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por Cloves Geraldo*
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A vida do mineiro de Gonzaga, executado pela Scotland Yard, em 22/07/05, e a dos emigrantes brasileiros em Londres é o centro do filme de Henrique Goldman.
.Em “Jean Charles”, do brasileiro Henrique Goldman, quando os créditos sobem, anunciando as medidas tomadas pelo Governo e a Justiça Britânica, têm-se a sensação de que as contradições da investigação mal conduzida pela Scotland Yard (SY) passaram batidas pela narrativa. Muito poderia ter sido dito, inclusive para desmistificar a competência de uma polícia federal tão decantada pelo cinema, teatro e literatura. Principalmente porque, além de executar um falso “suspeito de terrorismo”, seus chefes fizeram de tudo para ocultar suas falhas. Diversas subnarrativas, senão a principal, poderiam ter contribuído para mostrar o quanto de manipulação houve, ou há, nas supostas investigações de “terrorismo” no outrora império onde o sol nunca se punha.
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Basta acessar qualquer site sobre o caso e ter-se há a afirmação da comandante da Unidade de Antiterrorista da SY, Cressida Dick, responsável pela Operação Kratos, de que havia possibilidade de Jean Charles de Menezes ser detido, mas que parte de seus 15 agentes acabaram executando-o com sete disparos fatais. Porém não assume ter dado a ordem para tal iniciativa. Ou até mesmo as denuncias da promotora Clare Montgomery, perante as cortes britânicas, no calor do julgamento dos agentes que dispararam suas Glock 9 milímetros contra a cabeça do mineiro de 27 anos. Sem contar o erro da SY, polícia federal britânica, que o confundiu com “Nettletip”, codinome do etíope Hussein Osman, acusado de pertencer a uma “rede terrorista”, que seria responsável pelos ataques frustrados do dia 21/06/05 e do atentado de 07/07/05, em que morreram 56 civis, dentre eles quatro responsáveis pelo ato.
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Clima de terror ditou ação policial
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Havia é certo um clima de terror e expectativa pós-ataque às Torres Gêmeas, em 11/09/2001, em Nova York, e todo árabe, africano, asiático, sul-americano, independente de sua crença religiosa ou ligação política, era enquadrado como suspeito. E a SY seguiu as lições de Ringo, “atirar antes e perguntar depois”, e a de James Bond: “ter licença para matar”, pouco importando quem fosse ou quais seriam as consequências. E o cidadão britânico comum, que vivia momentos de angústia e fragilidade, criados por informações desencontradas, investigações sigilosas e sem idéia do tipo de inimigo que enfrentava, queria, lógico, rápida solução para o caso. Gerando urgência para que a suposta “rede terrorista” fosse identificada e desmontada antes de causar mais vítimas. Para logo depois da execução de Jean Charles, em 22/07/05, na estação de metrô de Stockwell, Londres, o erro cometido pela Unidade Antiterrorista da SY vir a público, ainda que contra todas as resistências e manipulações das autoridades britânicas.
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O caso foi julgado pelo Tribunal Penal de Old Bailey e os agentes da SY foram condenados por violar normas de saúde e de segurança, e por terem, entre outras falhas, executado sua ação em meio a centenas de passageiros. Mas até hoje os desencontros e as contradições persistem sem que os culpados sejam colocados atrás das grades e a família devidamente indenizada. Dá para perceber a densidade narrativa da operação empreendida pela Unidade de Antiterrorista da SY, a descoberta de que houve abuso de autoridade, as fragilidades das provas apresentadas pelas autoridades, a ocultação das provas e, por fim, a admissão de culpa, como acima relatado. Seria, claro, outro filme, com uma forte carga dramática, de suspense, de ação e de denúncia, tipo de cinema hoje raro. Não impossível, dado que o diretor irlandês Jim Sheridam já o fez em seu filme “Em Nome do Pai”, ao denunciar os maus tratos sofridos pelo jovem Gerry Conlon, acusado de atentado em Belfast nos anos 70 (veja abaixo).
