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Vermelho - 24 de Dezembro de 2009 - 0h10 .
Estas formas de relação entre homens e mulheres variavam conforme a assimetria das relações de poder, determinavam o tipo de sociedade desenvolvida e as relações entre os habitantes destas sociedades com o que eles reconheciam como mundo. Entre os quesitos para classificar as condições de vida da mulher nestas sociedades, podemos usar como indicativos o direito à vida (em caso de litígios com pai ou marido), a guarda de filhos em caso de viuvez, à escrita, à religião, à propriedade (raramente reconhecido), e, mais raro ainda, à política.
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De forma que, nas sociedades ditas primitivas, enquanto não eram estabelecidos elementos formais e consistentes de dominação do homem pelo homem, podemos dizer que a mulher podia ainda gozar de relativa autonomia. Ao desenvolver-se, porém, formas de dominação, escravidão, servidão, o primeiro destes movimentos é realizado dentro da estrutura familiar, do homem em relação à mulher e a prole, num movimento crescente de repasse da submissão.
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Apesar da divisão social das sociedades mais antigas não seguirem o padrão do que hoje determinamos sociedades de classes, é certo que as divisões de tarefas não eram as mesmas entre mulheres abastadas, que contavam com escravos ou preceptores para auxiliar na educação de seus filhos, e as outras, que eram mulheres do povo e, como já conhecemos bem a história, tinham as sucessivas jornadas de trabalho para dar conta. Mas também é provável que, tanto quanto a burguesa hoje conta com toda a parafernália eletrônica, além dos serviços domésticos de outras mulheres para atenuar sua exposição à dupla jornada, e mesmo assim, apesar de ver, ou diminuída, ou suprimida sua discriminação enquanto classe, dificilmente escapará de sofrer seu quinhão de preconceito e violência enquanto gênero.
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Portanto, não é de hoje que camponesas e rainhas são discriminadas enquanto mulheres, mas sem dúvida, camponesas tem uma jornada de trabalho bem mais pesada que a da rainha, sofre mais opressão, mais riscos, menos acesso a bens, etc. Nada que tenha mudado muito nestes últimos milênios...
Nós mulheres e o começo das coisas
Regina Abrahão *O grau de desenvolvimento ou as condições geopolíticas, comerciais ou militares, que dentre as primeiras civilizações encontramos referências de que o status da mulher variou entre semi-divindade, propriedade e reprodutora de força de trabalho, trabalhadora (não assalariada), além do compartilhamento já habitual, desde este tempo, da prestação dos serviços sexuais.
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Estas formas de relação entre homens e mulheres variavam conforme a assimetria das relações de poder, determinavam o tipo de sociedade desenvolvida e as relações entre os habitantes destas sociedades com o que eles reconheciam como mundo. Entre os quesitos para classificar as condições de vida da mulher nestas sociedades, podemos usar como indicativos o direito à vida (em caso de litígios com pai ou marido), a guarda de filhos em caso de viuvez, à escrita, à religião, à propriedade (raramente reconhecido), e, mais raro ainda, à política. .
De forma que, nas sociedades ditas primitivas, enquanto não eram estabelecidos elementos formais e consistentes de dominação do homem pelo homem, podemos dizer que a mulher podia ainda gozar de relativa autonomia. Ao desenvolver-se, porém, formas de dominação, escravidão, servidão, o primeiro destes movimentos é realizado dentro da estrutura familiar, do homem em relação à mulher e a prole, num movimento crescente de repasse da submissão.
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Apesar da divisão social das sociedades mais antigas não seguirem o padrão do que hoje determinamos sociedades de classes, é certo que as divisões de tarefas não eram as mesmas entre mulheres abastadas, que contavam com escravos ou preceptores para auxiliar na educação de seus filhos, e as outras, que eram mulheres do povo e, como já conhecemos bem a história, tinham as sucessivas jornadas de trabalho para dar conta. Mas também é provável que, tanto quanto a burguesa hoje conta com toda a parafernália eletrônica, além dos serviços domésticos de outras mulheres para atenuar sua exposição à dupla jornada, e mesmo assim, apesar de ver, ou diminuída, ou suprimida sua discriminação enquanto classe, dificilmente escapará de sofrer seu quinhão de preconceito e violência enquanto gênero.
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Portanto, não é de hoje que camponesas e rainhas são discriminadas enquanto mulheres, mas sem dúvida, camponesas tem uma jornada de trabalho bem mais pesada que a da rainha, sofre mais opressão, mais riscos, menos acesso a bens, etc. Nada que tenha mudado muito nestes últimos milênios...
* Funcionária pública, direigente municipal do PCdoB de Porto Alegre, estudante de ciências sociais da UFRGS. Dirigente da Semapi - RS
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* Opiniões aqui expressas não refletem necessáriamente as opiniões do site.
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Seculo XXI
24/12/2009 10h47O texto da camarada nós traz um historico de exploração do sexo feminino, que como sabemos de frágil não tem nada,porque resiste com sua prole ao longo dos tempos tanto sofrimento e luta para sobreviver. Esta tomada de conciencia de varias mulheres no limar do seculo XXI, vai demonstrando que esta surgindo uma nova mulher nos marcos do sistema que transforma tudo em produto. Parabens camarada Regina e Saudações Tricolores e Socialistas da Serra Gaucha!!!!Flavio MaiaCaxias do Sul - RS..
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