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Uma pesquisa realizada por cientistas japoneses indica que os chimpanzés podem ter uma capacidade inata de apreciar música agradável - algo que se acreditava que fosse exclusivo dos humanos. A equipe dos pesquisadores Tasuku Sugimoto e Kazuhide Hashiya, da Universidade Kyushu, em Hakozaki, no Japão, observou as reações da chimpanzé Sakura a diferentes sons quando ela tinha entre 17 e 23 semanas de idade.
A filhote nunca tinha sido exposta a qualquer forma de música. Durante os testes, Sakura ficou deitada em uma cama e um fio de lã foi amarrado à sua mão direita. Um sistema de som com alto-falantes foi colocado ao lado da cama, tocando melodias que duravam entre 38 segundos e 63 segundos. Toda vez que Sakura puxava o fio, o trecho de música era repetido.
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Foram feitos seis testes, um por semana, em seis semanas consecutivas, cada um durando cerca de 20 minutos. Entre os trechos de música tocados estavam composições alemãs dos séculos 17 e 18. As peças foram também alteradas com programas de computador para que ficassem dissonantes.
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Em três dos seis testes, os pesquisadores tocaram primeiro os trechos consonantes. Nos outros três, eles iniciaram o experimento com música dissonante. Nos seis testes, Sakura puxou o cordão muito mais vezes após ouvir música consonante do que quando ouviu música dissonante.
Surpresa
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O experimento foi descrito em um artigo na publicação científica Primates. "Ficamos muito surpresos com a coerência dos resultados", disse Ha.shiya.
"Ela rapidamente aprendeu a regra do mecanismo e consistentemente tocou música consonante, ao invés da dissonante, durante muito mais tempo." A descoberta pode ter implicações importantes sobre como a capacidade de apreciar música evoluiu.
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Os especialistas japoneses também acreditam que a preferência inata de chipanzés por melodias agradáveis possa ter alguma função biológica. Resta saber qual.
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