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Polícia inglesa vira um traço no filme
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Mas o diretor brasileiro, radicado na Europa, Henrique Goldman, preferiu seguir outro caminho, com seu roteirista Marcelo Starobinas. A SY que surge no filme é um traço andante, que, encoberta pela multidão, age como seres sem rosto. Quando surge alguma autoridade policial, ela é toda gentileza, caso dos que recebem os primos de Jean Charles quando estes vão identificar seu corpo no necrotério. Ou se dirigem a Gonzaga, interior de Minas Gerais, para transmitir as desculpas oficiais do governo britânico à família do executado. Fora isto, a narrativa é centrada nos emigrados brasileiros de todos os matizes, profissões e ambições. Dentre eles o Jean Charles boa-praça, que se vira em variadas posições e quebra galho de seus patrícios. O vemos como protetor dos ilegais, dos deficientes físicos, da prima tímida que não fala inglês, mas também como alguém disposto a ganhar uns trocados, quando a oportunidade aparece, às custas do patrício empreiteiro.
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Esta linha narrativa serve para se conhecer o personagem, absorver sua psicologia, verificar o tipo de vida que os brasileiros levam numa metrópole que abriga variadas etnias, seitas, religiões e múltiplas esperanças. Londres para ele é o eldorado onde o ouro pode brotar e lhe permitir volta a viver em sua interiorana Gonzaga. Ou enquanto isto não ocorre; enviar divisas para minorar as aflições financeiras da família. Não existem grandes lances em suas ambições, nem na dos que o cercam. Está ali porque o país de origem não lhes dá a mesma oportunidade. E em 2005, o Brasil tinha ainda outro perfil, diferente do que conquistou hoje. Assim, ele e os primos Alex (Luís Miranda), Patrícia (Patrícia Armani, prima real) e Vivian (Vanessa Giácomo) dividem um pequeno apartamento, enquanto o dinheiro não lhes permite uma vida melhor. É, então, um universo de pequenas realizações e amplas expectativas.
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Cidadão comum é vítima da rede política
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Esta linha narrativa permite também perceber as imbricações da vida do emigrante comum, seus voos rentes ao chão, suas relações muito próximas com outros trabalhadores, seus raros instantes de lazer, quando muito um passeio aos pontos turísticos de Londres ou um show de um famoso cantor brasileiro. E sua ligação umbilical com o grande mundo, onde as redes se estendem planeta afora, sem que ele perceba. Pois para Londres confluem atenções midiáticas, transações financeiras internacionais, negociações políticas dos mais diversos matizes ideológicos e ambições de pertencer ao Primeiro Mundo. Numa situação kafkaniana, Jean Charles, cujo universo não ia para além do bairro de Tulse Hill onde morava na capital londrina e de sua Gonzaga natal, se viu, de repente, vinculado à gigantesca teia movediça internacional, sem perceber que ela o envolveria inexoravelmente.
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Ele, humilde ponto que se deslocava por entre milhões de rostos anônimos na Big City, se vê no centro dos holofotes e na mira de armas mortíferas que entram no corpo da vítima e dele não mais sai. De repente, o cartaz com sua foto prolífera pela cidade, aterrorizando o cidadão comum, que dele nada sabe. E dele tem medo. O desencontro se estabelece quando isto acontece, porque o espectador sabe de sua inocência, mas fica o desconforto. É cidadão comum, imerso em seus problemas, porém, naquele instante, fica maior do que sempre foi: é o instantâneo que só o flash midiático lhe permite ser. Espécie de celebridade ao contrário, que transita por ruas, toma e desce de ônibus, entra no terminal de metrô e no vagão do trem sem perceber que seus passos estão contados e sua vida também. Tudo em sua volta é invisível, aumentando o poder da autoridade que vende o falso como real e a multidão aceita em nome de sua própria segurança.
