Trinta e cinco anos depois de ter sido comprada por um coleccionador de arte que acreditava ter em sua posse um Van Gogh, uma pintura do moinho de Montmartre, um bairro parisiense, foi finalmente autentificada como sendo do pintor holandês. Trata-se de “Le Blute Fin”, datado de 1886, descoberto na Holanda, e só agora atribuído a Van Gogh pelo museu com o seu nome.
Tudo começou em 1975, quando Dirk Hannema, antigo director do museu Boymans, em Roterdão, comprou a um comerciante de arte por cerca de mil euros, no valor actual, “Le Blute Fin”, um quadro de 55 por 38 centímetros, que acreditava tratar-se de um Van Gogh. Tinha tanta certeza que tinha em mãos um trabalho do pintor que o assegurou por 35 mil euros. Mas não conseguiu reunir apoio junto dos especialistas e o quadro ficou “escondido” no depósito do museu De Fundatie, em Zwolle, no centro da Holanda. Tudo porque em 1937 Dirk Hannema afirmou que tinha em sua posse um quadro de Johannes Vermeer, outro dos grandes nomes da pintura holandesa, mas após análises ao quadro, este revelou-se falso. O caso viria a tornar-se no maior escândalo do mundo da arte na Holanda. Hannema morreria em 1984 sem conseguir provar que “Le Blute Fin” tinha sido pintado pelo mestre do Impressionismo.
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Depois de décadas trancado no De Fundatie, o Museu Van Gogh de Amesterdão confirmou ontem que “Le Blute Fin” é de facto um Van Gogh. Louis van Tilborgh, conservador do museu Van Gogh e um dos responsáveis pela autentificação de obras, citado pela edição online do “El Pais”, explica que o quadro suscitou sempre várias dúvidas, além das criadas pela reputação do seu proprietário. “Trata-se de um tema duvidoso escolhido por Van Gogh. Tem figuras muito grandes e coloridas, pouco frequentes no seu trabalho”. Mas após análises mais alargadas, Louis van Tilborgh e a sua equipa concluíram que se tratava de um Van Gogh autêntico através de marcas que o pintor fazia para se orientar na perspectiva e de pigmentos usados na época em cores como o roxo e o verde.
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Em “Le Blute Fin”, o Museu Van Gogh reconhece que se trata de um tema “raro” retratado pelo pintor “mas que se encaixa no que fazia em 1886”, data da pintura.
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Dirk Hannema não vai assistir à sua “vitória” no próximo dia 4 de Julho, data a partir da qual dia o novo quadro descoberto de Van Gogh irá estar em exposição no museu. A instituição recusa-se a avançar um valor monetário para a obra, que diz ser “incalculável”.
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Depois de décadas trancado no De Fundatie, o Museu Van Gogh de Amesterdão confirmou ontem que “Le Blute Fin” é de facto um Van Gogh. Louis van Tilborgh, conservador do museu Van Gogh e um dos responsáveis pela autentificação de obras, citado pela edição online do “El Pais”, explica que o quadro suscitou sempre várias dúvidas, além das criadas pela reputação do seu proprietário. “Trata-se de um tema duvidoso escolhido por Van Gogh. Tem figuras muito grandes e coloridas, pouco frequentes no seu trabalho”. Mas após análises mais alargadas, Louis van Tilborgh e a sua equipa concluíram que se tratava de um Van Gogh autêntico através de marcas que o pintor fazia para se orientar na perspectiva e de pigmentos usados na época em cores como o roxo e o verde.
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Em “Le Blute Fin”, o Museu Van Gogh reconhece que se trata de um tema “raro” retratado pelo pintor “mas que se encaixa no que fazia em 1886”, data da pintura.
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Dirk Hannema não vai assistir à sua “vitória” no próximo dia 4 de Julho, data a partir da qual dia o novo quadro descoberto de Van Gogh irá estar em exposição no museu. A instituição recusa-se a avançar um valor monetário para a obra, que diz ser “incalculável”.
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