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Desenhos de Franklin Cascaes
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Em suas andanças pelo litoral de Santa Catarina, Franklin Cascaes registrava tudo o que via e ouvia em relação às manifestações culturais. Desenhos, textos e gravações sobre as Festas do divino, boi-de-mamão, tradições diversas, lendas e crenças locais, além de trechos autobiográficos fazem parte de um rico acervo que inspirou um documentário sobre a vida e a obra do artista e folclorista catarinense.
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O filme “Franklin Cascaes” será relançado nesta terça-feira (25/07), na Casa da Memória, num encontro com estudantes de pré-vestibular, denominado “Conversas sobre o 13 Cascaes”.
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O artista em primeira pessoa
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O filme inicia com cenas do escritor e folclorista, que conta ele mesmo sua história e descreve seu método de trabalho, fazendo uma auto-apresentação. “O meu nome é Franklin Joaquim Cascaes. Nasci no dia 16 de outubro de 1908, em Itaguaçu. Meu pai é Joaquim Serafim Cascaes. Minha mãe, Maria Catarina Cascaes, Minha família é de origem portuguesa com parte de açorianos, meus avós e pais trabalhavam um pouco na roça, um pouco na pesca”.
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O DVD registra depoimentos de pesquisadores que tiveram contato direto com Cascaes, entre eles, Silvio Coelho dos Santos (falecido em novembro de 2008), Henrique Pereira Oliveira e Raimundo Caruso. Traz também entrevistas com Anamaria Beck e Gelci José Coelho, o Peninha – que ocuparam a direção do Museu Universitário da UFSC, onde estão arquivados 1.179 desenhos, 1.707 esculturas, diversos manuscritos e dezenas de horas de gravações feitas pelo artista.
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O documentário “Franklin Cascaes” é o segundo volume da série Alma de Artista, projeto da FCFFC que tem como objetivo criar uma série de produtos em suporte audiovisual, abrangendo biografia, obra e estética de um artista catarinense. O primeiro DVD, “Martinho de Haro – A Cidade Reinventada”, foi lançado em 2007, abordando a arte e a trajetória de um dos maiores nomes da pintura no Brasil, retratada a partir de pesquisas junto a críticos, historiadores, curadores e artistas catarinenses. O material está disponível na Casa da Memória para distribuição gratuita a instituições educacionais ou culturais interessadas.
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Sobre os autores:
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Edina de Marco é graduada em Artes Plásticas e mestre em Educação e Cultura. Artista visual e professora de artes, coordenou, de 2003 a 2007, as ações educativas e culturais do Museu Histórico de Santa Catarina, onde, dentre outros projetos, concebeu e coordenou o projeto “Escolas no Museu”. Também atua como produtora cultural e curadora independente.
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José Rafael Mamigonian é graduado em Cinema pela ECA-USP. Colaborou em diversas produções independentes como fotógrafo, montador, operador de câmera. Produziu e dirigiu o documentário em longa-metragem “Seo Chico, um retrato”.
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Norberto Verani Depizzolatti é graduado em Engenharia Civil e Jornalismo pela UFSC. Co-dirigiu com José Henrique Nunes Pires o curta-metragem “Manhã” e o documentário “Farra do Boi”. Atualmente é o conservador responsável pelo Banco de Imagens e da Fonoteca da Casa da Memória da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC).
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Ficha técnica
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Filme: Franklin Cascaes
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Ano de produção: 2008
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Duração: 30 minutos
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Gênero: documentário
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(As entrevistas com Franklin Cascaes foram realizadas e cedidas por Gelci José Coelho e Raimundo Caruso)
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Realização: Edina De Marco, José Rafael Mamigonian e Norberto Depizzolatti
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Depoimentos: Anamaria Beck, Gelci José Coelho, Henrique Pereira Oliveira,
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Raimundo Caruso e Sílvio Coelho dos SantosEntrevistas: Edina De Marco e Norberto Verani Depizzolatti
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Filmagem e edição: José Rafael Mamigonian
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Acervo iconográfico: Museu Universitário Prof. Oswaldo Rodrigues Cabral / UFSC - Casa da Memória / FCFFC - Cinemateca de Curitiba-CPDOC / FGV-RJ - Fundação Hassis - Sérgio Vignes
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Apoio cultural: Cinemateca Catarinense e Fundo Municipal de Cinema
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in Bodega Cultural - Segunda-feira, 27 de Julho de 2009
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Franklin Cascaes
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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Frankin Cascaes (São José, 16 de outubro de 1908 — Florianópolis, 15 de março de 1983) foi um pesquisador da cultura açoriana, folclorista, ceramista, gravurista e escritor brasileiro.
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Dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na Ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições. Usou uma linguagem fonética para retratar a fala do povo no cotidiano.
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Seu trabalho somente passou a ser divulgado em 1974, quando tinha 54 anos.
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Principais obras
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- Contos
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- Balanço bruxólico
- Nossa Senhora, o linguado e o siri
- A Bruxa metamorfoseou o sapato
- Balé das mulheres bruxas
- Mulheres bruxas atacando cavalos
- O Boitatá
- Mulheres dando nós em caudas e crinas de cavalos
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- Livros
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- O Fantástico na Ilha de Santa Catarina (Volumes 1 e 2)
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