Discurso de Lula da Silva (excerto)

___diegophc

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Jornal “Público” comemora hoje quinze anos (2005)



Jornal 
“Público” comemora hoje quinze anos

Jornal “Público” comemora hoje quinze anos

Manuel Carvalho, director adjunto do diário, fala do livro de estilo renovado e da história do jornal
,.
O “Público” avança hoje com uma nova edição do seu livro de estilo, o único publicado em Portugal. A edição deve-se a uma necessidade de manter um padrão, uma referência?
A última versão remontava a 1997, pelo que em oito anos mudou muita coisa no jornalismo, na sociedade, na relação com os leitores e com as fontes. Portanto achamos que tínhamos de modernizar esse código de conduta, que no fundo é o livro de estilo. Convidamos um dos nossos jornalistas com maior conhecimento no mundo dos media, António Granado, que estudou códigos de variadíssimos jornais internacionais. O resultado final é muito interessante, porque envolve um compromisso de uma maior exigência e responsabilidade.
.
O processo ultrapassou a reedição, tendo dominado a discussão interna. Como é que se processou essa discussão?
Definiram-se alguns conceitos básicos, formulando uma versão, que foi seguidamente distribuída por todos os editores dos jornais, que envolveram as suas equipas na discussão. Paralelamente, as principais alterações foram discutidas em Conselho de Redacção. O debate foi muito construtivo, houve algumas ideias iniciais que foram aperfeiçoadas ou alteradas ou pelo contributo dos jornalistas.
.
Vai também ser lançado um livro comemorativo dos quinze anos do jornal. Em que é que ele vai consistir?
O livro é basicamente de fotografias, uma espécie de quinze anos de Portugal em imagens. É uma iniciativa que só estará nas bancas a partir de Maio. Poderão também surgir outras iniciativas de natureza editorial que reflictam o percurso do país, que no fundo está profundamente ligado ao percurso do “Público”.
.
Como é que vê, à distância de quinze anos, a importância do nascimento do “Público”?
Foi sem dúvida um projecto de comunicação social inovador, nomeadamente a nível gráfico e de secções. Tratámos o internacional de maneira diferente, demos importância à educação, criámos uma secção de ciência autónoma. Nestes aspectos fomos inovadores. O “Público” nasce numa altura particularmente interessante da vida pública portuguesa, numa altura de modernização da economia e dos hábitos, na idade de ouro da integração europeia. O “Público” pretendia trazer para os media essa vaga de inovação.
.
O “Público” é categorizado como um jornal de referência, tendo atingido rapidamente esse estatuto. Sente que houve uma influência forte nas outras publicações?
O “Público” demorou dois ou três anos a afirmar-se, num quadro de competição muito apertado, mas acho que depois os leitores perceberam qual era a diferença. E depois disso acontecer, todos os outros jornais perceberam que também tinham de mudar para acompanhar o nosso nível de exigência. Introduzimos um nível de leitura muito mais complexo, muito mais sofisticado, que pretende dar aos leitores não apenas o conhecimento dos factos, mas também interpretações de contexto.
.
João Pedro Barros 
.
.
http://jpn.icicom.up.pt/2005/03/04/jornal_publico_comemora_hoje_quinze_anos.html

.

Sem comentários: