Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 12 de março de 2010

Marvão - Vila histórica alentejana


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MJorge7

.reportagem sobre 3D Marvão no jornal da SIC 
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movie about Marvão Portuguese fortress since the Middle age   
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Marvão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Marvão
Brasão de Marvão Bandeira de Marvão
Brasão Bandeira
Marvão 27.jpg
Vista de Marvão.
Localização de 
Marvão
Gentílico Marvanense
Área 154,85 km²
População 3 739 hab. (2004)
Densidade populacional Não disponível
N.º de freguesias 4
Fundação do município
(ou foral)
1226
Região Alentejo
Sub-região Alto Alentejo
Distrito Portalegre
Antiga província Alto Alentejo
Orago Nossa Senhora da Estrela
Feriado municipal 8 de Setembro
Código postal 7330
Endereço dos
Paços do Concelho
Não disponível
Sítio oficial CM Marvão
Endereço de
correio electrónico
Não disponível
Municípios de Portugal Flag of Portugal.svg
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A Mui Nobre e Sempre Leal Vila de Marvão localiza-se no Distrito de Portalegre, região Alentejo e subregião do Alto Alentejo, com cerca de 645 habitantes.
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Situa-se no topo da Serra do Sapoio, a uma altitude de 860 metros.
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É sede de um município com 154,85 km² de área e 3 739 habitantes (2004), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte e leste pela Espanha, a sul e oeste pelo município de Portalegre e a noroeste por Castelo de Vide.
População do concelho de Marvão (1801 – 2004)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
4.048 3.780 5.994 7.116 7.478 5.418 4.419 4.029 3.739
As freguesias de Marvão são as seguintes:

História

Marvão deve o seu nome a Ibn Marwan al-Yil'liqui «O Galego» (morto c. 889), líder de um movimento sufista no Al-Andaluz, que pegou em armas contra os emires de Córdova e criou uma espécie de reino independente sediado em Badajoz até à instauração do califado de Córdova em 931.
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Muralha de Marvão

Vista panorâmica desde La Fontañera

Vista panorâmica desde a Portagem

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Concelhos do Distrito de Portalegre
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Castelo de Marvão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Castelo de Marvao.jpg
Castelo de Marvão, Portugal.
Mapa de Portugal - Distritos plain.png
Construção D. Dinis (1299)
Estilo Gótico
Conservação Bom
Homologação
(IPPAR)
MN
Aberto ao público Sim
Site DGEMN, nº IPA 1210020001
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O Castelo de Marvão, no Alentejo, localiza-se na vila e Freguesia de Santa Maria de Marvão, Concelho de Marvão, Distrito de Portalegre, em Portugal.
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O castelo inscreve-se hoje no Parque Natural da Serra de São Mamede, onde se ergue na vertente norte da serra, em posição dominante sobre a vila e estratégica sobre a linha da fronteira, controlando, no passado, a passagem do rio Sever, afluente do rio Tejo. Esse fato garantiu-lhe a atenção de diversos monarcas, expressa em diversas campanhas de remodelação, que deram ao monumento o seu aspecto atual.

Índice

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História

Antecedentes

Pouco se sabe quanto à primitiva ocupação humana de seu sítio, possivelmente um castro pré-histórico. À época da Invasão romana da Península Ibérica, alguns autores defendem ser esta a povoação romanizada que os Lusitanos denominavam como Medobriga, que, objeto de disputa entre as forças de Pompeu e de Júlio César, foi conquistada por tropas deste último sob o comando do propretor Caio Longino, em meados do século I. O interesse pela povoação derivava principalmente por ser vizinha à estrada romana que ligava Cáceres a Santarém, na altura da ponte que cruzava o rio Sever (Ponte da Portagem).
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Embora não hajam maiores informações acerca do período das invasões de Suevos, Visigodos e Muçulmanos, entre 876 e 877 aí se instalou Ibn Marwan, sendo o local conhecido já no século X como Amaia de Ibn Marwan ou Fortaleza de Amaia.

O castelo medieval


Castelo de Marvão, Portugal.
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No contexto da conquista de Alcácer do Sal, D. Afonso Henriques (1112-1185) terá tomado a povoação aos mouros entre 1160 e 1166. Quando da demarcação do termo de Castelo Branco (1214), Marvão já se incluía em terras portuguesas. D. Sancho II (1223-1248) concedeu-lhe Carta de Foral (1226), visando manter esta sentinela avançada do território povoada e defendida diante das repetidas incursões oriundas de Castela à época.
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D. Afonso III (1248-1279) doou os domínios de Marvão aos cavaleiros da Ordem de Malta (1271), posteriormente outorgados a seu filho, Afonso Sanches, juntamente com os senhorios de Arronches, Castelo de Vide e Portalegre. Por esta razão, ao se iniciar o reinado de D. Dinis (1279-1325), a vila e o seu castelo viram-se envolvidos na disputa entre o soberano e o infante D. Afonso, vindo a ser conquistados pelas forças do soberano em 1299. No encerramento da questão, os domínios de Marvão, Portalegre e Arronches foram trocados pelos de Sintra e de Ourém, permanecendo os primeiros na posse do soberano. Este confirmou a Marvão o foral de 1226 e empreendeu-lhe obras de ampliação e reforço das defesas, destacando-se a construção da torre de menagem, iniciada no ano de 1300.
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No reinado de D. Fernando (1367-1383), foi estabelecido em Marvão o couto de homiziados (1378). Após o seu falecimento, ao eclodir a crise de 1383-1385, a vila e seu castelo posicionaram-se pelo partido do Mestre de Avis. O novo soberano e os seus sucessores concederam diversos privilégios à vila (1407, 1436 e 1497) com o mesmo fim de incrementar o seu povoamento e defesa. Nessa fase, foram procedidos também reforços nas muralhas, o que é constatado pela presença de cubelos datando dos séculos XV e XVI.

