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geografismos
21 de Fevereiro de 2010
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A mais grave tempestade nos últimos 100 anos no arquipélago da Madeira provocou inundações e diversos de vertentes (movimentos de massa).
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As imagens reportam a situação mais grave em Ribeira Brava, Madeira, havendo a lamentar, ao momento, mais de 40 vítimas mortais
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A velocidade, energia e massas mobilizadas são causa de inevitável destruição. A protecção civil tem de ter planos muitos especificos e adequados.
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São identificadas algumas componentes das catástrofes naturais: inundações, movimentos de vertentes do tipo mudflows (fluxos de lama) e possivelmente lahars.
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AS CHEIAS E INUNDAÇÕES:
A cheia é uma situação natural de transbordamento de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, mares e oceanos provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas.
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Quando este transbordamento ocorre em regiões sem ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo gerar danos jà graves quando o transbordamento ocorre em áreas habitadas. Os danos podem ser pequenos, médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do leito normal e de acordo com a densidade populacional.
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Existe uma distinção entre os termos cheia e inundação: a distinção mais simples informa que a cheia refere-se a uma ocorrência natural (normalmente não afecta diretamente a população) enquanto as inundações são decorrentes de modificações no uso do solo e podem provocar danos de grandes proporções.
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OS MUDFLOWS:
Os fluxos de lama são fluxos aquosos que diferem de outros movimentos de massa por a percentagem de materiais grosseiros ser relativamente pequena. A percentagem de materiais finos (siltes e argilas) corresponde, em geral, a mais de 50%. Podem ocorrer em quase todos os tipos de vertentes.
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São induzidos, frequentemente, por períodos de elevada pluviosidade, podendo desenvolver-se todos os termos de transição entre cheia constituída quase apenas por água da escorrência superficial e fluxos de elevada densidade em que a quantidade de matéria em suspensão é muito grande.
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Normalmente são muito fluidos e, por isso, deslocam-se através da rede de drenagem pré-existente. Podem, assim, atingir grandes distâncias, mesmo deslocando-se em vales com inclinação suave.
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São frequentemente induzidos por elevadas precipitações ou por erupções vulcânicas que provocam a fusão das neves. Os fluxos de lama vulcânica são designados por "lahar" e podem ser bastante quentes se resultam de erupções com emissão de grandes quantidades de "tephra".
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OS LAHARS:
(nota: nas imagens deste filme a existência de lahars é discutível; mas será um ponto a esclarecer)
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Embora os lahars sejam muito frequentes quando ocorrem erupções vulcânicas, podem desenvolver-se mesmo em períodos de inactividade do vulcão, em encostas cobertas por piroclástos e tornadas instáveis devido, por exemplo, a precipitações intensas. Devido à saturação em água das camadas superficiais, os sedimentos vulcânicos podem entrar em liquefacção, constituindo-se um fluido viscoso e de muito alta densidade, deslocando-se este fluxo através do percurso de menor energia potencial, pelo que o seu curso é ditado pela topografia, em geral seguindo os vales dos cursos de água.
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Os lahars iniciam-se frequentemente por grandes deslizamentos com saturação por água; erosão de depósitos vulcânicos devido a escorrência induzida por forte pluviosidade; fusão rápida de gelo e neve depositada na parte superior de uma elevação vulcânica; libertação súbita de água de glaciares ou lagos vulcânicos (devido a erupções e/ou modificações topográficas rápidas).
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Os lahars podem ter dimensões muito variadas. Por vezes são muito pequenos, tendo apenas centímetros de largura e espessura, deslocando-se a velocidades inferiores a 1m/s, como os que ocorrem em vertentes não vegetadas durante chuvas intensas. No entanto, por vezes, podem ter centenas de metros de largura e dezenas de metros de espessura, fluindo a velocidades de dezenas de metros por segundo, chegando a atingir zonas a mais de 100 km da origem.
As imagens reportam a situação mais grave em Ribeira Brava, Madeira, havendo a lamentar, ao momento, mais de 40 vítimas mortais
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A velocidade, energia e massas mobilizadas são causa de inevitável destruição. A protecção civil tem de ter planos muitos especificos e adequados.
