Governo já aprovou mais de meia centena de fundações 
Público - 28.12.2009 - 07:21 Por João d´Espiney
A Fundação para as Comunicações Móveis (FCM), que tanta polémica tem suscitado nos últimos meses, é apenas uma das cerca de 50 que já foram aprovadas desde que José Sócrates chegou ao poder em Março de 2005.
Uma pesquisa efectuada pelo PÚBLICO aos despachos publicados em Diário da República desde 2001 - ano em que a comissão que António Guterres criou para responder ao escândalo da Fundação para a Prevenção e Segurança (FPS) de Armando Vara apresentou as suas propostas para moralizar a criação e o acompanhamento deste tipo de entidades - permite concluir que já foram aprovadas pelo menos mais 75 fundações com variados regimes jurídicos: públicas, privadas, privadas de direito público. Isto porque nos Governos de Durão Barroso e Santana Lopes foram constituídas pelo menos mais 24. Ou seja, desde 2001 foram criadas, em média, 9,3 fundações por ano.
.
Face a estes números, pode-se concluir que existem hoje em Portugal já cerca de 1200 fundações, tendo em conta o levantamento efectuado pela comissão liderada pelo ex-reitor da Universidade de Coimbra, Rui Alarcão: 1100, das quais 750 ligadas a instituições religiosas.
.
Além do levantamento do número de fundações, esta comissão chegou a apresentar em Maio de 2001 um projecto de nova lei-quadro para a constituição e controlo destas entidades sem fins lucrativos e que gozam de inúmeros privilégios de âmbito fiscal. Mas com a queda do Governo de António Guterres, no final desse ano, os documentos perderam-se nas gavetas governamentais.
.
Já no Governo de Durão Barroso, a então secretária de Estado da Administração Pública, Suzana Toscano, chegou a admitir que a moralização na criação e controlo das fundações não era uma prioridade do Executivo social-democrata.
.
Com o escândalo da FPS já no esquecimento, a fundações foram florescendo como cogumelos. A tal ponto, que, em 2007, Rui Alarcão afirmou, em declarações ao Jornal de Negócios, que a necessidade de criar novas regras para a criação de fundações e acompanhamento das suas actividades era "até mais importante e urgente" do que em 2001.
.
A comissão presidida por Rui Alarcão chegou a apresentar três anteprojectos: um com propostas de alteração ao Código Civil para as fundações privadas; outro para as privadas de origem pública; e um terceiro que previa a criação de uma Comissão Nacional de Fundações, uma entidade "desgovernamentalizada" que teria a competência de "reconhecer" qualquer nova fundação, assim como o dever de controlar e fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares ligadas às fundações.
.
Ainda em 2007, e na sequência de uma notícia publicada com o número de fundações já criadas até então, o Governo de José Sócrates chegou a aprovar uma alteração ao regime em vigor. Basicamente, o Executivo transferiu a competência para o reconhecimento de novas fundações do Ministério da Administração Interna para o primeiro-ministro, competência esta que José Sócrates delegou, mais tarde, na Presidência do Conselho de Ministros.
.
Já este ano, antes de rebentar o caso da Fundação que gere o dossier "Magalhães", o Governo pediu a Diogo Freitas do Amaral para estudar o assunto e elaborar uma proposta de revisão do regime jurídico das fundações.
.
O PÚBLICO tentou falar com o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, mas tal revelou-se impossível. Mas em declarações recentes ao semanário Sol, Freitas do Amaral adiantou apenas que a proposta vai no sentido de "sistematizar e modernizar o regime jurídico das fundações, com a preocupação de moralizar o sector e promover mais transparência e publicidade, no que toca à criação de fundações públicas por meios de direito privado".
.
O PÚBLICO questionou a Presidência do Conselho de Ministros sobre quando é que tenciona aprovar o novo regime mas a sua porta-voz limitou-se a afirmar que "as propostas estão a ser estudadas".
.
O PÚBLICO solicitou também dados actualizados com o montante dos subsídios concedidos pelo Estado ao universo de fundações existentes, mas também ficou sem resposta. Os últimos dados conhecidos, referentes aos orçamentos do Estado de 2001 e 2002, indicavam que a quase totalidade dos ministérios destinaram 68,8 milhões de euros em subsídios a fundações.
.
Refira-se ainda que, apesar da inexistência de controlo e dos muitos milhões de euros que recebem em subsídios e isenções fiscais, o Tribunal de Contas nunca realizou nenhuma auditoria global a este tipo de entidades. Mas está neste momento a realizar uma auditoria à Fundação para as Comunicações Móveis, no âmbito da fiscalização aos programas do Governo para a sociedade de informação nas escolas.
