Centenário da República e a Banda Desenhada
Data de publicação:
18.05.2010
.
Os heróis de banda desenhada “Quim e Manecas” criados em 1915 por Stuart Carvalhais vão reaparecer em 2010 e não só na sua forma original, como no redesenho que agora foi feito por Richard Câmara, para as Comemorações do Centenário da República.
.
Eles vão ser os anfitriões das comemorações nacionais, como foi anunciado na conferência de imprensa realizada dia 18 de Maio nos Recreios da Amadora, na qual foi apresentada toda a programação que na área da Banda Desenhada vai assinalar o Centenário da República.
.
Essa programação foi articulada entre a CNCCR e a Câmara Municipal da Amadora e oficializada com a assinatura de um protocolo.
.
Na programação anunciada inclui-se a reedição das “Aventuras do Quim e do Manecas” que foram publicadas em O Século Cómico de 1915 a 1918, numa compilação que está a cargo do investigador João Paiva Boléo, a quem a CNCCR dirigiu um convite nesse sentido e que é autor de outros livros sobre o importante legado de Stuart Carvalhais.
Na programação anunciada inclui-se a reedição das “Aventuras do Quim e do Manecas” que foram publicadas em O Século Cómico de 1915 a 1918, numa compilação que está a cargo do investigador João Paiva Boléo, a quem a CNCCR dirigiu um convite nesse sentido e que é autor de outros livros sobre o importante legado de Stuart Carvalhais.
.
Stuart não só revolucionou a BD portuguesa como a colocou na vanguarda, como será certamente também recordado na exposição “A I República na Génese da Banda Desenhada e no Olhar do Século XXI”, que vai inaugurar dia 2 de Junho no Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem, na Amadora.
.
A exposição terá cinco núcleos, cada um deles a cargo de um investigador: A I República e a Amadora será tratado por João Castela Cravo, A Caricatura Modernista e a Primeira República, a cargo de Oswaldo de Sousa, O primeiro filme de animação português, por Paulo Cambraia, A Génese da moderna BD Portuguesa, por João Paiva Boléo, e A I República na BD portuguesa contemporânea.
.
A exposição estará patente no CNBDI até dia 5 de Outubro, mostrando-se depois na 21ª edição do Amadora BD, o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que decorre de 22 de Outubro a 7 de Novembro.
A exposição estará patente no CNBDI até dia 5 de Outubro, mostrando-se depois na 21ª edição do Amadora BD, o Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que decorre de 22 de Outubro a 7 de Novembro.
.
Durante o Amadora BD haverá também um colóquio subordinado ao tema da exposição, a qual terá uma versão mais reduzida que deverá fazer itinerância pelo país.
..
http://www.centenariorepublica.pt/conteudo/centen%C3%A1rio-da-rep%C3%BAblica-e-banda-desenhada
.
.
-
.,
A I República na génese da Banda Desenhada e no Olhar do século
Centro Nacional de BD e Imagem
Até 5 de Outubro
.
Esta exposição é uma pequena e estimulante viagem à infância da nossa banda desenhada. E sem grande aparato, porque o tempo não está para isso. Uma série de vitrinas, alguns originais expostos na parede, jornais e revistas do tempo dos nossos bisavós, e o mais difícil está feito. Como o longo título indica, o objectivo é comemorar os 100 anos da República e, não estivesse o Centro Nacional de Banda Desenhada e Imagem (CNBDI) na Amadora, também há um pequeno espaço dedicado à história da cidade..O que merece a visita, no entanto, são os núcleos da caricatura modernista e da génese da banda desenhada em Portugal. No primeiro, destaque para os desenhos e o humor de Stuart Carvalhais, Emmerico Nunes e Almada Negreiros ou para os exemplares do jornal Os Ridículos. Alguns temas (a crise, a independência nacional, a instabilidade social) continuam, um século depois, familiares, o que abona a favor do lado visionário dos autores e, infelizmente, da previsibilidade da sociedade portuguesa..Já nas revistas e jornais que mostram banda desenhada, o que domina é a cor, a narrativa e o imaginário infanto-juvenil. Lá estão o Quim e o Manecas de Carvalhais, as personagens de Cottinelli Telmo, a linha clara de Carlos Botelho, as tiras diárias de Rocha Vieira. É toda uma idade de ouro da BD nacional que se conta nas páginas de títulos como o ABC-zinho, o Pim Pam Pum! o Século Cómico ou O(s) Tic Tac(s). Não vamos tão longe ao ponto de afirmar que estávamos ao nível da produção franco-belga ou americana da altura, mas andávamos lá perto: basta reparar no ritmo, nas pranchas e no grafismo assinados por Stuart ou Botelho..Mas esta exposição não se limita às histórias da banda desenhada, da caricatura ou da República. Também vai descrevendo outras, porventura mais silenciosas, como as relações cúmplices entre a arte modernista e as artes visuais ditas populares. Ou a fascinante explosão da imprensa periódica. É caso para dizer que se algumas coisas ficaram na mesma, outras não mais se repetiram..O Centro Nacional de BD e Imagem fica na Av. do Brasil, 52 A (Amadora)..José Marmeleiraterça-feira, 13 de Julho de 2010.
http://timeout.sapo.pt/news.asp?id_news=5705
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário