Gago Coutinho
Em 1886, com 17 anos, ingressou na Escola Naval, terminando o curso em 1888. Inicia então uma longa série de viagens marítimas, em muitas das quais desempenha as funções de oficial encarregado da navegação.
Desempenhou depois importantes funções como geógrafo, realizando trabalhos de cartografia nas colónias portuguesas. É nestas missões que conhece e trabalha conjuntamente com Sacadura Cabral.
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É a amizade e respeito mutuos mais tarde vai juntar os dois homens na realização das viagens aéreas
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Lisboa - Funchal (1921) e Lisboa - Rio de Janeiro (1922)
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Sábio e modesto, sempre reconheceu o papel impulsionador de Sacadura Cabral nestas viagens: "Quizeram fazer de mim outra pessoa, quando do voo de 1922. Juntaram-nos mesmo Coutinho e Cabral. Afinal o meu papel foi secundário, ele é que foi o criador!"
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Gago Coutinho adaptou o sextante marítimo à navegação aérea, aperfeiçoando-o com um horizonte artificial, já que nos instáveis aviões da época era impraticável a utilização do horionte natural, como se fazia nos barcos.
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Mas a criação de Gago Coutinho não se limitou a este "melhoramento" do sextante, já que o inovador sistema de navegação aérea envolvia outros aspectos de cálculo que o transformaram num sistema de navegação complexo, mas fiável e útil, que veio a ter produção industrial e larga utilização prática para o cálculo do posicionamento das aeronaves, até à utilização das emissões de rádio a partir de terra e, depois, de mecanismos cada vez mais complexos e sofisticados.
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GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL
CARLOS VIEGAS GAGO COUTINHO |
ARTUR SACADURA FREIRE CABRAL |
UM DOS GRANDES FEITOS |
Gago Coutinho ficou conhecido internacionalmente em 1922, ao realizar, também com Sacadura Cabral, a primeira viagem aérea entre a Europa e a América do Sul. Em 1943, a bordo do veleiro Foz do Douro, refez a rota de Pedro Álvares Cabral na viagem que culminou com a descoberta do Brasil. Pesquisador da aeronavegação, escreveu trabalhos sobre as viagens de Cabral e Vasco da Gama e o livro A náutica dos descobrimentos (1951). Membro da Academia de Ciências de Lisboa e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, recebeu a grã-cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Morreu em Lisboa, em 18 de fevereiro de 1959. Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul - 1922 |
Testemunho do Pioneiro Português Gago Coutinho
O SEXTANTE DE GAGO COUTINHO | ||
Se não bastassem os feitos épicos sensacionais do Almirante Gago Coutinho, a adaptação que fez ao chamado sextante primitivo, fez com que entrasse definitivamente para a galeria dos grandes inventores. Para que os Amigos do Pridie Kalendas fortaleçam os seus conhecimentos, sem entrarmos em minúcias, o sextante, como podem deduzir pelo nome, é a sexta parte dum circulo, ou arco de 60 graus. É um instrumento de reflexão empregado a bordo, principalmente dos navios, para tomar ângulos e medir a altura do horizonte. O limbo (parte exterior graduada) dos sextantes é igual à sexta parte do circulo e está dividido em 120 partes iguais. O sextante é um instrumentos de reflexão; são assim chamados por terem dois espelhos que realizam uma dupla reflexão do raio luminoso proveniente da estrela.Como todos os instrumentos de reflexão, a idéia é fazer coincidir o raio luminoso que provém da estrela com o raio luminoso que provém do horizonte. Para ampliarem os seus conhecimentos, recomendamos que acessem a nossa página Fundamentos de Astronomia na qual, disponibilizamos, inclusive, a figura de um sextante de espelho. Para consolidar esta parte introdutória, recomendamos também, uma visita ao Portal da Associação Nacional de Cruzeiros (Lisboa-Portugal), um dos mais completos no gênero; nesta recomendação, enfatizando também o sextante
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MANUSCRITO DE GAGO COUTINHO SOBRE SANTOS DUMONT
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1 comentário:
Bem haja pela lembrança dos nosssos aviadores
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