Maria Bethânia em Mafra, no Cool Jazz Fest de 2005
Nuno Ferreira Santos
Nuno Ferreira Santos
De dois discos editados em 2009, Maria Bethânia fez um espectáculo dedicado à sua mãe: Amor, Festa, Devoção; Portugal vai vê-lo hoje
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A primeira ideia de Maria Bethânia foi fazer um disco de canções inéditas e canções de amor. Isso foi em 2008, mas quando ela foi para estúdio, já em 2009, o projecto mudou. "Recebi um material vasto, muito bom, mas também fora desse tema do amor. Como não cabia tudo nesse disco, fiz um segundo. Foi irresistível." Assim nasceram Tua e Encantería. "Um complementa o outro, de algum modo", diz Bethânia. Mas depois, quando quis transformá-los num espectáculo, fixou-se em Dona Canô, sua mãe, que já tem 102 anos. "Esse trabalho é dedicado a ela, são ensinamentos dela para mim, para todos nós. Então foi isso que deu impulso a que eu criasse, com Fauzy Arap [seu fiel parceiro nos palcos], o roteiro para o show." Chamou-lhe Amor, Festa, Devoção e, para lá de muitas canções dos dois discos, juntou-lhe várias outras, sobretudo do irmão, Caetano Veloso. Como Queixa, Não identificado ou Drama: "São canções muito fortes, que representam muita coisa para o Brasil. E dão o entendimento necessário à dramaturgia do roteiro. Além disso, Caetano está mais presente aqui do que qualquer outro compositor por ser uma homenagem à minha mãe."
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A primeira ideia de Maria Bethânia foi fazer um disco de canções inéditas e canções de amor. Isso foi em 2008, mas quando ela foi para estúdio, já em 2009, o projecto mudou. "Recebi um material vasto, muito bom, mas também fora desse tema do amor. Como não cabia tudo nesse disco, fiz um segundo. Foi irresistível." Assim nasceram Tua e Encantería. "Um complementa o outro, de algum modo", diz Bethânia. Mas depois, quando quis transformá-los num espectáculo, fixou-se em Dona Canô, sua mãe, que já tem 102 anos. "Esse trabalho é dedicado a ela, são ensinamentos dela para mim, para todos nós. Então foi isso que deu impulso a que eu criasse, com Fauzy Arap [seu fiel parceiro nos palcos], o roteiro para o show." Chamou-lhe Amor, Festa, Devoção e, para lá de muitas canções dos dois discos, juntou-lhe várias outras, sobretudo do irmão, Caetano Veloso. Como Queixa, Não identificado ou Drama: "São canções muito fortes, que representam muita coisa para o Brasil. E dão o entendimento necessário à dramaturgia do roteiro. Além disso, Caetano está mais presente aqui do que qualquer outro compositor por ser uma homenagem à minha mãe."
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Num total de 37 canções e pequenos textos (dois são dela, Dona Canô e Brasil caboclo), roteiro que em Portugal terá algumas alterações, Bethânia inclui ainda uma canção de Pedro Abrunhosa, Balada de Gisberta. "Foi um convite para participação de cantores e compositores brasileiros num trabalho dele chamado Sombra e Luz, 15 canções da sombra, 15 da luz." Ele convidou Bethânia para o lado "sombra" eenviou-lhe as canções para que escolhesse. "Escolhi essa, uma belíssima balada, muito bem composta, que reúne todo o lado erudito e hip-hop do Abrunhosa. E tem uma dramaticidade que, hoje, só encontro em poucas canções do cancioneiro português."
Estreado no Rio de Janeiro a 23 Outubro 2009, o espectáculo foi muito bem recebido. "Surpreendeu-me muito, porque eu acho um show bem simples, singelo, sem grandes cenografias, muito sóbrio. Mas teve uma aceitação tão ampla que há algum tempo eu não via um espectáculo recebido assim, de maneira tão apaixonada. Críticos do Brasil inteiro consideram este espectáculo um dos melhores dos meus 45 anos de carreira. O concerto de hoje em Cascais, no âmbito do Cool Jazz Fest (a cantora dará outro, no Coliseu do Porto, dia 24 às 22h00), terá na primeira parte Celso Fonseca, que há dois anos deu dois notáveis concertos em Lisboa e Porto. "Não tenho intimidade com ele", diz Bethânia, "mas é um artista respeitadíssimo, um compositor muito querido, muito considerado.
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E faz um espectáculo muito mais ligado ao jazz do que eu." Aos 64 anos, Maria Bethânia mantém a voz jovial e clara, mas não tem segredos para isso. "Não faço grandes coisas. Nos meus 17 anos tive a sorte de conhecer a professora Clarice, uma professora de voz consideradíssima. No dia da minha estreia no show Opinião ela estava presente. No fim, chamou-me, e sem dizer quem era disse: "Meu amor, não deixe jamais alguém tocar na sua voz. Aprenda a respirar, mais nada."" E foi o que Maria Bethânia fez, sem aulas de canto ou de colocação de voz. Ainda hoje respira cantando.
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Amor, Festa, Devoção
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travesti24 | 27 de outubro de 2009
Saudade dela / Ê senhora / Batatinha roxa / Mão do amor
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Este vídeo foi editado por uma amiga queridíssima, que como eu, apaixonou-se por esta canção. Jujubaaaaaaaaaaaaaaa, muito e muito obrigado. -"Balada de Gisberta" com legenda
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