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sexta-feira, 5 de março de 2010

45 anos de cinema português em Budapeste


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Ficção e documentário integram a programação da IV Semana do Cinema Português que vai decorrer em Budapeste, entre o próximo domingo e o final de Setembro.
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45 anos de cinema português
 em BudapesteO evento é organizado em conjunto pelo Instituto Camões/Embaixada de Portugal em Budapeste e pelo Arquivo Nacional de Cinema Húngaro que, este ano, presta homenagem à Cinemateca Portuguesa.
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Doze películas serão exibidas durante a Semana que compreende ainda uma conferência por Tiago Baptista, conservador do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento da Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema desde 2002, que falará sobre o tema do livro que é autor, A Invenção do Cinema Português, editado em 2008.
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A selecção dos filmes da Semana apresenta algumas das mais notáveis obras do cinema português dos últimos 45 anos, quando a «nova vaga» se impõe com Os Verdes Anos (1963), de Paulo Rocha, e Manoel de Oliveira, depois de um longo interregno, filma e faz sair no mesmo ano Acto da Primavera.
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Estes são dois dos filmes da Semana, que inclui também de Os Mutantes (1998), de Teresa Villaverde, Non, ou a Vã Glória de Mandar (1990), de Manoel de Oliveira, Recordações da Casa Amarela (1989), de João César Monteiro, Trás-os-Montes (1976), de António Reis e Margarida Martins Cordeiro, Juventude em Marcha (2006), de Pedro Costa, Aquele Querido Mês de Agosto (2008), de Miguel Gomes, Um Adeus Português (1985), de João Botelho, e o documentário Gestos & Fragmentos (1982), de Seixas Santos, que abre o evento.
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Num esclarecedor texto em que faz a história do cinema português desde esses anos e que acompanha o programa da Semana, o crítico húngaro Tanner Gábor, sublinha que Manoel de Oliveira foi o único realizador que os cineastas da «nova vaga» não rejeitaram quando atingiram a maturidade.
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À semalhança de Jean Renoir em França, Oliveira foi visto como «um exemplo moral». «Com algum exagero, podemos dizer: é devido a Oliveira que a história do cinema português tem um passado que vale a pena mencionar antes do advento da nova vaga», escreve Tabor.
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Traçando as várias etapas do cinema português desde os anos 60, Gabor, que é também responsável pelas sinopses dos filmes apresentados na Semana, fala de como os cineastas portugueses abordaram temas como a ditadura e as suas origens, a ruralidade e o fenómeno da nova vida urbana, a guerra colonial e os seus efeitos na sociedade portuguesa e, mais recentemente, como acontece com cineastas como Teresa Villaverde e Pedro Costa, representados na Semana, as periferias marginalizadas das grandes cidades.
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O crítico húngaro chama também a atenção para a «linguagem peculiar» usada pelos realizadores portugueses, «dificilmente compreensível para os estrangeiros, sendo já estranha às audiências nativas»
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Daqui resultou o facto, segundo sustenta, de que o cinema português «se tornou num fenómeno underground genuíno, oferecendo uma experiência exclusiva para os apreciadores de filmes de arte, isto é, uma verdadeira aventura intelectual e um entusiasmo cultural».
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18/09/2009
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http://www.instituto-camoes.pt/hungria/45-anos-de-cinema-portugues-em-budapeste.html
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