Calendário Histórico | 07.03.2006 DW World
A tropa de assalto de Hitler marchou com suas tochas pelo Portal de Brandemburgo em 30 de janeiro de 1933, depois de Hitler ter assumido a chefia do governo alemão. Os políticos conservadores não acreditavam que ele permanecesse por muito tempo no poder. Mas o homem do uniforme marrom estava obcecado pela conquista do mundo e começou amplas reformas na Alemanha.
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No final de fevereiro, o Reichstag (sede do Parlamento) havia sido destruído por um incêndio, provavelmente um atentado de um anarquista isolado. Mas os nazistas se aproveitaram para impor uma série de medidas repressivas, alegando a "segurança da população".
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O ministro Hermann Göring apresentou as novas medidas voltadas principalmente contra os comunistas, considerados por Hitler mentores do atentado incendiário. A SA (tropa de assalto) começou a seqüestrar, torturar, matar e confinar em campos de concentração o mais rápido possível todos os críticos ao regime.
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Wilhelm Pieck, membro do Comitê Central, já havia advertido para o perigo nazista em 1932. Num apelo aos seus camaradas, sugeriu a movimentação em massa contra os fascistas e defendeu a aliança com a União Soviética.
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Imposição da lei de plenos poderes
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No dia 15 de março de 1933, o Partido Comunista Alemão (KPD) foi proibido. Cada vez mais comunistas foram presos, muitos continuaram tentando trabalhar na ilegalidade. O ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, prometeu que não deixaria a perseguição aos opositores apenas ao encargo da polícia.
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Como o partido de Hitler havia obtido 44% dos votos nas eleições do começo de março e não possuísse maioria no Parlamento, no final do mesmo mês, os nazistas impuseram a lei de plenos poderes. Por decreto, o regime garantiu para si poderes absolutos, proibindo partidos e sindicatos.
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Goebbels estava satisfeito com a perseguição aos comunistas, eliminados nos campos de concentração. Seu ódio era tanto, que não lhe bastava o desmantelamento da agremiação.
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Depois da Segunda Guerra Mundial, o movimento esquerdista reorganizou-se. Na Alemanha Oriental, comunistas e social-democratas criaram o Partido Socialista Unitário. Embora os líderes do partido considerassem esta união uma conseqüência natural do passado recente, milhares de social-democratas rejeitaram a aliança.
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Na Alemanha Ocidental, o Partido Comunista foi refundado, mas o KPD voltou a ser proibido em 1956, pelo Tribunal Federal Constitucional. Seus juízes consideraram os ideais marxistas leninistas incompatíveis com os valores democráticos.
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