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Fado extraído do filme "A Severa" de Leitão de Barros
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A Severa Lyrics
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Num beco da mouraria,
Onde a alegria
Do sol não vem
Morreu maria severa
Sabem quem era
Talvez ninguém
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Uma voz sentida e quente
Que hoje à terra disse adeus
Voz sentida, mas ardente
Mas que vive eternamente
Dentro em nós e junto a deus
Além nos céus
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Bem longe o luar
No azul tem mais luz
Eu vejo-a rezar
Aos pés de uma cruz
Guitarras trinai
Viradas ao céu
Fadistas chorai
Porque ela morreu
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Caía a noite na viela
Quando o olhar dela
Deixou de olhar
Partiu p’ra sempre, vencida
Cantando a vida
Que a fez chorar
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Deixa um filho idolatrado
Que outro afeto igual não tem
Chama-se ele o triste fado
Que vai ser desse enjeitado?
Se perdeu o maior bem:
O amor de mãe
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Bem longe o luar
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A Severa
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Severa | |
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Informação geral | |
Nome completo | Maria Severa |
Data de nascimento | 1820 |
Origem | Lisboa |
País | Portugal |
Data de morte | 30 de Novembro de 1846 |
Gêneros | fado |
Instrumentos | voz |
Maria Severa (Lisboa, 1820 — Lisboa, 30 de Novembro de 1846) foi uma cantora portuguesa de fado, considerada a mítica fundadora do fado, caracterizada pelos seus fados lisboetas.
Biografia
A Severa nasceu em Lisboa, no Bairro da Mouraria, em 1820. Era filha de Severo Manuel e Ana Gertrudes. A sua mãe era proprietária de uma taberna e tinha por alcunha "A Barbuda", devido à barba que tinha na cara. A Severa era uma prostituta alta e graciosa, que cantava o fado (especialmente numa taberna da Rua do Capelão). Teve vários amantes conhecidos, entre eles o Conde de Vimioso (Dom Francisco de Paula Portugal e Castro) que, segundo a lenda, era enfeitiçado pela forma como cantava e tocava guitarra, levando-a frequentemente à tourada. Ainda segundo a lenda, teria morrido devido a uma indigestão de borrachos.
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Morreu de tuberculose a 30 de Novembro de 1846 na rua do Capelão, na Mouraria, em Lisboa, tendo sido sepultado no cemitério do Alto de S. João numa vala comum.
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A sua fama ficou a dever-se em grande parte a Júlio Dantas cuja novela "A Severa" viria a originar uma peça levada à cena em 1901, bem como ao primeiro filme sonoro português realizado por Leitão de Barros em 1931.
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