Avante Nº 1885
14.Janeiro.2010
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Ver também
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Revolta da Marinha Grande - 18 Janeiro de 1934
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Casa Museu 18 de Janeiro de 1934
Casa-Museu 18 de Janeiro de 1934 |
A Casa-Museu 18 de Janeiro de 1934, inaugurada a 18 de Janeiro de 2008, situa-se no Largo 18 de Janeiro de 1934, no lugar de Casal Galego, Marinha Grande.
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…uma casa que já não é uma casa…
Humilde nas formas, nas dimensões e na matéria com que é feita, esta casa, que já não é uma casa, fez-se memória das dolorosas lutas operárias por um futuro mais livre e justo, ultrapassando a dimensão material da sua simplicidade para se transformar um símbolo de luta e coragem dos homens.
Humilde nas formas, nas dimensões e na matéria com que é feita, esta casa, que já não é uma casa, fez-se memória das dolorosas lutas operárias por um futuro mais livre e justo, ultrapassando a dimensão material da sua simplicidade para se transformar um símbolo de luta e coragem dos homens.
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Estava-se no início de 1934. Com o mudar do ano, entra em vigor o Estatuto Nacional do Trabalho, fascista, e os sindicatos livres eram oficialmente proibidos, dando origem a outros, subjugados ao poder corporativo. Por todo o País, os trabalhadores combatem a fascização dos sindicatos e convocam para 18 de Janeiro uma greve geral revolucionária, com o objectivo de derrubar o governo de Salazar. A insurreição falha, mas na Marinha Grande os operários vidreiros tomam o poder. Apenas por algumas horas, é certo, pois a repressão esmagaria a revolta. No resto do País, esperavam-se acções iguais, mas em nenhum outro lado se repetiu o gesto dos operários marinhenses. Apesar de fracassada, a revolta dos trabalhadores vidreiros fica na história como um momento alto da resistência ao fascismo. E deixou sementes, que germinaram numa manhã de Abril, precisamente quatro décadas depois.
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Contrariamente ao que sucedeu nas restantes localidades no dia 18 de Janeiro de 1934, na Marinha Grande os objectivos da greve geral revolucionária foram cumpridos: os operários tomaram o poder. Cercada a vila e cortados os acessos, os trabalhadores marinhenses ocuparam os Correios e o posto da GNR.
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Derrotado o levantamento popular, começaram as perseguições e as capturas aos dirigentes sindicais, na sua maioria comunistas. Na noite de 18 e nos dias seguintes, varreram toda a região, casa a casa. Nem o Pinhal de Leiria ficou por varrer.
Justificação
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O prédio em causa chegou à posse do município por doação de JOAQUIM ALVES DA CRUZ, LIMITADA, realizada por escritura de 15 de Novembro de 2002.
Em Julho de 2004, verificado o avançado estado de degradação, procedeu-se a uma limpeza geral da envolvente do imóvel e remoção de elementos derrubados que poderiam ameaçar a segurança pública e dos prédios confinantes.
Em Julho de 2004, verificado o avançado estado de degradação, procedeu-se a uma limpeza geral da envolvente do imóvel e remoção de elementos derrubados que poderiam ameaçar a segurança pública e dos prédios confinantes.
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Reconhecida a importância histórica desta habitação nos movimentos revolucionários do operariado no início do século XX e a necessidade de preservação da memória colectiva da participação dos marinhenses na sublevação de 18 de Janeiro de 1934, o Vereador do pelouro, em 17-08-2004, emitiu despacho no sentido de se elaborar estudo de preservação do imóvel e do seu contexto histórico.
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Em 2007, procedeu-se à formulação de uma solução arquitectónica que recrie a volumetria do imóvel, assegurando a preservação do seu interior para espaço expositivo sobre os acontecimentos que aqui tiveram o seu início, criando um MEMORIAL e um repositório documental sobre o movimento do 18 de Janeiro e às pessoas que participaram na revolução e que posteriormente vieram a ser perseguidas e encarceradas.
Caracterização
Caracterização
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A construção existente, ruínas de uma modesta habitação operária do início do século XX, tem cerca de 100m² de implantação e encontra-se encravada entre duas construções a nascente e poente. A construção a nascente é contemporânea e apresenta as mesmas características construtivas e arquitectónicas. A poente, encosta-se uma construção mais recente, com traços algo incaracterísticos mas identificativos dos anos 60/70 do século passado.
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A técnica construtiva original assentava em paredes resistentes de sorraipa, sem pórticos estruturais, simplesmente rebocada com argamassa de cal e caiada na cor vermelha no exterior e branca pelo interior.
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A situação de abandono após a saída dos últimos moradores, associada à falta de manutenção que estas construções exigem, provocou uma situação de ruína total do imóvel, verificando-se um colapso parcial da cobertura, paredes interiores e parte dos planos da fachada Norte. Todos os elementos de carpintaria estão de tal modo degradados que não será possível qualquer recuperação.
Fontes de Consulta:.
>> Câmara Municipal da Marinha Grande
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