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São identificadas algumas componentes das catástrofes naturais: inundações, movimentos de vertentes do tipo mudflows (fluxos de lama) e possivelmente lahars.
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AS CHEIAS E INUNDAÇÕES:
A cheia é uma situação natural de transbordamento de água do seu leito natural, qual seja, córregos, arroios, lagos, rios, mares e oceanos provocadas geralmente por chuvas intensas e contínuas.
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Quando este transbordamento ocorre em regiões sem ocupação humana, a própria natureza pode se encarregar de absorver os excessos de água gradativamente, gerando poucos danos ao ecossistema, mas podendo gerar danos jà graves quando o transbordamento ocorre em áreas habitadas. Os danos podem ser pequenos, médios, grandes ou muito grandes, de acordo com o volume de águas que saíram do leito normal e de acordo com a densidade populacional.
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Existe uma distinção entre os termos cheia e inundação: a distinção mais simples informa que a cheia refere-se a uma ocorrência natural (normalmente não afecta diretamente a população) enquanto as inundações são decorrentes de modificações no uso do solo e podem provocar danos de grandes proporções.
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OS MUDFLOWS:
Os fluxos de lama são fluxos aquosos que diferem de outros movimentos de massa por a percentagem de materiais grosseiros ser relativamente pequena. A percentagem de materiais finos (siltes e argilas) corresponde, em geral, a mais de 50%. Podem ocorrer em quase todos os tipos de vertentes.
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São induzidos, frequentemente, por períodos de elevada pluviosidade, podendo desenvolver-se todos os termos de transição entre cheia constituída quase apenas por água da escorrência superficial e fluxos de elevada densidade em que a quantidade de matéria em suspensão é muito grande.
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Normalmente são muito fluidos e, por isso, deslocam-se através da rede de drenagem pré-existente. Podem, assim, atingir grandes distâncias, mesmo deslocando-se em vales com inclinação suave.
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São frequentemente induzidos por elevadas precipitações ou por erupções vulcânicas que provocam a fusão das neves. Os fluxos de lama vulcânica são designados por "lahar" e podem ser bastante quentes se resultam de erupções com emissão de grandes quantidades de "tephra".
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OS LAHARS:
(nota: nas imagens deste filme a existência de lahars é discutível; mas será um ponto a esclarecer)
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Embora os lahars sejam muito frequentes quando ocorrem erupções vulcânicas, podem desenvolver-se mesmo em períodos de inactividade do vulcão, em encostas cobertas por piroclástos e tornadas instáveis devido, por exemplo, a precipitações intensas. Devido à saturação em água das camadas superficiais, os sedimentos vulcânicos podem entrar em liquefacção, constituindo-se um fluido viscoso e de muito alta densidade, deslocando-se este fluxo através do percurso de menor energia potencial, pelo que o seu curso é ditado pela topografia, em geral seguindo os vales dos cursos de água.
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Os lahars iniciam-se frequentemente por grandes deslizamentos com saturação por água; erosão de depósitos vulcânicos devido a escorrência induzida por forte pluviosidade; fusão rápida de gelo e neve depositada na parte superior de uma elevação vulcânica; libertação súbita de água de glaciares ou lagos vulcânicos (devido a erupções e/ou modificações topográficas rápidas).
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Os lahars podem ter dimensões muito variadas. Por vezes são muito pequenos, tendo apenas centímetros de largura e espessura, deslocando-se a velocidades inferiores a 1m/s, como os que ocorrem em vertentes não vegetadas durante chuvas intensas. No entanto, por vezes, podem ter centenas de metros de largura e dezenas de metros de espessura, fluindo a velocidades de dezenas de metros por segundo, chegando a atingir zonas a mais de 100 km da origem.
FONTES:
DIAS, J.M Alveirinho.Tipos de Movimentações de Massa: http://w3.ualg.pt/~jdias/GEOLAMB/GA4_...
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