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Chile: Sismo deviou eixo da Terra e tornou dias mais curtos O sismo de magnitude 8,8 na escala de Richter, que aconteceu no passado dia 27, no Chile, e que fez mais de 700 mortos, terá desviado o eixo de rotação da Terra em oito centímetros, o que, na prática, fez com que os dias ficassem 1,26 milionésimos de segundo mais curtos. De acordo com a edição desta quarta-feira do Público, que cita um modelo informático usado pelo geofísico do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA Richard Gross, estes efeitos são habituais quando se verificam grandes deslocações de massa no planeta, mas é difícil verificar experimentalmente as previsões dos cálculos computadorizados, uma vez que as mudanças são demasiado pequenas para serem detectadas em termos físicos. Segundo o investigador, em declarações ao site Bloomberg News, o sismo de 26 de Dezembro de 2004, a que se seguiu o tsunami no sudoeste asiático, fez com que o eixo da Terra (a linha imaginária em torno da qual o planeta azul roda sobre si próprio) se deslocasse sete centímetros, diminuindo os dias em 6,8 milionésimos de segundo. A diferença é questionável, uma vez que o sismo de Sumatra foi de 9,1 graus na escala de Richter, mais que o verificado agora no Chile, mas este último terá criado uma maior deslocação no eixo da Terra. . «Primeiro, o de Sumatra localizou-se perto do Equador e o do Chile numa latitude média, o que o torna mais eficiente a desviar o eixo da Terra», explica a NASA, em comunicado, acrescentando que, «em segundo lugar, a falha geológica responsável pelo sismo deste ano mergulha na Terra num ângulo mais agudo do que o de 2004, o que faz com que seja mais eficaz a mover a massa da Terra verticalmente e, assim, a desviar o seu eixo». Apesar de pequenas, as alterações são permanentes, disse o reitor da Faculdade de Ciências da Terra da Universidade Nacional Central de Taiwan. «Esta pequena contribuição fica enterrada em mudanças mais vastas, devido a outras causas, como o movimento de massas atomosféricas à volta da Terra», explicou Benjamin Fong Chao. | . . |
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