..
Face a estes números, pode-se concluir que existem hoje em Portugal já cerca de 1200 fundações, tendo em conta o levantamento efectuado pela comissão liderada pelo ex-reitor da Universidade de Coimbra, Rui Alarcão: 1100, das quais 750 ligadas a instituições religiosas.
.
Além do levantamento do número de fundações, esta comissão chegou a apresentar em Maio de 2001 um projecto de nova lei-quadro para a constituição e controlo destas entidades sem fins lucrativos e que gozam de inúmeros privilégios de âmbito fiscal. Mas com a queda do Governo de António Guterres, no final desse ano, os documentos perderam-se nas gavetas governamentais.
.
Já no Governo de Durão Barroso, a então secretária de Estado da Administração Pública, Suzana Toscano, chegou a admitir que a moralização na criação e controlo das fundações não era uma prioridade do Executivo social-democrata.
.
Com o escândalo da FPS já no esquecimento, a fundações foram florescendo como cogumelos. A tal ponto, que, em 2007, Rui Alarcão afirmou, em declarações ao Jornal de Negócios, que a necessidade de criar novas regras para a criação de fundações e acompanhamento das suas actividades era "até mais importante e urgente" do que em 2001.
.
A comissão presidida por Rui Alarcão chegou a apresentar três anteprojectos: um com propostas de alteração ao Código Civil para as fundações privadas; outro para as privadas de origem pública; e um terceiro que previa a criação de uma Comissão Nacional de Fundações, uma entidade "desgovernamentalizada" que teria a competência de "reconhecer" qualquer nova fundação, assim como o dever de controlar e fiscalizar o cumprimento das disposições legais e regulamentares ligadas às fundações.
.
Ainda em 2007, e na sequência de uma notícia publicada com o número de fundações já criadas até então, o Governo de José Sócrates chegou a aprovar uma alteração ao regime em vigor. Basicamente, o Executivo transferiu a competência para o reconhecimento de novas fundações do Ministério da Administração Interna para o primeiro-ministro, competência esta que José Sócrates delegou, mais tarde, na Presidência do Conselho de Ministros.
.
Já este ano, antes de rebentar o caso da Fundação que gere o dossier "Magalhães", o Governo pediu a Diogo Freitas do Amaral para estudar o assunto e elaborar uma proposta de revisão do regime jurídico das fundações.
.
O PÚBLICO tentou falar com o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, mas tal revelou-se impossível. Mas em declarações recentes ao semanário Sol, Freitas do Amaral adiantou apenas que a proposta vai no sentido de "sistematizar e modernizar o regime jurídico das fundações, com a preocupação de moralizar o sector e promover mais transparência e publicidade, no que toca à criação de fundações públicas por meios de direito privado".
.
O PÚBLICO questionou a Presidência do Conselho de Ministros sobre quando é que tenciona aprovar o novo regime mas a sua porta-voz limitou-se a afirmar que "as propostas estão a ser estudadas".
.
O PÚBLICO solicitou também dados actualizados com o montante dos subsídios concedidos pelo Estado ao universo de fundações existentes, mas também ficou sem resposta. Os últimos dados conhecidos, referentes aos orçamentos do Estado de 2001 e 2002, indicavam que a quase totalidade dos ministérios destinaram 68,8 milhões de euros em subsídios a fundações.
.
Refira-se ainda que, apesar da inexistência de controlo e dos muitos milhões de euros que recebem em subsídios e isenções fiscais, o Tribunal de Contas nunca realizou nenhuma auditoria global a este tipo de entidades. Mas está neste momento a realizar uma auditoria à Fundação para as Comunicações Móveis, no âmbito da fiscalização aos programas do Governo para a sociedade de informação nas escolas.
.
_________
.
1 a 10 de 19
-
CUNHAS E FUNDAÇÕES
o Estado ou seja nós susidiamos as fundações, mas quando alguns de nós solicitamos apoios a algumas fundações só somos subsidiados se tivermos uma grande cunha e não é pelo facto de sermos dos melhores em determinada área que os demovemos, eles estão lá não para ajudar os melhores mas os amigos dos amigos. -
68,8 milhões?
E não são controladas nem sujeitas a auditorias pelo tribunal de Contas? E depois espanatam-se que os desgraçados que trabalham no duro para sobreviver e pagam os seus impostos não estejam dispostos a mais sacrifícios e conversas de políticos de barriga cheia sobre uma crise que a eles não se vê que faça mossa. -
ASSIM NÃO !
