Discurso de Lula da Silva (excerto)

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domingo, 29 de novembro de 2009

1928: Mickey Mouse aprendia a falar

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Calendário Histórico

DW World 2009.11.29

 

Enquanto os demais cineastas discutiam a necessidade de sonorizar seus filmes, Walt Disney não perdeu tempo em dar voz ao Mickey. O terceiro filme do camundongo chegou às telas em 18 de novembro de 1928.

 

"Ele tem uma calça vermelha com botões amarelos. É preto e tem o rosto branco. Corre pra lá e pra cá e vive fazendo travessuras." Desde 1928, Mickey Mouse também sabe falar, o que para os padrões da época era uma inovação absoluta.
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No início daquele ano, chegara às telas o filme Os cantores de jazz (The Jazzsinger) e com ele, pela primeira vez, o cinema falado. Muitos produtores de Hollywood discutiam sobre as vantagens dos filmes sonoros. Walt Disney manteve-se afastado do debate, por ver na nova técnica uma possibilidade única: o desenho animado com som.
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Os dois primeiros filmes de Mickey Mouse foram mudos. Depois que a metade do terceiro filme já estava praticamente concluída, Disney e sua equipe fizeram um pequeno teste. As mulheres e amigos dos desenhistas foram convidados a assistir ao novo filme Steamboat Willie.
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Na sala ao lado, estavam alguns membros da equipe de Disney, que produziam ao vivo o som sincronizado para o filme. Em uma partitura, estava marcada não só a música, como também os efeitos sonoros necessários. Wilfried Jackson tocava gaita, enquanto outros músicos utilizavam frigideiras como percussão, assobiavam e tocavam flautas.
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Walt Disney descreveu mais tarde a sessão: "A reação do nosso pequeno público foi única. As pessoas ficaram como que eletrizadas, instintivamente tocadas pela unidade entre imagem e som. O som era terrível, mas foi maravilhoso! Era algo novo!"
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Ilusão e magia
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Mais tarde, a reação do público foi a mesma que a dos presentes na sessão experimental. Steamboat Willie tornou-se um grande sucesso. As personagens dos desenhos animados podiam falar, cantar e tocar instrumentos. Essa ilusão foi tida como algo mágico.
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O Motion Picture Daily, de Nova York, elevou Mickey Mouse à posição de modelo exemplar: "Quando um filme se encontra no padrão de um desenho de Mickey Mouse, ele dispensa comentários". Nos dois anos seguintes, o camundongo tornou-se a estrela das produções dos estúdios Disney. No início dos anos 30, foram finalizados 20 filmes do Mickey por ano.
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Em 1940, o ratinho atuou como protagonista do curta O aprendiz de feiticeiro, baseado na música de Paul Dukas. A idéia fez parte de um grande projeto, que levava o nome de Fantasia. Walt Disney pretendia ilustrar trechos de música clássica. Dentro do projeto, havia ainda desenhos com música de Beethoven e Stravinski. Para concretizar suas idéias, Disney trabalhou em cooperação com o dirigente Leopold Stokowski.
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Pato Donald chega às telas
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Mickey Mouse não ficou sozinho por muito tempo. O camundongo tinha poucas características marcantes para servir de personagem principal a longo prazo, embora sua popularidade crescesse em velocidade alucinante e o ratinho se tornasse personalidade nacional. O herói deveria continuar gracioso e amável. Para os desenhistas, no entanto, tornava-se cada vez mais difícil encontrar novas histórias para rechear as aventuras de Mickey. Foi o momento em que o Pato Donald chegou às telas.
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O pato caracterizava-se pela falta absoluta de disciplina, era facilmente irritável, arrogante e egoísta. Ninguém, no entanto, conseguia desenvolver uma aversão real ao bichinho. Foi assim que Mickey acabou perdendo espaço, embora continue até hoje sendo um dos preferidos das crianças no universo de Disney.
 
Daniela Ziemann (sv)
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