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Alex sai do traço do ser bonachão
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“Jean Charles”, como filme, reforça a sensação de que o cidadão comum sofre as conseqüências das ações políticas globais, sem nelas poder influir diretamente. Mas que fica ligado a redes que se movem pelo planeta, transformando-o em pontos móveis, sujeito às suas influências, muitas vezes falhas, viciadas, pouco importando quem seja, pois as camadas dirigentes e o Estado zelam para que seus agentes estejam acima da lei, como bem diz uma autoridade policial britânica. E que, portanto, acabou a era em que o cidadão comum podia agir como se os tentáculos do Estado, da grande burguesia e da rede interpolítica planetária jamais o pudesse alcançar. E ele então pudesse ficar quieto no seu canto, alheio ao que se passa na grande cena política global. No entanto, na multiplicidade de etnias e epidermes, religiões e seitas, partidos e facções, basta um traço de identidade para que ele, o cidadão comum, ser enquadrado como inimigo público número um, ou apenas aquele que deve ser eliminado. O caso Jean Charles enquadra-se neste arcabouço de redes, cujas teias o alcançaram num dado momento de sua vida, devido aos traços latinos, semelhantes ao ancestral africano, consignado no etíope Hussein Osman.
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Traços que poderiam ser, na visão dos ingleses, de um árabe- muçulmano. Daí a suspeita recaiu sobre ele. Não foi identificado por qualquer ligação política, condenou-o os traços étnicos. Mistura de racismo e identificação do árabe como terrorista, pertencente à rede de Bin Laden. Consequentemente poderia ser qualquer um, desde que combinasse as características exigidas para atender à urgência de encontrar os culpados pelos ataques de junho e julho no sistema de transporte londrino. As notícias em edições especiais dos jornais e nos horários nobres nas TVs e as declarações das autoridades inglesas preencheram esta lacuna. É como se o caso estivesse encerrado. O caso, entretanto, deu mais voltas do que o Big-Ben, e o que era seguro e alívio se transformou num pesadelo de difícil solução. Todas as implicações políticas, de Estado, de Governo e de rede planetária caíram sobre o jovem emigrante brasileiro.
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Contraditoriamente, o personagem afrodescendente, Alex, reflete bem este universo nos momentos-limite em que as contradições da sociedade inglesa desabam sobre ele. Sente sua fragilidade e reage à altura. Não tenta ser bonachão, aceitar o que a autoridade oficial lhe diz, nem admite que o cheque entregue à família pelos enviados do governo Tony Blair corresponda ao que lhe é explicado, segundo ele falta a verdade, não a reparação através do dinheiro, quer justiça numa escala em que o aparelho de segurança lhe nega. É um dos raros momentos do filme em que a consciência aflora, fora do âmbito do brasileiro bonachão (nostalgia, paquera, cachacinha), para pegar o espectador naquilo que ele precisa entender: como foi possível que a SY, tida como competente, confundisse um cidadão comum com um ativista político e o executasse dentro do metrô na presença de centenas de passageiros?
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O que não foi dito vale outra obra
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Esta resposta, Goldman e Starobinas não lhe dão. Fica a imagem do eletricista de 27 anos, caído de costas no metrô, vitima de uma rede que talvez nunca imaginasse chegar até ele. Com ela um peso de séculos de colonialismo cujas repercussões ainda não cessaram; embora o império britânico tenha ruído há cerca de 60 anos (a data simbólica é a independência da Índia, em 15/08/47). Não por acaso os sucessivos governos britânicos insistem em perdurá-lo, como potência média, através de sua aliança com os sucessivos governos estadunidenses, não simplesmente com o de George W. Bush. E o indicativo de sua decadência está justamente nesta aliança que atraiu para si parte da ira dos povos colonizados, não só do Oriente Médio, como também da Ásia e da América Latina. E Jean Charles viu-se enredado neste contexto – filme, é claro, não dá conta desta rede, limita-se a fazer, o que é certo, a atestar sua inocência.
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O outro lado da história, que ainda perdura, valeria outra obra, que desse rosto aos réus, mostrasse suas contradições e desse conta da multiplicidade de etnias, credos e facções políticas num dos centros financeiros do planeta. Em “Jean Charles”, o filme, eles são apenas o apêndice; frases que não projetam a dimensão do erro cometido pela Scotland Yard, em nome da segurança nacional britânica. Vários movimentos, formados por ativistas políticos britânicos e brasileiros, ainda buscam enquadrar os agentes que executaram Jean Charles, trazendo à rede midiática as razões de uma execução afoita. Prova disto, é que, tão logo saiu o filme, surgiu uma peça sobre o caso. Muito ainda se ouvirá sobre o dia 22 de julho de 2005.
