Discurso de Lula da Silva (excerto)

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domingo, 14 de março de 2010

Romanização da Península Ibérica


Enciclopédia


  
A Romanização da Península Ibérica
Portal da Presença Romana na Península Ibérica

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Uma Introdução
Os romanos quando chegaram á Hispânia, não a conquistaram sem antes combater uns poderosos inimigos: os Cartagineses.
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No ano de 226 a.c. Roma e Cartago firmaram um tratado em virtude do qual se repartia a sua influência sobre o território da Península Ibérica: Roma a a norte do rio Ebro; Cartago a sul.  Mas tratava-se de um acordo pouco firme. Em 219 a.c começaram as hostilidades entre os cartagineses chefiados por Aníbal, e os romanos. A Península Ibérica converteu-se num dos principais cenários bélicos no confronto entre as duas potências.

Em 218 a.c. as legiões romanas chegaram pela primeira vez á Península. A conqista durou 200 anos, até que em 19 a.c., as tropas romanas conseguiram acabar o último foco de resistência: cántabrios e astúrios.
Durante esses 200 anos deu-se a adaptação ao modo de vida romano por parte das sociedades conquistadas: o que se conhece como romanização. A romanização supõe uma mudança de vida em aspectos tão elementares como a língua, os costumes, a religião, o urbanismo, o comércio, a administração... Os habitantes do sul e do sudeste assimilaram prontamente a cultura dos romanos; por outro lado, os povos do norte e do interior sofreram uma influência menor.

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Vila Romana

Dioramas da vida Romana
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O Latim substituiu rápidamente as diferentes línguas indígenas, que desapareceram, com a única excepção do Basco(Euskera).

Enquanto as cidades, os romanos aplicaram: potenciaram as existentes, e fundaram colónias própriamente romanas.

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Mosaico Romano

A colónia é uma cidade criada pelas autoridades romanas num lugar não urbanizado ou escassamente urbanizado; podiam ser civis ou resultar dos assentamento de soldados licenciados. A mais antiga das colónias romanas foi Itálica, fundada em 206 a.C.

Debaixo da dominação romana, a Península Ibérica foi objecto de várias divisões administrativas. A primeira divião em duas províncias, Citerior e Ulterior, com base em critérios militares.

Em tempos de Augusto, a Península foi dividida em duas províncias: Citerior ou Tarraconensis, e Ulterior, que estava por sua vez dividida em Lusitânia e Bética.

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Por último, no tempo de Diocleciano, a Península Ibérica estava dividida em cinco províncias: Tarraconensis, Cartaginesis, Bética, Lusitânia, e Galaecia.

O Processo de romanização só era possível por causa da existência de uma boa rede de comunicações entre os distintos pontos do império. Deste modo, e tomando como ponto de partida a própria Roma, começaram a construir-se as primeiras calçadas, elemento chave para o desenvolvimento do império, e que facilitaram tanto o transporte de mercadorias como o imparável avanço das legiões. Os romanos chegaram a dispôr de 85.000 Km de Calçadas, que percorriam o império do Norte a Sul, de Este a Oeste.

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Estrada Romana

Na Península Ibérica existem muitos exemplos de vias com finalidades promordialmente militares. O principal objectivo dos romanos , quando encetaram a conquista da península, foi unir a Cidade  de Cádiz, então a mais importante do sul, com os Pirinéus, ponto de entrada para o norte. As principais vias romanas da península seguiam os férteis vales dos rios, Ebro, Douro, Tejo, Guadiana e Guadalquivir, e a rota natural da costa oriental.

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O sentido Prático dos romanos fez com que a romanização fosse também transcendental em outros aspectos: as obras hidráulicas e o Direito.

Nas obras hidráulicas, os romanos construiram na Península numerosas pontes, Aquedutos e Complexos Termais.

Na Lusitânia estão as melhores pontes do mundo romano, como é o exemplo da ponte de Alcântara e de Mérida e a ponte de Monforte no Alentejo.

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Ponte de Alcântara (Espanha)

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Ponte de Mérida (Espanha)

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Ponte Romana de Monforte (Alto Alentejo -Portugal)

Os Aquedutos garantiam o abastecimento regular de água ás cidades.A sua construção implicava a condução da água desde as fontes fora das cidades. A estrutura, que era em sua maior parte subterrânea, corria com uma ligeira inclinação e era vísivel somente perto das cidades. O Aqueduto terminava num colector, a partir do qual uma rede de tubos distribuia a água por vários pontos da cidade.

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Esquema da Cidade César Augusta (Zaragoça)

A construção dos Complexos Termais reflectia um duplo desejo dos governantes romanos: emblezar a cidade e passar para a posteridade como benfeitores do povo.Com os magníficos recintos de banhos a higiene chegou ás massas e incorporou-se na vida quotidiana. Frequentava-se as termas não só para tomar banhos, mas também para untarem-se com óleos perfumados, receberem medalhas, fazer exercício ou tomar alguma bebida.

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Imperador Justiniano
O Direito Romano é uma das mais grandiosas criações do povo romano e no processo de romanização, uma das suas mais valiosas contribuições para a civilização ocidental. De toda a herança deixada por Roma, nenhum outro aspecto continua a ter uma vigência similar ao do Direito Romano.

Durante muito tempo os romanos regeram-se por preceitos jurídicos inspirados nos costumes(mos maiorum), que só eram conhecidos pelos magistrados e pont+ifices. Perante o protesto da plebe, uma comissão de dez varões(decemviri) encargou-se por volta de 450 a.C. de redigir um código escrito, as Leis das Doze Tábuas, que este vigente até ao século III a.C. A partir do século III a.C., juristas e pretores, encargaram-se de adaptar as normas jurŽdicas ás novas circunstâncias sociais e económicas.
Quase um século depois da queda do Império Romano do Ocidente, Justiniano, Imperador do Oriente, empreendeu uma enorme tarefa de reunir em um só corpo geral as obras de jurisprudência romana existente. Esta obra ficou finalizada em 533 d.C., e recebeu o nome de Digesto.

O mais apelativo do Direito Romano, em relação a outros Direitos nacionais, é que não desapareceu quando desapareceu o poder político de Roma. Desde a Idade Média, onde foi acolhido e assimilado pelos povos bárbaros, passando para a Modernidade, até ao século XIX - com o Código de Napoleão -, o Direito Romano não só sobreviveu como se extendeu a outros continentes. O sistema jurídico que nos deixou Roma constitui hoje em dia o núcleo do Direito de todo o mundo Ocidental.


  

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