Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sábado, 25 de julho de 2009

Gago Coutinho e Sacadura Cabral - Travessia Aérea do Atlântico - Portugal - Btasil

Gago Coutinho


Carlos Viegas Gago Coutinho nasceu em 17 de Fevereiro de 1869, em Lisboa.

Em 1886, com 17 anos, ingressou na Escola Naval, terminando o curso em 1888. Inicia então uma longa série de viagens marítimas, em muitas das quais desempenha as funções de oficial encarregado da navegação.

Desempenhou depois importantes funções como geógrafo, realizando trabalhos de cartografia nas colónias portuguesas. É nestas missões que conhece e trabalha conjuntamente com Sacadura Cabral.

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É a amizade e respeito mutuos mais tarde vai juntar os dois homens na realização das viagens aéreas

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Lisboa - Funchal (1921) e Lisboa - Rio de Janeiro (1922)

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Sábio e modesto, sempre reconheceu o papel impulsionador de Sacadura Cabral nestas viagens: "Quizeram fazer de mim outra pessoa, quando do voo de 1922. Juntaram-nos mesmo Coutinho e Cabral. Afinal o meu papel foi secundário, ele é que foi o criador!"

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Gago Coutinho adaptou o sextante marítimo à navegação aérea, aperfeiçoando-o com um horizonte artificial, já que nos instáveis aviões da época era impraticável a utilização do horionte natural, como se fazia nos barcos.

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Mas a criação de Gago Coutinho não se limitou a este "melhoramento" do sextante, já que o inovador sistema de navegação aérea envolvia outros aspectos de cálculo que o transformaram num sistema de navegação complexo, mas fiável e útil, que veio a ter produção industrial e larga utilização prática para o cálculo do posicionamento das aeronaves, até à utilização das emissões de rádio a partir de terra e, depois, de mecanismos cada vez mais complexos e sofisticados.

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GAGO COUTINHO E SACADURA CABRAL

CARLOS VIEGAS GAGO COUTINHO
fonte da imagem (clicar na figura)
Almirante da armada portuguesa, historiador, matemático e geógrafo. Nasceu em Lisboa (1869-1959). Com Sacadura Cabral (abaixo) fez a travessia aérea do Atlântico Sul, pela primeira vez. Inventou também o sextante (Vide reportagem ampliada abaixo) que tem o seu nome e que o tornou admirado na aeronáutica mundial. Autor de trabalhos geográficos e históricos, principalmente acerca das navegações dos Portugueses: Tentativa de Interpretação Simples da Teoria da Relativa Restrita; O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama e a suas versão nos Lusíadas; Passagem do Cabo Bojador; Influencia Que as Primitivas Viagens Portuguesas à América do Norte Tiveram sobre o Descobrimento das Terras de Santa Cruz; etc..
ARTUR SACADURA FREIRE CABRAL
Fonte da imagem (clicar na figura)

Oficial de marinha e arrojado aviador, nasceu em Celorico da Beira em 1880. Com o Almirante Gago Coutinho (acima) , fez a primeira travessia do Atlântico Sul, em avião, tendo saído de Lisboa e chegado ao Rio de Janeiro, depois de peripécias dramáticas. Morreu de desastre no mar do Norte, em novembro de 1924, quando voava em direção a Lisboa, pilotando um avião que caiu. Não foi encontrado o seu cadáver.

Para uma biografia ampliada, clicar na seta ao lado

UM DOS GRANDES FEITOS

Gago Coutinho ficou conhecido internacionalmente em 1922, ao realizar, também com Sacadura Cabral, a primeira viagem aérea entre a Europa e a América do Sul. Em 1943, a bordo do veleiro Foz do Douro, refez a rota de Pedro Álvares Cabral na viagem que culminou com a descoberta do Brasil.

Pesquisador da aeronavegação, escreveu trabalhos sobre as viagens de Cabral e Vasco da Gama e o livro A náutica dos descobrimentos (1951). Membro da Academia de Ciências de Lisboa e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, recebeu a grã-cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul. Morreu em Lisboa, em 18 de fevereiro de 1959.

Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul - 1922

Tripulantes Sacadura Cabral (piloto)
Carlos Viegas Gago Coutinho (navegador)
Avião Fairey III-D
Tempo voado 62 horas e 26 minutos
Distância 8 383 km
Partida 30 de Março de 1922 (Quinta feira)
Chegada 17 de Junho de 1922 (Sábado)
Clique na figura para ampliar os conhecimentos sobre o grande feito de Gago Coutinho e Sacadura Cabral.

Etapas

Las Palmas (Canárias)
Gando
S.Vicente
S.Tiago
Penedos de S.Pedro e S. Paulo
Fernando de Noronha
Recife
Baia
Porto Seguro
Vitória e Rio de Janeiro

Testemunho do Pioneiro Português Gago Coutinho

O SEXTANTE DE GAGO COUTINHO

Se não bastassem os feitos épicos sensacionais do Almirante Gago Coutinho, a adaptação que fez ao chamado sextante primitivo, fez com que entrasse definitivamente para a galeria dos grandes inventores.

Para que os Amigos do Pridie Kalendas fortaleçam os seus conhecimentos, sem entrarmos em minúcias, o sextante, como podem deduzir pelo nome, é a sexta parte dum circulo, ou arco de 60 graus. É um instrumento de reflexão empregado a bordo, principalmente dos navios, para tomar ângulos e medir a altura do horizonte. O limbo (parte exterior graduada) dos sextantes é igual à sexta parte do circulo e está dividido em 120 partes iguais.

O sextante é um instrumentos de reflexão; são assim chamados por terem dois espelhos que realizam uma dupla reflexão do raio luminoso proveniente da estrela.Como todos os instrumentos de reflexão, a idéia é fazer coincidir o raio luminoso que provém da estrela com o raio luminoso que provém do horizonte.
O sextante compõe-se de uma luneta, dois espelhos refletores, um limbo graduado (com um microscópio auxiliar para tornar a leitura mais exata), filtros para a proteção contra a luz solar.

Para ampliarem os seus conhecimentos, recomendamos que acessem a nossa página Fundamentos de Astronomia na qual, disponibilizamos, inclusive, a figura de um sextante de espelho.

Para consolidar esta parte introdutória, recomendamos também, uma visita ao Portal da Associação Nacional de Cruzeiros (Lisboa-Portugal), um dos mais completos no gênero; nesta recomendação, enfatizando também o sextante

SEXTANTE DE GAGO COUTINHO

Gago Coutinho esteve na delimitação da fronteira luso-holandesa em Timor, em Moçambique, em Angola, fechando os seus trabalhos de geógrafo em S.Tomé, corria o ano de 1918. Após essa data desperta o seu interesse pela navegação aérea que o irá conduzir à invenção de um horizonte artificial para o sextante, tornando este um instrumento eficaz da navegação aérea.

MANUSCRITO DE GAGO COUTINHO SOBRE SANTOS DUMONT

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1 comentário:

pinto disse...

Bem haja pela lembrança dos nosssos aviadores