Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

FUGAS - Check-in: Pretextos

sexta-feira, 19 de Março de 2010

FUGAS - Check-in: Pretextos

Instalações industriais desactivadas, velhos armazéns militares, um matadouro, até uma lixeira a céu aberto. Era 1989, era a zona oriental de Lisboa. Qualquer semelhança com o que lá existe hoje é pura coincidência.
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Foram precisos mais de dez anos para que a Expo 98, a última Exposição Universal do século XX, abrisse portas aos mais de 12 milhões que a visitaram – e para que Lisboa, aquele pedaço de Lisboa, fizesse as pazes com o seu rio e ganhasse para si, de novo, uma faixa de cinco quilómetros situada à beira Tejo.
A Expo 98, toda a gente sabe, foi um rotundo sucesso. Pode até ter ficado abaixo das previsões quanto ao número de visitantes (estimavam-se 15 milhões em quatro meses e meio), mas, para lá do seu lado festivo e de celebração dos oceanos, teve também um lado utilitário. “Para a cidade, para o país e para a comunidade internacional”, lê-se no site da Parque Expo. Há quem defenda, inclusive, que foi a partir daí que se deu o boom turístico na capital.
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Mas esta foi a nossa história – sendo que a que mais interessa hoje é a de Montreal, no Canadá, para onde Luís Maio viajou recentemente. Sendo a maior cidade da província do Quebeque, e a segunda maior cidade francófona do mundo, mudou completamente a sua face na sequência da Exposição Universal de 1967. A braços com a “concorrência” de Toronto, Montreal sentiu necessidade de se reinventar. A Expo de 1967 foi, pois, o pretexto “para grandes projectos de requalificação urbana, de criação de novos pólos de atracção periféricos, mas também de renovação do centro urbano”, escreve hoje na Fugas Luís Maio, que nos guia pelo que “de mais parecido” a cidade tem com ícones monumentais – ou seja, “os equipamentos que ficaram por herança da Exposição Universal de 1967 e dos Jogos Olímpicos de 1976”.
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Venham sempre destes pretextos. As cidades agradecem.
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