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“Jean Charles”. Drama. Inglaterra/Brasil.2009. 90 minutos. Roteiro: Marcelo Starobinas e Henrique Goldman. Direção: Henrique Goldman. Elenco: Shelton Melo, Vanessa Diácomo, Luís Miranda, Patrícia Armani, Maurício Varlotta, Sidney Magal, Daniel de Oliveira.
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Tem a ver
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Muitos filmes merecem ser vistos pelo tema e pela abordagem que seus diretores, muitas vezes desconhecidos, lhes dão. A coluna, que às sextas-feiras, veicula análise de um filme em cartaz, traz breves comentários de um ou mais deles, para que o leitor possa assisti-los em reprises, mostra dos melhores do ano ou em DVD. É uma forma de não deixá-los à margem da discussão como o que comentamos abaixo, que mostra como foi tratado outro erro do aparelho de segurança britânica, ao condenar um inocente e a luta empreendida para libertá-lo.
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“Em Nome do Pai” (“In The Name Of The Father”). Drama. Irlanda/Inglaterra. 1993. 132 minutos. Roteiro: Gerry Conlon, Terry George e Jim Sheridam. Direção: Jim Sheridam. Elenco: Daniel Day-Lewis, Emma Thompson, Peter Postlethwait. Um dos bons filmes políticos dos anos 90, a obra de Sheridam (“Meu Pé Esquerdo”) entra nos meandros de um dos casos mais polêmicos da relação Irlanda/Inglaterra. Baseado na história real do jovem Gerry Conlon que muda de Belfast para Londres e acaba acusado de envolvimento num atentado supostamente praticado pelo IRA (Exército Republicano Irlandês), do qual não era militante. Junto com o pai, ele é preso e condenado. Ativistas de direitos humanos e amigos terminam denunciando a farsa montada pelo Governo Britânico e ambos são, enfim, libertados.
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Fiel aos fatos, Sheridam mostra a vida de Conlon envolvido em pequenos roubos, suas rusgas com o pai e sua oposição à política do IRA. E centra fogo nas armações do aparelho de segurança e suas tentativas de encontrar culpados a qualquer custo. O chefe de polícia e os envolvidos no caso ganham rostos e acabam nos tribunais, ao contrário dos responsáveis pela morte de Jean Charles, cujos rostos durante o julgamento em Londres estavam sempre encobertos e seus nomes ainda hoje são desconhecidos.
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*Cloves Geraldo, Jornalista e cineasta, dirigiu os documentários "TerraMãe", "O Mestre do Cidadão" e "Paulão, Líder Popular". Escreveu novelas infantis, "Os Grilos" e "Também os Galos não Cantam", além de poesias.
* Opiniões aqui expressas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
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in Vermelho - 17 DE JULHO DE 2009 - 18h54
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in Vermelho - 17 DE JULHO DE 2009 - 18h54
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Jean Charles - Trailer Oficial do Filme - 2009
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3 de Julho de 2009
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A trágica história do brasileiro Jean Charles de Menezes (Selton Mello), morto pela polícia de Londres ao ser confundido com um terrorista. (Filme baseado em fatos verídicos)
Gênero: Drama
Tempo:
Lançamento: 26 de Jun, 2009
Classificação:
Distribuidora: Imagem Filmes
Elenco e créditos
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Estrelando: Selton Mello, Renu Setna, Marek Oravec, David Blakeley, Craig Henderson, Ewan Ross, Luis Miranda.
Dirigido por: Henrique Goldman
Produzido por: Henrique Goldman, Carlos Nader, Luke Schiller
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Sobre Jean Charles de Menezes
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Menezes cresceu numa área rural do Brasil. Depois da descoberta de um talento precoce para a Eletrônica, ele deixou a fazenda, aos catorze anos, para morar com seu tio em São Paulo e prosseguir seus estudos. Aos 19 anos recebeu um diploma técnico da Escola Estadual São Sebastião. Entrou no Reino Unido, em 2002, com um visto estudantil, e com apenas quatro meses na Inglaterra já tinha um bom domínio do inglês e trabalhava para mandar dinheiro para a família.
