Discurso de Lula da Silva (excerto)

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sexta-feira, 29 de maio de 2009

Estatueta encontrada na Alemanha é indício de primeiro povo civilizado

Alemanha | 14.05.2009

Estatueta de figura feminina feita de marfim de mamute encontrada por arqueólogos da Universidade de Tübingen na região alemã da Suábia pode ser prova de que nessa região viveu o primeiro povo civilizado.

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Em uma caverna da região da Suábia, no sul da Alemanha, foi encontrada a mais antiga representação de figura humana até hoje conhecida, a "Vênus de Hohler Fels". Esculpida em marfim de mamute, a estátua feminina de apenas 6 centímetros, com seios volumosos e vulva acentuada, tem no mínimo 35 mil anos, calculam os pesquisadores.

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A estatueta foi encontrada por um grupo de arqueólogos dirigido pelo pré-historiador Nicholas Conard, que apresentou o achado ao público nesta quarta-feira (13/05). Em setembro último, Conard e sua equipe encontraram na caverna de Hohler Fels (rochedo oco, em alemão) seis pequenos pedaços, que juntos formam a "Vênus de Hohler Fels".

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Figura em excelente estado

Estátua tem pelo menos 35 mil anos, diz arqueólogo

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Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Estátua tem pelo menos 35 mil anos, diz arqueólogo

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Já há 12 anos, Conard vem encontrando pequenas peças de marfim na caverna de Hohler Fels. O reitor da Universidade de Tübingen, Bernd Engler, denominou os pequenos animais de marfim encontrados pelo historiador na região de "o pequeno zoológico de Conard". Juntamente à Vênus recém-encontrada, tais peças nos possibilitam saber mais sobre os nossos antepassados que viveram há 30 ou 40 mil anos atrás. Assim como outros cientistas em todo o mundo, Conard afirmou que ficou "boquiaberto" diante da "Vênus de Hohler Fels".

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Segundo o arqueólogo, com exceção do braço esquerdo, a figura está completa e em excelente estado. Na parte superior, um pequeno aro substitui o local da cabeça. Isso é uma indicação que "a peça foi usada como um pingente", afirmou Conard. A estatueta foi encontrada nas camadas mais profundas de terreno do período aurignaciano (início do paleolítico superior, que costuma ser associado ao homem moderno na Europa), acresceu o cientista.

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Por esse motivo, o pesquisador de Tübingen acredita que a estatueta foi esculpida por antepassados do homem moderno que vieram para a Europa há 40 mil anos. Quanto a seu significado, afirmou Conard, há apenas especulações. Considerados os atributos sexuais exagerados, a estátua pode ter sido usada como símbolo de fertilidade.

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Cientista contesta "suabiocentrismo"

Venus de Willendorf, encontrada na Áustria em 1908

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Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Venus de Willendorf, encontrada na Áustria em 1908

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Esse também é o caso da Vênus de Willendorf, outra famosa estátua pré-histórica com mais de 20 mil anos de idade, encontrada na Áustria, em 1908. Assim como a estatueta encontrada na região alemã de Schwäbische Alb, na Suábia, a estátua austríaca apresenta formas volumosas e também é considerada símbolo de fertilidade. Outra teoria defendida por historiadores é a de que as mulheres da época sofriam de uma doença chamada esteatopigia, uma hipertrofia das nádegas causada pelo acúmulo de gordura.

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Para alguns pesquisadores, a estatueta encontrada em Schwäbische Alb é uma indicação de que naquela região viveu o primeiro povo civilizado da terra. Essa tese já havia sido defendida há muito tempo por renomados arqueólogos, cuja posição é agora reforçada através da "Vênus de Hohler Fels".

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No entanto, é o próprio Conard quem ironiza o "suabiocentrismo" implícito na explicação de seus colegas. O arqueólogo explicou que o fato de o mais antigo instrumento musical de que se tem notícia também ter sido encontrado próximo à caverna de Hohler Fels tornaria muito simplista a ideia de que o suábio primitivo teria inventado a música. E seu vizinho de caverna, as artes plásticas.

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A "Vênus de Hohler Fels" estará exposta ao público em Stuttgart, entre 18 de setembro próximo e 10 de janeiro de 2010, no contexto da mostra Idade do gelo: arte e cultura.

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CA/dpa/ap

Revisão: Soraia Vilela

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