Da Guerra da Restauração aos nossos dias


Castelo de Marvão, Portugal.
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Quando da Restauração da independência portuguesa, no contexto da guerra que se seguiu, as defesas de Marvão foram remodeladas, adaptadas aos avanços da artilharia da época. A primeira fase dessas obras desenvolveu-se entre 1640 e 1662 quando o abade D. João Dama empreendeu a reconstrução de um troço da muralha e barbacãs que se encontravam em ruínas, providenciou reparo nas portas do castelo e outros consertos necessários à conservação e defesa da vila. Ainda em obras, sofreu assalto por forças espanholas (1641 e 1648), batendo-se ativamente com a praça vizinha de Valencia de Alcántara, até à conquista desta pelas forças de D. António Luís de Meneses (1644. Um relato de Nicolau de Langres, à época, informa que a guarnição de infantaria e de cavalaria portuguesa nesta fortificação eram oriundos de Castelo de Vide, contando Marvão com cerca de 400 habitantes.
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Ao se iniciar o século XVIII, a fortaleza de Marvão foi conquistada pelo exército espanhol (1704), para ser retomada em seguida pelas tropas portuguesas sob o comando do conde de São João (1705). Um novo assalto espanhol à vila se repetiria décadas mais tarde, em 1772.
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No século XIX, abrindo-se a Guerra Peninsular, foi ocupada por tropas francesas, libertando-se em 1808. Posteriormente, quando das Guerras Liberais, no episódio conhecido como Guerra da Patuleia, foi ocupada pelas forças liberais (12 de Dezembro de 1833), vindo a sofrer o assédio das tropas miguelistas no ano seguinte (1834).
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O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional, por Decreto publicado em 4 de Julho de 1922. A intervenção do poder público, por iniciativa da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), iniciou-se em 1938, na forma de reparações, renovações, reconstruções, desinfestações, limpeza e pintura, repetindo-se até aos nossos dias. Desde então, com o apoio da Liga dos Amigos do Castelo de Marvão e da Câmara Municipal, este patrimônio vem sendo mantido em bom estado de conservação. Ao visitante são oferecidas visitas guiadas ao núcleo arqueológico de armaria nas dependências do castelo.

Características

O Castelo de Marvão ergue-se sobre uma crista quartzítica, na cota de 850 metros acima do nível do mar, encerrando em seus muros a vila medieval. Os seus muros, reforçados por torres, distribuem-se em linhas defensivas concêntricas:
  • a linha interna, reforçada por duas torres e um cubelo, dominada pela Torre de Menagem, de planta quadrada, que lhe é adossada;
  • a linha intermediária, coroada por ameias e reforçada por torres maciças;
  • a linha externa, constituída pela barbacã, de onde parte a cerca da que envolve o monte e compreende a vila. A adaptação dessa defesa no final do século XVII, converteu o castelo na cidadela da fortaleza abaluartada, com canhoneiras nos eirados, permitindo o tiro rasante.

A lenda de Nossa Senhora da Estrela


Castelo de Marvão, Portugal: vista da Igreja no topo da povoação intramuros.
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Nos idos do século VIII, sem conseguir resistir ao avanço dos muçulmanos na região, os habitantes de Marvão abandonaram as suas terras para buscar refúgio nas montanhas das Astúrias, onde se mantinha viva a resistência cristã. Antes de partir, porém, trataram de esconder as imagens sagradas. À época da Reconquista, passados mais de quatro séculos, afirma-se que em uma noite, um pastor guiado por uma estrela, dirigiu-se a um monte onde encontrou, entre as rochas, uma imagem de Nossa Senhora. Em sinal de devoção, foi erguido nesse local um convento franciscano (Convento de Nossa Senhora da Estrela), tendo a Senhora se tornado protetora do castelo. Com relação a essa devoção em particular, conta-se ainda que, uma noite em que forças castelhanas, conduzidas por dois traidores, se aproximavam sorrateiramente do castelo para o assaltar, ouviu-se na escuridão uma voz feminina que bradava Às armas!. Enquanto os sentinelas avisavam a guarnição para se pôr a postos, puderam ser vistos os castelhanos em fuga descendo a encosta, assustados.

Curiosidades

  • Inscrito em região de grande diversidade natural, onde se encontra uma grande variedade de espécies raras e ameaçadas, o castelo foi conhecido como Ninho de Águias, devido a essa espécie que outrora nidificava no seu topo.
  • À época da Inquisição, assim como Castelo de Vide, Marvão foi utilizada como um lugar de refúgio pelos judeus espanhóis, os chamados sefarditas.

Ligações externas


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