Arte de Klimt inspira projecto que junta museu e clube de sexo para desinibir visitantes 
Público - 25.02.2010 - 17:31 Por Ana Dias Cordeiro
O cartaz mostra parte do corpo de uma mulher que despeja vinho num copo, único elemento que a veste. Nas letras gordas que sobressaem a vermelho e laranja, sobre um fundo a preto e branco, adivinha-se um convite, em alemão. É de um clube de sexo da Áustria, Element6, que se instalou temporariamente na cave do Museu de Arte Contemporânea Secession de Viena, onde está O Friso de Beethoven (Beethoven Frieze), o grande mural de Gustav Klimt.
O projecto pode ser experimentado no Museu Secession (DR)
Tal convite nada teria a ver com o pintor austríaco, não fosse a proposta do artista suíço Christoph Buechel. A ideia do seu projecto, inaugurado no fim-de-semana passado, foi reeditar o frisson gerado em 1902, por esse grande mural que Klimt pintou para a exposição em homenagem ao compositor Ludwig van Beethoven (o movimento Secession, de que Klimt fez parte, estava em busca da criação artística completa que juntasse pintura, escultura e música e a música de Beethoven, diziam, a isso se prestava).
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Na altura, o escândalo ultrapassou as fronteiras da Áustria. A peça foi considerada pornográfica e obscena na sua forma de retratar o corpo feminino. Agora, o que se quer, é encorajar os visitantes a testar limites e inibições sexuais. E para tal, Buechel juntou a arte e o clube que oferece opções de sexo em grupo ou de troca de casais (“swingers”).
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De dia, o museu abre as portas aos visitantes, como sempre fez, com a única diferença de que por estes dias (e até 18 de Abril) os que quiserem, e tiverem mais de 18 anos, podem atravessar as salas em tons escarlate onde o clube Element6 instalou cadeirões, sofás e cortinas de veludo. São grandes espaços ou pequenas antecâmaras para aqueles que, só à noite, participam nas sessões de sexo no âmbito deste projecto.
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Com ele, “cada pessoa pode testar por si própria se isto abre novos horizontes para a sua sexualidade”, defendem os responsáveis do clube, em reposta a reacções negativas, por exemplo, do Partido Liberdade, da extrema-direita austríaca. “Sexo em grupo no [Museu] Secession? Terá a nossa sociedade enlouquecido”, reagiu o partido.
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“O objectivo de um artista é a provocação e vocês estão a corresponder a isso”, disse o presidente da câmara de Viena Michael Haeupl, dirigindo-se à imprensa e aos políticos que têm mencionado o assunto, sugerindo que de tanto falarem sobre ele dão razão aos artistas que defenderam o projecto com o objectivo de fomentar o debate.
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A obra continua a poder ser vista no Museu Secession.
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Na altura, o escândalo ultrapassou as fronteiras da Áustria. A peça foi considerada pornográfica e obscena na sua forma de retratar o corpo feminino. Agora, o que se quer, é encorajar os visitantes a testar limites e inibições sexuais. E para tal, Buechel juntou a arte e o clube que oferece opções de sexo em grupo ou de troca de casais (“swingers”).
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De dia, o museu abre as portas aos visitantes, como sempre fez, com a única diferença de que por estes dias (e até 18 de Abril) os que quiserem, e tiverem mais de 18 anos, podem atravessar as salas em tons escarlate onde o clube Element6 instalou cadeirões, sofás e cortinas de veludo. São grandes espaços ou pequenas antecâmaras para aqueles que, só à noite, participam nas sessões de sexo no âmbito deste projecto.
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Com ele, “cada pessoa pode testar por si própria se isto abre novos horizontes para a sua sexualidade”, defendem os responsáveis do clube, em reposta a reacções negativas, por exemplo, do Partido Liberdade, da extrema-direita austríaca. “Sexo em grupo no [Museu] Secession? Terá a nossa sociedade enlouquecido”, reagiu o partido.
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“O objectivo de um artista é a provocação e vocês estão a corresponder a isso”, disse o presidente da câmara de Viena Michael Haeupl, dirigindo-se à imprensa e aos políticos que têm mencionado o assunto, sugerindo que de tanto falarem sobre ele dão razão aos artistas que defenderam o projecto com o objectivo de fomentar o debate.
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A obra continua a poder ser vista no Museu Secession.
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