes.
O modelo mais comum de disquete é o de 3,5 polegadas (cerca de 90 milímetros). Mas existiram outros modelos, maiores e mais pequenos e com diversas capacidades de armazenamento. A Sony foi uma das pioneiras do formato, no início da década de 1980, a par de outros pesos-pesados da indústria, como a IBM e a HP.
Durante anos, foi a forma mais frequente para transporte de informação digital: cabia no bolso (embora essa fosse uma prática que facilmente causava estragos) e servia perfeitamente para a maioria das necessidades dos utilizadores. Na altura, uma disquete podia transportar um jogo de computador inteiro ou até um sistema operativo – o Windows 95, da Microsoft, ainda foi distribuído em disquetes, embora a versão mais comum fosse em CD.
O aparecimento dos CD foi um dos factores a ajudar à queda das disquetes. Contudo, e durante vários anos, estes suportes co-existiram, dado que os CD apresentavam alguns inconvenientes, como o preço, e, no caso dos CD não regraváveis, o facto de não puderem ser reutilizados. Embora tivessem mais capacidade, eram também maiores e mais dificilmente transportáveis, e riscavam-se com facilidade, ao passo que uma disquete podia ser pousada despreocupadamente em cima de qualquer secretária.
Com o aparecimento de cartões de memória e das populares pendrives, a disquete acabou por se tornar obsoleta.
.A Sony deixou em Março de comercializar disquetes na maioria dos países. Sobrava o Japão (onde a nipónica tinha 70 por cento do já magro mercado) e alguns mercados de nicho – essencialmente, países em desenvolvimento, onde muitas pessoas ainda usam modelos antigos de computadores.
No Japão, as disquetes eram procuradas sobretudo por instituições com computadores já ultrapassados. O dispositivo ainda vai continuar a ser produzido até Março do próximo ano.
Morte anunciada
O princípio do fim das disquetes deu-se pelo final da década de 1990. Em 1998, a Apple, que tinha sido uma das impulsionadoras do formato, foi alvo de algumas críticas ao apresentar computador sem leitor de disquetes (quem quisesse, podia usar um leitor externo, ligado ao computador através de um cabo USB). A maior parte fabricantes dos seguiu-lhe as pisadas e já há algum tempo que os computadores deixaram de ler disquetes.
O modelo mais comum de disquete é o de 3,5 polegadas (cerca de 90 milímetros). Mas existiram outros modelos, maiores e mais pequenos e com diversas capacidades de armazenamento. A Sony foi uma das pioneiras do formato, no início da década de 1980, a par de outros pesos-pesados da indústria, como a IBM e a HP.
Durante anos, foi a forma mais frequente para transporte de informação digital: cabia no bolso (embora essa fosse uma prática que facilmente causava estragos) e servia perfeitamente para a maioria das necessidades dos utilizadores. Na altura, uma disquete podia transportar um jogo de computador inteiro ou até um sistema operativo – o Windows 95, da Microsoft, ainda foi distribuído em disquetes, embora a versão mais comum fosse em CD.
O aparecimento dos CD foi um dos factores a ajudar à queda das disquetes. Contudo, e durante vários anos, estes suportes co-existiram, dado que os CD apresentavam alguns inconvenientes, como o preço, e, no caso dos CD não regraváveis, o facto de não puderem ser reutilizados. Embora tivessem mais capacidade, eram também maiores e mais dificilmente transportáveis, e riscavam-se com facilidade, ao passo que uma disquete podia ser pousada despreocupadamente em cima de qualquer secretária.
Com o aparecimento de cartões de memória e das populares pendrives, a disquete acabou por se tornar obsoleta.
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