O professor Galopim de Carvalho, ex-director do Museu de História Natural, e o investigador do Museu da Lourinhã Octávio Mateus afirmaram-se hoje confiantes na aprovação da candidatura ibérica para reconhecimento, pela UNESCO, das jazidas portuguesas de dinossauros.
Pista de pegadas na Pedreira do Galinha, na Serra d'Aire (Adriano Miranda)
Os dois especialistas acreditam que a candidatura ibérica tem boas possibilidades de ter êxito, porque consideram ambos que as jazidas de Portugal e Espanha “são suficientemente importantes”.
“Portugal está entre os países mais ricos em espécies de dinossauros, depois de países com os Estados Unidos, a Argentina, Canadá, Mongólia e China, tudo países gigantescos. À nossa escala, Portugal é o país com mais vestígios de dinossauros em todo o mundo”, disse à Lusa Octávio Mateus, que é também investigador da Universidade Nova.
O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, reúne-se em Brasília, no Brasil, de 25 de Julho a 3 de Agosto, para analisar diversas candidaturas, entre as quais a candidatura ibérica, a integrarem a lista do Património Mundial da UNESCO.
“Esta candidatura é uma forma de garantir que não se perde esse conhecimento científico para todo o sempre”, acrescentou Octávio Mateus, lembrando que Portugal não é apenas “um país rico em ossos de dinossauros, mas também em ovos e em pegadas, área em que também tem um dos melhores registos mundiais”.
Na mesma linha, o ex-director do Museu de História Natural, Galopim de Carvalho, acredita que se trata de “uma candidatura com boas possibilidades de êxito”.
“Penso que as três jazidas portuguesas -- uma na Serra d´Aire, outra em Vale de Meios, no distrito de Santarém, e outra no Cabo Espichel, em Sesimbra, no distrito de Setúbal -- são suficientemente importantes”, disse à Lusa Galopim de Carvalho.
“Associadas às jazidas espanholas, que também considero suficientemente importantes, estou convencido de que esta proposta ibérica vai ser aprovada”, acrescentou.
As jazidas portuguesas com pegadas de dinossauros, como reconheceu, em 2008, a Comissão Nacional da UNESCO de Portugal, são “locais de excepcional interesse geológico e paleontológico e têm valor universal do ponto de vista científico, didáctico e patrimonial, pois constituem relevantes vestígios de locomoção de dinossauros”.
Carenque fora da lista
O professor Galopim de Carvalho lamenta, no entanto, que as autoridades portuguesas se tivessem `esquecido´ de incluir na candidatura ibérica a jazida de Carenque, no concelho de Sintra.
“Esqueceram-se de indicar a jazida de Carenque, que deu toda aquela celeuma, que levou à construção dos túneis da CREL (Cintura Regional Exterior de Lisboa). Na altura conseguimos, com a ajuda da comunicação social, demover o governo liderado pelo professor Cavaco Silva, que não queria gastar dinheiro”, recordou.
“Acabaram por mandar abrir os túneis -- gastou-se qualquer coisa como 1,6 milhões de contos, fez-se a CREL, protegeu-se a jazida, a câmara de Sintra aprovou um projecto de musealização do sítio -- ainda eu era o director do Museu de História Natural --, mas nunca houve verbas para o executar”, lembrou Galopim de Carvalho.
.“Portugal está entre os países mais ricos em espécies de dinossauros, depois de países com os Estados Unidos, a Argentina, Canadá, Mongólia e China, tudo países gigantescos. À nossa escala, Portugal é o país com mais vestígios de dinossauros em todo o mundo”, disse à Lusa Octávio Mateus, que é também investigador da Universidade Nova.
O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, reúne-se em Brasília, no Brasil, de 25 de Julho a 3 de Agosto, para analisar diversas candidaturas, entre as quais a candidatura ibérica, a integrarem a lista do Património Mundial da UNESCO.
“Esta candidatura é uma forma de garantir que não se perde esse conhecimento científico para todo o sempre”, acrescentou Octávio Mateus, lembrando que Portugal não é apenas “um país rico em ossos de dinossauros, mas também em ovos e em pegadas, área em que também tem um dos melhores registos mundiais”.
Na mesma linha, o ex-director do Museu de História Natural, Galopim de Carvalho, acredita que se trata de “uma candidatura com boas possibilidades de êxito”.
“Penso que as três jazidas portuguesas -- uma na Serra d´Aire, outra em Vale de Meios, no distrito de Santarém, e outra no Cabo Espichel, em Sesimbra, no distrito de Setúbal -- são suficientemente importantes”, disse à Lusa Galopim de Carvalho.
“Associadas às jazidas espanholas, que também considero suficientemente importantes, estou convencido de que esta proposta ibérica vai ser aprovada”, acrescentou.
As jazidas portuguesas com pegadas de dinossauros, como reconheceu, em 2008, a Comissão Nacional da UNESCO de Portugal, são “locais de excepcional interesse geológico e paleontológico e têm valor universal do ponto de vista científico, didáctico e patrimonial, pois constituem relevantes vestígios de locomoção de dinossauros”.
Carenque fora da lista
O professor Galopim de Carvalho lamenta, no entanto, que as autoridades portuguesas se tivessem `esquecido´ de incluir na candidatura ibérica a jazida de Carenque, no concelho de Sintra.
“Esqueceram-se de indicar a jazida de Carenque, que deu toda aquela celeuma, que levou à construção dos túneis da CREL (Cintura Regional Exterior de Lisboa). Na altura conseguimos, com a ajuda da comunicação social, demover o governo liderado pelo professor Cavaco Silva, que não queria gastar dinheiro”, recordou.
“Acabaram por mandar abrir os túneis -- gastou-se qualquer coisa como 1,6 milhões de contos, fez-se a CREL, protegeu-se a jazida, a câmara de Sintra aprovou um projecto de musealização do sítio -- ainda eu era o director do Museu de História Natural --, mas nunca houve verbas para o executar”, lembrou Galopim de Carvalho.
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Livro de Galopim de Carvalho. Autor entrevistado em Março de 1994 pela Rádio Voz de Almada. Entrevista de Paulo Rolão. Edição de notícias, em estúdio: António Vitorino.
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Exif/Informação Técnica
- Maquina Canon
- Modelo Canon EOS 400D DIGITAL
- Exposição 1/160
- Abertura f 9
- ISO 400
- MeteringMode Multi-Segment
- Flash sem flash
- Dist.Focal 28 mm
Favoritos
Resumo
Pegadas de Dinossauros com cerca de 120 milhões de anos , nas arribas de arenito da praia dos Lagosteiros a Norte do cabo Espichel .
http://www.youtube.com/watch?v=IbdVvH_0rCs&feature=related
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