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Jean Charles de Menezes (Gonzaga, 7 de janeiro de 1978 — Londres, 22 de julho de 2005) foi um emigrante brasileiro confundido com um homem-bomba e morto no metrô de Londres com oito tiros à queima-roupa, por forças da unidade armada da Scotland Yard britânica, SO19.
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Jean vivia há três anos no sul da capital inglesa e, segundo as autoridades, foi confundido com um terrorista árabe que teria participado dos atentados da véspera, contra ônibus e estações do metrô de Londres. O erro foi admitido pela Scotland Yard, que informou que o brasileiro não tinha nenhuma relação com qualquer grupo terrorista. Segundo ela, o acidente ocorreu porque o brasileiro se recusou a obedecer às ordens de parar, dadas pelas autoridades.
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No entanto, as investigações da Comissão Independente de Investigação de Queixas da Polícia (CIIQ, em inglês) revelaram que Ian Blair, chefe da Scotland Yard, tentou impedir que a morte de Jean Charles fosse investigada.
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O jornal britânico The Observer, em sua edição do Domingo, 21 de agosto de 2005, revelou que os três agentes que vigiavam Jean Charles não estavam armados nem uniformizados e não consideravam o brasileiro uma ameaça ou suspeito de portar armas ou bombas e só tinham a intenção de detê-lo. [2] No entanto, estes homens tinham ordens de ceder o controle da operação a grupos especiais das forças armadas (SAS[3]), caso estes interviessem. Os militares consideraram Jean uma grave ameaça e seguiram seu modus-operandi - atirando a matar.
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O primo de Menezes, Alex Pereira, que morava com ele, afirmou que Menezes foi baleado pelas costas.
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Segundo a Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota oficial na qual afirmaram que o governo brasileiro ficou "chocado e perplexo" ao tomar conhecimento da morte do brasileiro, "aparentemente vítima de lamentável erro".
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Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais", e que aguarda explicações das autoridades britânicas sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles.
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Em 16 de novembro, o jornal Daily Telegraph publicou uma reportagem acusando a polícia britânica de utilizar munição de ponta oca, conhecida como dundum, para matar Jean Charles. O armamento foi proibido pela Convenção da Haia de 1899, por motivos humanitários (o projétil se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes, o que normalmente não acontece com uma bala comum)
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.Trailer - Jean Charles (2009)
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3 de Outubro de 2009
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sinopse:
Jean Charles de Menezes (Selton Mello) é um eletricista mineiro, morador de Londres que ajuda na chegada de sua prima Vivian no país onde já vive com Alex e Patrícia. Muito comunicativo, Jean Charles conhece muita gente se envolve em várias situações. Em 22 de julho de 2005 ele é morto por agentes do serviço secreto britânico no metrô local, confundido com um terrorista. O fato abala a vida dos primos, que precisam reconstruir a vida ao mesmo tempo em que buscam por justiça.
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ficha técnica: * título original:Jean Charles * gênero:Drama * duração:01 hs 30 min * ano de lançamento:2009 * site oficial: * estúdio:Mango Films / Já Filmes * distribuidora:Imagem Filmes * direção: Henrique Goldman * roteiro:Marcelo Starobinas e Henrique Goldman * produção:Carlos Nader, Henrique Goldman e Luke Schiller * música:Nitin Sawhney * fotografia:Guillermo Escalón * direção de arte: * figurino:Veri Ferraz * edição:Kerry Kohler * efeitos especiais:
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elenco: * Selton Mello (Jean Charles de Menezes) * Vanessa Giácomo (Vivian) * Luís Miranda (Alex) * Patrícia Armani (Patrícia) * Maurício Varlotta (Maurício) * Sidney Magal (Sidney Magal) * Daniel de Oliveira (Marcelo) * Marcelo Soares (Chuliquinha) * Rogério Dionísio (Bisley)
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