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O Fado - José Malhoa
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heliomascarenhas
1 de Fevereiro de 2009
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O Embuçado Lyrics - Gabriel de Oliveira
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Noutro tempo a fidalguia
Que deu brado nas toiradas
Andava p'la Mouraria
Em muito palácio havia
Descantes e guitarradas
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E a história que eu vou contar
Contou-ma certa velhinha
Uma vez que eu fui cantar
Ao salão de um titular
Lá p'ró Paço da Rainha
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E nesse salão dourado
De ambiente nobre e sério
Para ouvir cantar o fado
Ia sempre um embuçado
Personagem de mistério
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Mas certa noite houve alguém
Que lhe disse erguendo a fala:
-"Embuçado, nota bem, que hoje não fique ninguém
Embuçado nesta sala!"
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E ante a admiração geral
Descobriu-se o embuçado
Era el-rei de Portugal, houve beija-mão real
E depois cantou-se o fado
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http://www.lyricstime.com/jo-o-ferreira-rosa-o-embu-ado-lyrics.html
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João Ferreira-Rosa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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É um dos maiores expoentes do fado tradicional e lusitano ainda vivos. Monárquico e tradicionalista, seus fados falam essencialmente, mas não exclusivamente, da nostalgia dos tempos perdidos, de um Portugal já perdido e esquecido, das touradas e da tradição.
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O seu fado mais conhecido será, sem sombra de duvida, o Fado do Embuçado. Composição singular com música do Fado Tradição da cantadeira Alcídia Rodrigues e letra de Gabriel de Oliveira, que é incontornável em qualquer noite ou tertúlia fadista. O tema mais uma vez é o tempo de antigamente e uma curiosa história de um "embuçado" (disfarçado com capote) que todas as noites ia ouvir cantar fados, tendo um dia sido desafiado a revelar-se, eis que se descobre que o embuçado era o Rei de Portugal que após o beija-mão real cantou o fado entre o povo.
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Em 1965 adquire um espaço, no Beco dos Cortumes, em Alfama, a que chamou a Taverna do Embuçado, que abrindo no ano seguinte, viria a marcar toda uma era do Fado ao longo dos 20 anos que se seguiram, até que Ferreira Rosa deixa a gestão nos anos 80. O espaço, contudo, ainda hoje existe.
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Nos anos 60 adquire ainda o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, que estava praticamente em ruínas e destinado a converter-se num complexo de prédios. Ferreira Rosa recupera o Palácio lutando contra diversos obstáculos burocráticos e administrativos que lhe foram sendo colocados. Nas palavras de João Ferreira-Rosa o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) "estragou-lhe" os últimos 30 anos dos 70 que já leva de vida. Abriu o Palácio Pintéus as suas portas ao Público em 2007 e lá se realizam diversos eventos ligados ao fado.
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É dentro das paredes do Palácio Pintéus que é gravada, em 1996, o 2ª disco de um dos seus mais sublimes trabalhos, "Ontem e Hoje". Ferreira-Rosa (tal como Alfredo Marceneiro, de resto) tem uma certa aversão a estúdios de gravação e à comercialização do fado, preferindo cantar o fado entre amigos, como refere nos versos do Fado Alcochete.
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Nutre uma especial paixão por Alcochete onde tem vivido nos últimos anos. A esta vila escreveu o fado Alcochete, que costuma cantar no Fado da Balada de Alfredo Marceneiro.
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Entre 2001 e 2003 amigos e seguidores tiveram ainda a oportunidade de o ouvir regularmente em ciclos de espectáculos organizados no Wonder Bar do Casino do Estoril.
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Algums dos fados que mais popularizou são:
- Fado do Embuçado
- Fragata (Fado Vianinha)]
- Portugal Foi-nos Roubado
- Fado Alcochete
- Arraial (Fado Pintéus)
- Fadista Velhinho (Fado Lumiar)
- Fado Lisboa
- Armas sem Coroa
- Triste Sorte (Fado Cravo)
Discografia
- 1965: Taverna do Embuçado (tema)
- 1996: Ontem E Hoje
Ligações externas
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