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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Microsoft: 42 por cento do software em Portugal é ilegal

Média da UE é de 35 por cento


27.04.2010 - 13:33 Por Lusa, PÚBLICO
Mais de 40 por cento do software utilizado em Portugal é ilegal, perdendo-se cerca de um quarto do valor do sector das tecnologias de informação, afirmou hoje o responsável de Propriedade Intelectual da Microsoft Portugal.
O responsável da Microsoft defendeu a sensibilização dos jovens 
O responsável da Microsoft defendeu a sensibilização dos jovens (PÚBLICO (arquivo)

“A taxa de pirataria de software em Portugal é de 42 por cento”, disse à agência Lusa Artur Amaral, à margem do III Fórum “Marcas e Patentes - Chave do Sucesso”, em Lisboa, realçando que “é uma taxa superior à média europeia, que ronda os 35 por cento”.

Já de acordo com um estudo da analista IDC, publicado no ano passado e patrocinado pela Business Software Alliance (uma organização que reúne grandes empresas do sector e que se dedica sobretudo a combater o software ilegal), a taxa de pirataria de 35 por cento corresponde à União Europeia. Na Europa Ocidental, o valor é de 32 por cento e na Europa Central e de Leste este indicador sobre para os 66 por cento. A nível mundial, a IDC aponta um valor de 41 por cento. Todos os números dizem respeito a 2008.

Segundo o responsável da Microsoft, “os impactos da utilização ilegal de software totalizam cerca de um quarto de todo o sector de tecnologias de informação”, apontando como consequência “o enfraquecimento das indústrias de software e de serviços adicionais”.

Sem avançar o valor das perdas para a empresa, Artur Amaral admite que a tecnológica tem a sua “quota-parte de prejuízos”. “Não temos valores públicos relativamente a isto”, afirmou, notando, porém, que há pirataria “significativa” do software da empresa.

Artur Amaral acrescentou ainda haver a existência de “uma correlação entre a taxa de pirataria de software e o índice de competitividade, em que os países com maiores taxas de infracção são os menos competitivos economicamente”.

O responsável explicou que a política da Microsoft para a resolução dos problemas de pirataria informática passa por “chegar a acordo”, sendo os tribunais o último recurso.

“A prevenção é essencial, através da sensibilização da sociedade em geral e dos jovens em particular, bem como a aplicação da lei para garantir que há respeito pela propriedade intelectual”, disse, alertando ainda para “os riscos da utilização de software pirateado, sobretudo vírus”.

A defesa contra a infracção de direitos de propriedade industrial foi um dos temas em debate no fórum sobre marcas e patentes, promovido pela Associação Portuguesa dos Consultores em Propriedade Industrial.
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