Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sábado, 23 de janeiro de 2010

Sexo, gênero e o bicho homem - Regina Abrahão *


Colunas

Vermelho - 17 de Dezembro de 2009 - 0h10

Sexo, gênero e o bicho homem

Regina Abrahão *

Dois sexos, independente da orientação sexual que possuam, é a regra básica de quase todos os seres vivos existentes na natureza. Tirando algumas espécies como bactérias, fungos, etc., para a reprodução ocorrer é necessário que haja um ser masculino e outro feminino.

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As diferenças morfológicas e as relações entre os dois sexos, entretanto, variam a cada espécie, mas não apresentam diferenças entre casais da mesma espécie. A relação entre casais animais são sempre iguais, independente da cor, da raça ou do continente destes.
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Entre os seres humanos, porém, a maneira como o casal se relaciona varia de acordo com a época, o local, a religiosidade, a cultura e outros inúmeros fatores. Podendo, inclusive, o casal ser formado por dois seres do mesmo sexo, já que, entre humanos, a procriação não é o eixo central das relações. Portanto sexo como definição biológica e gênero como definição cultural.
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Mas o que diferencia homens e animais?
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Para o marxismo, é a capacidade que o homem tem de transformar a natureza. Seja em transformar galhos em armas, ou encontrando novas plantas no lugar das sementes enterradas, esta foi a diferença fundamental entre nós, seja do jeito que éramos, e o resto da fauna do planeta.
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Da transformação da madeira em apetrecho à agricultura, passando pela descoberta da produção do fogo, muito tempo se passou. O que sabemos destes homens primitivos? Muito pouco. E grande parte de nosso conhecimento foi obtido misturando-se a pesquisa histórica, arqueológica e a observação antropológica, em tribos ou povos em estágios de evolução semelhantes. E como eram as relações familiares entre estes nossos antepassados?
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Presume-se que nestas sociedades primitivas, a capacidade gestacional conferia às mulheres a condição de seres superiores, uma vez que o ato sexual não era identificado como fator responsável pela reprodução. Estas primeiras sociedades foram chamadas de matrilineares: A descendência era definida em função da origem materna, e, o cuidado com as crianças era responsabilidade coletiva. As tarefas eram divididas de acordo com a força física.
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Quando o ser humano deixa de ser um coletor (que pega da natureza o que precisa), descobre a agricultura e começa a domesticar animais, as relações familiares e sociais também mudam. Com a plantação, surgem as primeiras cercas, delimitando a propriedade. Neste período o homem já entendia que a geração de novos seres dependia não só da mulher, mas do casal. E ao acumular terra e animais, preocupou-se em transmitir sua herança a quem possuísse laços consangüíneos, ou seja, seus filhos. E aí as coisas complicaram-se um pouco mais.
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* Funcionária pública, direigente municipal do PCdoB de Porto Alegre, estudante de ciências sociais da UFRGS. Dirigente da Semapi - RS
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* Opiniões aqui expressas não refletem necessáriamente as opiniões do site.
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  • Cidade do Silêncio

    17/12/2009 18h46 Companheira Regina, faz tempo que não nos vemos, desculpe não lhe responder várias mensagens, mas agora eu pediria, se possível, que você analisasse (será que meu ss tá correto?)um filme que passou justo na "globo" no último sábado, o qual não foi muito comentado "Cidade do Silêncio". Neste filme me parece que se destacam temas muito caros: Liberdade de imprensa (Bandeiras é personagem jornalista mexicano, desde do inicio é sacaneado, no fim é assasinado) A mídia venal, interpretada atravéz daquele grande ator, Sheen, manda a personagem no inicio investigar as mortes de mulheres em Juares, depois manda calar a boca, afinal tinha o livre comércio assinado pelo México e queriam espandir para a América Central, devido à pressão do senado dos EUA e México; A personagem central para de pintar o cabelo numa etapa, assume que é mexicana (no filme `avários frechs, seus pais foram mortos, ela volta à lembra sua origem); Um triste filme, mas por que a globo passou? Por quê não foi comentado?
    Arnaldo de Salvo Júnior
    São Paulo - SP
  • materialismo histórico é um deleite

    17/12/2009 15h59 Muito bom camarada Regina. Seus estudos antropológicos são riquissimos. E baseados nos materialismo histórico se tornam um deleite pra quem busca a trajetória percorrida pela humanidade. Como dizia Paulinho da Viola: "Quando penso no futuro, não me esqueço do passado".
    Marcelo Buraco
    Santo André - SP
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