02.07.2010 - 15:07 Por PÚBLICO
Lonnie Thompson e a sua equipa montaram acampamento no cimo da montanha Punjak Jaya e lá ficaram 13 dias para documentar os efeitos do aquecimento global no último glaciar do Pacífico. Depois do que viu, o glaciólogo que já liderou 57 expedições semelhantes em 16 países diz que o Punjak Jaya “está a morrer”, só lhe restando cinco anos.
O estudo será útil para compreender melhor as alterações climáticas actualmente em curso
(Enrique Marcarian/Reuters (arquivo))
Segundo contou o investigador de 62 anos ao “Washington Post”, até o gelo sobre o qual montou o seu acampamento estava a derreter. Além disso, todas as tardes chovia no glaciar com 4884 metros de altitude. Ao fim dos 13 dias de expedição, o gelo à volta do acampamento tinha perdido 30 centímetros.
De acordo com Lonnie Thompson, da Universidade do Estado de Ohio, o glaciar na montanha da Indonésia, Punjak Jaya – a mais alta entre os Andes e os Himalaias - está a perder sete metros por ano. Como a sua profundidade não excede os 32 metros, poderá desaparecer nos próximos quatro a cinco anos. Na verdade, desde 1936, a montanha perdeu 80 por cento do seu gelo; dois terços dos quais desde a última expedição científica no início dos anos 70.
“Trata-se do único glaciar situado no Pacífico, que é o oceano mais quente do planeta. Se ele derreter, a história (destes gelos) vai perder-se para sempre”, contou à agência noticiosa AFP em Jacarta, no final da sua expedição. Thompson sublinha que, por causa da sua localização, o Punjak Jaya poderá dar pistas sobre os padrões climáticos regionais e sobre o que pode acontecer a milhões de pessoas na Ásia. É esta zona que gera o fenómeno El Niño e que influencia o clima desde as monções na Índia até às secas na Amazónia.
“Só espero que não tenhamos chegado demasiado tarde”, disse o investigador. Thompson e a sua equipa vão levar para a Universidade de Ohio amostras de blocos de gelo. “Penso que chegámos mesmo a tempo de salvar um bocadinho da história climática antes de estes glaciares desaparecerem”, comentou o oceanógrafo Dwi Susanto, da Universidade de Columbia. O estudo deste material, que deverá ser publicado em 2011, permitirá avaliar as flutuações das temperaturas no passado, que será útil para compreender melhor as alterações climáticas actualmente em curso.
Um pouco por todo o mundo glaciares como os do Alasca, Alpes e Andes estão a recuar. Agora, o Punjak Jaya entrou para esta lista, depois de anos de desconhecimento científico.
.De acordo com Lonnie Thompson, da Universidade do Estado de Ohio, o glaciar na montanha da Indonésia, Punjak Jaya – a mais alta entre os Andes e os Himalaias - está a perder sete metros por ano. Como a sua profundidade não excede os 32 metros, poderá desaparecer nos próximos quatro a cinco anos. Na verdade, desde 1936, a montanha perdeu 80 por cento do seu gelo; dois terços dos quais desde a última expedição científica no início dos anos 70.
“Trata-se do único glaciar situado no Pacífico, que é o oceano mais quente do planeta. Se ele derreter, a história (destes gelos) vai perder-se para sempre”, contou à agência noticiosa AFP em Jacarta, no final da sua expedição. Thompson sublinha que, por causa da sua localização, o Punjak Jaya poderá dar pistas sobre os padrões climáticos regionais e sobre o que pode acontecer a milhões de pessoas na Ásia. É esta zona que gera o fenómeno El Niño e que influencia o clima desde as monções na Índia até às secas na Amazónia.
“Só espero que não tenhamos chegado demasiado tarde”, disse o investigador. Thompson e a sua equipa vão levar para a Universidade de Ohio amostras de blocos de gelo. “Penso que chegámos mesmo a tempo de salvar um bocadinho da história climática antes de estes glaciares desaparecerem”, comentou o oceanógrafo Dwi Susanto, da Universidade de Columbia. O estudo deste material, que deverá ser publicado em 2011, permitirá avaliar as flutuações das temperaturas no passado, que será útil para compreender melhor as alterações climáticas actualmente em curso.
Um pouco por todo o mundo glaciares como os do Alasca, Alpes e Andes estão a recuar. Agora, o Punjak Jaya entrou para esta lista, depois de anos de desconhecimento científico.
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