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domingo, 22 de agosto de 2010

Espanha investiga Google por recolha ilegal de dados privados

Street View

 

18.08.2010 - 15:01 Por Nuno de Noronha


Um tribunal espanhol abriu um processo de investigação contra a Google, depois de uma denúncia de uma associação que acusa a norte-americana de recolher ilegalmente dados privados de redes wireless desprotegidas nas ruas de Madrid.
O Google Street View recolheu dados ilegalmente em vários países 
O Google Street View recolheu dados ilegalmente em vários países (Imagem: DR)


O Street View tem-se revelado uma fonte de dificuldades para a empresa norte-americana. Depois de gerar problemas por violação da privacidade em países como Portugal, Brasil, Austrália, Alemanha e Suíça, um tribunal de instrução criminal de Madrid emitiu na semana passada uma intimação para que um representante da Google dê explicações à justiça espanhola. Na origem da notificação está a recolha ilegal de dados de redes wireless desprotegidas.

Segundo a imprensa espanhola, a investigação surgiu depois da denúncia feita por Miguel Ángel Gallardo, presidente da Associação para a Prevenção e Estudo de Delitos, Abusos e Negligências em Informática e Comunicações Avançadas.

A associação acusa a Google de violar as leis espanholas ao interceptar e recolher sem autorização vários tipos de informações. Em Maio, um tribunal de Hamburgo, na Alemanha, instaurou um processo-crime contra a empresa pela mesma razão. Na altura, a Google explicou que a recolha de informações foi acidental e apresentou desculpas pelo erro.

Marisa Toro, porta-voz da empresa em Espanha, dizia na segunda-feira em comunicado que a companhia norte-americana planeia cooperar com as autoridades espanholas para resolver o problema. “Nós estamos a dedicar todo o tempo possível para encontrar uma solução de maneira a que os utilizadores fiquem descansados”, afirmou a responsável.

Segundo a mesma fonte, o processo de recolha de imagens, que em Espanha começou em 2008, vai continuar suspenso até nova decisão da justiça espanhola.

A Google anunciou em Maio que tinha recolhido inadvertidamente 600 gigabytes de informação de várias redes desprotegidas por todo o mundo, mas asseverou que pretendia destruir os dados.

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