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A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) denunciou nesta sexta-feira (10) que as tropas de ocupação dos Estados Unidos e mercenários contratados pelos ocupantes causaram danos severos à antiga cidade de Babilônia, futuro Patrimônio Cultural da Humanidade.
"Cavaram trincheiras de várias centenas de metros, aplainaram colinas e se locomoveram em veículos militares pesados nos caminhos cerimoniais conhecidos como Via das Procissões", assinalou a Unesco em um comunicado emitido em Paris, sede da organização.
"Antigo mercado dos Jardins Suspensos da Babilônia, uma das Sete Maravilhas do mundo antigo, a cidade de 4.000 anos de existência está situada a 90 quilômetros de Bagdá, a capital iraquiana.
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Os especialistas consultados pela Unesco lembram que a Babilônia se converteu, em 2003, no Acampamento Alfa das tropas invasoras e da KBR, na época subsidiária da Halliburton, até que repetidas reclamações internacionais obrigaram as tropas a deixar o lugar, em 2004.
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Mesmo sendo desastrosa a presença dos militares ali, a Unesco destacou que reconhecerá a cidade de Babilônia como Patrimônio Cultural da Humanidade, ao mesmo tempo que tomará medidas para a possibilidade de atos de vandalismo em futuras guerras como essa.
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Nove das efígies com figuras de dragões da Porta de Ishtar, a jóia máxima das ruínas, foram saqueadas no período de controle militar americano, indicou John Curtis, especialista do Museu Britânico.
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A Unesco também afirmou, na nota, que muitos dos artefatos mais famosos da Babilônia foram retirados dos muros por arqueólogos dos países imperialistas europeus durante o século 19, para serem exibidos nos Museus do Louvre e de Pergamo, em Paris e Berlim, respectivamente.
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"Os saques e contrabandos no mercado ilegal continuaram em grande escada desde que o lugar voltou às mãos iraquianas", comentou. "Adotamos as medidas e fizemos as queixas a todas as partes e organismos internacionais concernentes, como o Tribunal de Haia, para que sejam respeitadas as regras existentes, disse Françoise Riviere, vice-diretora geral de Cultura da Unesco.
Granma
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in Vermelho - 10 DE JULHO DE 2009 - 18h29
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