É por estas e outras que nós vemos neste local alguns comentadores virem a terreiro defender Sócrates e sua política.Então com tantas fundações e sem nada para fazerem,devem passar o tempo e escreverem para estes sites de comunicação a tentarem meter na cabeça das pessoas que Sócrates é o melhor.É que quando este governo for descansar de nada ter feito,esta rapaziada começa a ter que enfileirar a lista dos desempregados e a boa vidinha foi-se Eu bem estranhava ver tanta gente na defesa de Sócrates,mas agora compreendo.Por aqui se vê qual é a finalidade deste governo.Não é governar para todos,mas ter o poder para arranjar tachos a torto e a direito para os seu incondicionais.Com tantos até podem ganhar sempre as eleições,porque estes não falham ás urnas.Para eles ter estes é sinónimo de um seguro de vida grande.Por isso este governo Sócrates existe só para este grupo de pessoas que vivem e comem na mão deste PS de Sócrates. Isto é imoral e desonesto com os desempregados e todos aqueles que trabalham no dura diariamente e recebem um ordenado de miséria que mal chega para comer e pagar a renda.E outros ganham a vida sem fazer nada,apenas têm que bajular este 1º ministro.Assim não! -
Fundam-se todos!!!
AS FUNDAÇÕES SÃO AS OFF-SHORES... CÁ DENTRO!!! -
Afundamentos
Viva a Fundação Vitor Baía...até ajuda as criancinhas do IPO do Porto e dá para importar Mercedes topo de gama sem pagar IA... enfim um benemérito !! -
Ó Xuxa de Metz !
Ó Metz na Muchila ! Está calado e cala-te, e vai ver se estou lá fora, ó meu "vasculho dos Urinois" ... -
Boa!!!!
Ó Bufarda, desde quando Metz é na Alemanha??? Além de burro és ignorante. -
Está tudo rico...
Os gajos do PS quando no Governo muito gostam de aprovar e criar fundações para tudo e mais alguma coisa. Já sabesmos que desde a Fundação do MS e mais as broncas de Macau que os governos e politicos do PS são eximios nestas coisas vai-se-lá saber porquê, mas para se descobritr não é preciso pensar muito, isto porque há muito já se sabe que as fundações, nem todas são uma forma de esconder muita coisa. -
Espionagem política
O Público andou a pesquisar os actos do Governo? Mas com que direito? É espionagem política, mal intencionada... -
que ricas fundações
EU TAMBÉM QUERO UMA FUNDAÇÃO SÓ PRA MIM !
11 a 19 de 19
-
Atenção :
A "Fundação" do Ali Bába e dos 40 Ladrões, vai ser inaugurada a 1/1/2010, pelo P.M. Sócrates e na presença dos restantes "políticos" de todos os Partidos ... bem partidos ! -
Farto de Portugueses
Os Portugueses sao uns eternos insatisfeitos.Deviam viver em tribos como na Amazonas. -
Gozo!
Gozam com os Portugueses e eles não fazem nada, tristeza de País! Até quando vamos deixar isto assim? -
Fundação e fundações
D. Afonso Henriques fundou Portugal. D. José Sócrates, com tantas fundações, não faz mais de que afundar Portugal. E já agora, se alguém me souber esponder, quantos boys e quantas girls do PS, fazem parte dessas fundações? -
Tantas Fundações
Gostava de saber para que servem estas?? Aposto que até sei a resposta. Servem para Desviar dinheiros publicos para alguns espertalhões. Isto claro esta dentro da legalidade. P.S. não quero ofender a boa gente que de certeza trabalha honestamente e com mérito próprio. -
Fax de conta!
Fax de conta! O socrates é um fundador ou melhor um afundador de Portugal. -
Acolitos
Em cada fundação ficam "instalados" muitos amigos... -
FUNDAÇÕES = VIGARICE
Estas "fundações" criadas e alimentadas pelo "partido dos sucateiros", têem como unico objectivo transferir dinheiros do OGE (logo do meu dinheiro), para depois virem a alimentar os esquemas onde grassa a corrupção e a roubalheira comamdada pelo "pinócrates". O resto é conversa da treta..... -
Religião = Corrupção
Cada vez que surge um esquema de cariz duvidoso, a Igreja aparece envolvida, agora são 750 em 1100 Fundações. Para quê é que a Igreja precisa de tantas Fundações? E porque é que não há um grande efeito na sociedade com a existência de tantas Fundações religiosas? Só lhes interessa o comodismo e o auto-enriquecimento?
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário