Heresias
Sem história
.* Carlos Abreu Amorim, Jurista
Caminhei pela calçada incerta da ‘cidade velha’ da ilha de Santiago, Cabo Verde, a mais antiga povoação europeia em África, prestes a tornar-se Património da Humanidade. Vi as ruínas da muralha do mar, o convento de S. Francisco e a fortaleza empoleirada na achada a fitar o oceano com altivez.
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Mas, em toda a parte, há placas referindo que a reconstrução foi paga pela Espanha – fiquei amargo mas não admirado. Sei bem que governantes temos e tivemos. Lembro-me do magnífico forte de Stª. Catarina, Brasil, reedificado pela Alemanha.
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E das queixas de total abandono dos que ainda se dizem portugueses em Malaca. Deixamos marca em todo o Mundo mas só a exibimos em concursos pimba. Um povo que desdenha o percurso que lhe moldou a identidade empenha o melhor do seu futuro.
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in Correio da Manhã - 03 Agosto 2009 - 00h30
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