* F. Falcão Machado, Embaixador de Portugal no México
Extinguiram-se há pouco os últimos ecos das festividades do Natal e da Passagem de Ano durante as quais, segundo a tradição portuguesa, se dá as boas-vindas ao novo ano com Vinho do Porto, espumante e iguarias diversas.
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Este ritual lembra-nos outras celebrações que desde tempos imemoriais se fazem no continente americano utilizando-se bebidas tradicionais produzidas localmente – já que o cultivo da vinha só se tornou conhecido com a chegada dos europeus. Uma dessas bebidas era o mescal, fabricado há mais de dez mil anos pelas tribos que então ocupavam o território mexicano a partir do maguey, que é uma variedade de cacto semelhante às piteiras existentes nos nossos campos. De harmonia com as investigações sobre o cultivo e o culto dessa planta de tradições mágicas, presume-se que era usada como alucinógenio – por efeito da mescalina – em cerimónias de invocação das divindades indígenas que tinham o controlo das chuvas e das colheitas. Mas os derivados do maguey tinham ainda outros usos diferentes, designadamente na culinária e na produção artesanal de tecidos, pelo que a planta se tornou num produto mesoamericano emblemático.
A confecção da bebida a que actualmente se chama mescal começa pela fermentação do miolo do referido cacto, o maguey mezcalero – que é uma variedade do agave –, seguindo-se depois a destilação e um envelhecimento de duração variável em tonéis ou garrafas. A diferença entre o mescal e a tequila, a bebida típica mexicana, reside no facto de serem produzidos a partir de diferentes variedades de agave, além de o mescal possuir um grau alcoólico superior. A par disso existem naturalmente as diferenças de gosto. Poderá contribuir para tanto o facto de muitas vezes as garrafas de mescal serem comercializadas ostentando no seu interior um insecto que se cria na planta que dá origem à bebida e que, não podendo sobreviver ao seu teor alcoólico, desfruta da reputação de contribuir para o apuramento do sabor da mesma.
Não é claro o significado original da palavra mescal, mas provém, sem dúvida, do idioma indígena náhuatl. Porém, qualquer que seja a sua origem, a bebida é agradável e totalmente orgânica.
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in Correio da Manhã 2008.01.11
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imagem retirada de
.Extinguiram-se há pouco os últimos ecos das festividades do Natal e da Passagem de Ano durante as quais, segundo a tradição portuguesa, se dá as boas-vindas ao novo ano com Vinho do Porto, espumante e iguarias diversas.
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A confecção da bebida a que actualmente se chama mescal começa pela fermentação do miolo do referido cacto, o maguey mezcalero – que é uma variedade do agave –, seguindo-se depois a destilação e um envelhecimento de duração variável em tonéis ou garrafas. A diferença entre o mescal e a tequila, a bebida típica mexicana, reside no facto de serem produzidos a partir de diferentes variedades de agave, além de o mescal possuir um grau alcoólico superior. A par disso existem naturalmente as diferenças de gosto. Poderá contribuir para tanto o facto de muitas vezes as garrafas de mescal serem comercializadas ostentando no seu interior um insecto que se cria na planta que dá origem à bebida e que, não podendo sobreviver ao seu teor alcoólico, desfruta da reputação de contribuir para o apuramento do sabor da mesma.
Não é claro o significado original da palavra mescal, mas provém, sem dúvida, do idioma indígena náhuatl. Porém, qualquer que seja a sua origem, a bebida é agradável e totalmente orgânica.
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in Correio da Manhã 2008.01.11
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http://www.faktoider.nu/img/mescal.jpg
Se quiser saber mais sobre esta bebida ver http://es.wikipedia.org/wiki/Mezcal» Comentários no CM on line |
Sexta-feira, 11 Janeiro
- Henrique Alves
Não há pachorra ! Bla,Bla,Bla !
- Victor Nogueira Face ao comentário anterior manifestei há dias o meu apreço pelas crónicas do novo mundo ao seu autor, apesar de serem publicadas num jornal tablóide. Não foi publicado. Censura? Já não é a 1ª vez que o CM não publica comentários meus, enquanto leitor habitual. Motivo da censura - considerar o CM um jornal tablóide?,
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Alguém no seu perfeito juízo entende que considerar o CM jornal tablóide, que leio diariamente, tem conteúdo racista, xenófabo, difamatório ou atentatório da boa imagem do CM? Não, mas para o CM correctíssima é a apreciação que publica escrita pelo sr. Henrique Alves.
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Em 24 de Janeiro insisto com novo comentário, que abaixo reproduzo
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Alguém no seu perfeito juízo entende que considerar o CM jornal tablóide, que leio diariamente, tem conteúdo racista, xenófabo, difamatório ou atentatório da boa imagem do CM? Não, mas para o CM correctíssima é a apreciação que publica escrita pelo sr. Henrique Alves.
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Em 24 de Janeiro insisto com novo comentário, que abaixo reproduzo
Leio as regras
Senhores do Correio da Manhã
Leitor diário do CM remeti um texto de apreço pelas crónicas do novo mundo. Não foi publicado. Não sendo ofensivo registo a censura do CM que considera publicável o blá blá do leitor anterior.
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Após a validação por parte da nossa redacção, ficará disponivel online.
Obrigado pela sua participação.
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