9 de Maio: Dia da Vitória da URSS sobre a Alemanha nazistaNas comemorações do 9 de maio, dia da capitulação incondicional da Alemanha, em que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS derrotou o imperialismo alemão na 2ª Guerra Mundial, o Dia da Vitória, o CeCAC indica o documentário “A Batalha da Rússia”.
“A Batalha da Rússia” é um documentário realizado com imagens exclusivas, filmadas pelos soviéticos ou capturadas do inimigo. É a história da heróica resistência do povo soviético diante da agressão e da barbárie nazista.
Em 22 de junho de 1941 a Alemanha invadiu a URSS. Hitler e os nazistas pensavam numa guerra relâmpago, em poucos meses. Antes do inverno imaginavam aniquilar as principais forças do exército soviético e ocupar a parte européia do território com o objetivo de destruir o Estado Socialista e se apoderar de suas riquezas. Subestimavam a capacidade de resistência do povo soviético e de seu Estado, do Exército Vermelho e da liderança do Partido Comunista e do seu secretário-geral, Josef Stalin. A história mostrou que estavam profundamente enganados.
Ao avaliar que os alemães tinham forças superiores, penetravam no território soviético e era impossível derrotá-los num primeiro confronto, em linhas gerais a estratégia da URSS era realizar uma guerra prolongada e de todo povo. Isso significava resistir ao máximo, recuar destruindo tudo que não pudesse ser levado para não deixar nada para o inimigo, a política de “terra arrasada”, e formar grupos guerrilheiros, a cavalo ou a pé, para desencadear a guerra de guerrilhas nos territórios invadidos.
Esta estratégia era fundamental, para desgastar o inimigo e ganhar o tempo suficiente para organizar a retaguarda e prestar todo apoio às Forças Armadas soviéticas a fim de produzir cada vez mais equipamentos, armas, tanques e aviões, assim como provisões de alimentos e preparar a contra-ofensiva e a vitória. Ganhar tempo para a defesa do Estado Socialista e derrotar o nazismo. Este era, inclusive, o caráter principal do pacto de não agressão firmado com a Alemanha diante da posição traiçoeira da França e Inglaterra de não realizarem um acordo com URSS para a defesa da Europa contra as agressões nazistas.
Em outubro de 1941 a situação era crítica, com os nazistas às portas de Moscou. Mesmo assim, Stalin e o governo permanecem em Moscou e participam das comemorações do 24º aniversário da revolução socialista de outubro. A histórica defesa de Moscou impôs a retirada do exercito alemão impingindo-lhe a primeira derrota na 2ª guerra mundial. Acabava a lenda da invencibilidade do exército de Hitler.
“A Batalha da Rússia” registra aquela que foi a maior na história de todas as guerras, a Batalha de Stalingrado. A ordem de guerra 227 do governo soviético era: “Nenhum passo atrás, Stalingrado não deve render-se ao inimigo”. Em fevereiro de 1943 todo o 6º exército e parte do 4º exército alemães foram capturados. O Exército Vermelho fez mais de 330 mil prisioneiros, entre eles o Marechal Von Paulus e 20 generais.
A partir de Stalingrado iniciou-se a contra-ofensiva geral que foi liberando, uma a uma, todas as regiões da URSS que os alemães haviam ocupado desde o inicio da guerra.
Em 1943 e 1944 a Alemanha segue sofrendo uma derrota atrás da outra na URSS. Hitler havia concentrado ali 95% de todas suas tropas. Assim, foi justamente o povo soviético que aniquilou o nazi-fascismo.
Em 16 de abril de 1945, o Exército Vermelho lançou a última ofensiva sobre Berlim. Após uma dura batalha pelas ruas da capital alemã, a bandeira vermelha tremula na capital do território inimigo. O alto comando alemão, em 9 de maio de 1945, assina a capitulação total e incondicional. 9 de maio é declarado o Dia da Vitória.
O povo soviético na “Grande Guerra Pátria” escreveu algumas das maiores epopéias da história da humanidade, como por exemplo, o transporte de toda a indústria do ocidente para o oriente, toneladas de máquinas foram transportadas por milhares de quilômetros. O heroísmo do Exército Vermelho e dos guerrilheiros, o trabalho abnegado de todo o povo, velhos e jovens, homens, mulheres e crianças, a justa direção do Partido Comunista unindo o povo, superaram as dificuldades na resistência à invasão alemã. Mais de 25 milhões de soviéticos deram suas vidas em defesa da URSS, do socialismo e da humanidade.
“A Batalha da Rússia”, ressalvando alguns pequenos pontos, como, por exemplo, o destaque exagerado dado ao inverno como fator da derrota alemã e a informação incorreta de que o governo soviético se retirou de Moscou junto com o corpo diplomático durante o cerco à cidade, é um documentário de inestimável valor. É uma produção do próprio governo norte-americano capaz de oferecer os elementos para desmentir as “acusações” – lançadas pelo revisionismo e alimentadas pelo imperialismo – de que a URSS não havia se preparado para a guerra, porque não acreditava na invasão e por isso foi pega de surpresa pelos alemães.
O documentário “A Batalha da Rússia” foi realizado pelo Departamento de Guerra norte-americano, em 1943, quando já ficava insustentável a não participação dos EUA na guerra aos nazistas, na Europa, onde se decidia a 2ª Guerra Mundial. (Os países imperialistas “Aliados” manobravam para o enfraquecimento da URSS. Os EUA já haviam se comprometido a combater na Europa em 1942, com o objetivo de abrir uma nova frente de guerra contra a Alemanha, e lá chegaram apenas em junho de 1944). Era preciso sensibilizar os norte-americanos, tentar neutralizar o anticomunismo tão presente e tão estimulado na sociedade estadunidense.
“A Batalha da Rússia” é um dos raros filmes progressistas realizados nos EUA sobre a 2ª Guerra Mundial (lembramos aqui de outros três: “O grande ditador”, de Chaplin; “Casablanca”, de Michel Curtis (1942) e “O Sabotador”, de Hitchcock (1942). Particularmente da década de 50 em diante, num artifício nazista de repetir mil vezes uma versão mentirosa de um fato, gastaram rolos e rolos de filmes para fazer as novas gerações acreditarem (até os dias de hoje) que foram os norte-americanos que derrotaram os nazistas.
A vitória da URSS demonstrou toda a superioridade do socialismo sobre o capitalismo e o acerto do Partido Comunista da União Soviética em colocar em primeiro plano a questão política, a mobilização de todo o povo e não ver a guerra meramente como uma questão militar.
***
A Batalha da Rússia. (The Battle of Russia). Documentário. EUA. Direção: Frank Capra, Anatole Litvak. Ano: 1943. Duração: 80 min. Preto e branco, com legendas. Clássicos do Cinema - Breno Rossi (VHS). Também em DVD.
***
Este artigo encontra-se em www.cecac.org.br
09/05/2005
Aprender, Aprender Sempre ! (Lenine) ..... Olá, Diga Bom Dia com Alegria, Boa Tarde, sem Alarde, Boa Noite, sem Açoite ! E Viva a Vida, com Alegria e Fantasia (Victor Nogueira) ..... Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
Discurso de Lula da Silva (excerto)
___diegophc
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Documentário “A Batalha da Rússia”
Etiquetas:
Anatole Litvak,
Cinema,
Frank Capra,
II Guerra Mundial,
Nazismo,
Resistência,
URSS
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário