Electromiografia |
A electromiografia (EMG) é um exame médico electrofisiológico para determinação de doenças das células motoras periféricas, como sucede na Esclerose Lateral Amiotrófica, (doença que afecta o conhecido físico Stephen Hawkings), das raízes nervosas (radiculopatias, como a conhecida “ciática”), dos plexos nervosos (como pode suceder aos recém-nascidos no parto, ou frequentemente nos acidentes com veículos de duas rodas), dos troncos nervosos periféricos (tal como no Síndroma do túnel cárpico, que caracteriza-se pelo típico “adormecimento” das mãos durante a noite, ou nas neuropatia periférica, muito prevalecente na diabetes e noutras condições), nas perturbações da transmissão neuro-muscular (como a miastenia gravis), e nas doenças dos músculos (quer hereditárias, quer adquiridas).
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Em resumo a electromiografia (EMG) é o exame que identifica as doenças neuro-musculares, dando informação sobre as características funcionais das raízes, plexos nervosos, nervos periféricos, placa neuromuscular e músculo.
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Perguntas Frequentes sobre a Electromiografia | . | . |
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1.QUEM O FAZ ?O exame é praticado por neurofisiologistas, neurologistas, ou mais raramente fisiatras, que só após um treino especial que consiste numa subespecialização reconhecida pela Ordem dos Médicos, poderão examinar os doentes.
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A electromiografia é um exame difícil e, no qual, os valores encontrados durante a sua execução devem ser interpretados face à situação clínica do doente, pelo qual é importante que o médico que o realiza tenha particular treino clínico em doenças neuro-musculares.
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2. EM QUE CONSISTE ? É DOLOROSO ? O exame consiste na estimulação eléctrica dos nervos periféricos, com estímulos de pequenas intensidade e curta duração, quase sempre bem tolerados por adultos e mesmo crianças. Utilizam-se geralmente Eléctrodos superficiais para estimulação e registo das respostas nos músculos ou ao longo dos nervos.
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Por vezes é necessário introduzir uma pequena agulha nos músculos, pedindo ao doente um certo grau de contracção. É possível assim, avaliar as suas características eléctricas. A utilização de agulhas é indispensável em algumas situações, mas é quase sempre bem tolerada pelos doentes.
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É frequente os doentes serem assustados por outros doentes à cerca deste exame. Na nossa experiência de mais de 30 000 exames apenas um doente recusou a sua execução, o que comprova que com simpatia e compreensão o exame é efectuado sem problemas.
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É frequente os doentes serem assustados por outros doentes à cerca deste exame. Na nossa experiência de mais de 30 000 exames apenas um doente recusou a sua execução, o que comprova que com simpatia e compreensão o exame é efectuado sem problemas.
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3. QUAL A SUA DURAÇÃO? A sua duração é muito variável consoante o diagnóstico a esclarecer. Pode ser tão rápido como 15 minutos, ou durar mais de 1 hora. No entanto a duração é de 30 minutos.
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4. QUE RISCOS TEM O EXAME ? Haverá o risco de um pequeno hematoma, transitório. O exame pode ser efectuado com agulhas descartáveis (que é a opção por nós tomada), ou com agulhas autoclaváveis. Os exames de potencial de fibra única, do que falaremos a seguir, é realizado com uma agulha especial, autoclavável, por não existir agulha descartável com aquelas características. Com os devidos cuidados o risco de infecção é nulo.
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5. QUE PREPARAÇÃO REQUER ? O exame não requer preparação. É importante evitar cremes sobre a pele para facilitar os estudos de condução eléctrica dos nervos.
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6. O QUE É O POTENCIAL DE FIBRA OU POTENCIAL DE FIBRA ÚNICA?
É uma variante do EMG, quase sempre utilizado nos casos de suspeita de miastenia gravis . Exige um treino especial, motivo pelo qual são poucos os electromiografistas que fazem este exame. É mais demorado e doloroso que a simples electromiografia, mas só é pedido em casos especiais.
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7. SE EU NÃO QUISER FAZER ESTE EXAME HAVERÁ OUTRO QUE O SUBSTITUA ? O tipo de informação obtida pela electromiografia não é passível de ser extraída a partir de outro exame, quer de imagem, quer analítico. O EMG avalia a função do nervo, do músculo, ou ainda da transmissão entre ambos. Este estudo funcional apenas pode ser obtido por esse exame. Naturalmente o EMG é, como os outros exames, um complemento do exame clínico.
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http://www.neuroclin.pt/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
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ELECTROMIOGRAFIA (EMG)
Electromiografia é literalmente o escrever (registar) a actividade eléctrica muscular. Quando utilizamos a palavra electromiografia em sentido lato queremos referirmo-nos ao estudo da actividade eléctrica dos músculos e nervos. Quando os músculos estão activos produzem uma corrente eléctrica significativa. Esta corrente é geralmente proporcional ao nível de actividade muscular.
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Uma EMG pode ser útil na detecção de actividade eléctrica muscular anormal, o que pode ocorrer em muitas patologias e condições, sejam elas com sede primariamente no músculo ou secundárias a lesões dos respectivos nervos tributários.
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Que outro(s) teste(s) são executados durante uma EMG?
.O estudo das velocidades de condução nervosa constitui um procedimento realizado frequentemente numa electromiografia. Neste teste, o nervo é estimulado electricamente e a resposta é registada através de eléctrodos de registo, numa estrutura-alvo (por exemplo um músculo no caso de determinações da velocidade de condução motora - VCM, ou terminações periféricas sensitivas do nervo no caso de velocidade de condução sensitiva - VCS). O tempo decorrido entre o estimulo e a resposta denomina-se latência. A diferença de latência entre respostas correspondentes a estímulos em diferentes locais do tronco nervoso permite, ao funcionar como divisa da distância entre os dois pontos, calcular a velocidade de condução do nervo nesse segmento (expressa em m/s). Uma diminuição substancial nesta velocidade pode corresponder a patologia nervosa. As velocidades de condução podem ser usadas para detectar lesões nervosas periféricas (como por exemplo uma polineuropatia, ou compromissos localizados de troncos nervosos periféricos). A temperatura corporal deve ser mantida constante e a um nível adequado, uma vez que temperaturas baixas podem diminuir a condução nervosa.
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